Capítulo XXVII - Passado Intocável V

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         Dylan permanecia imóvel, como se estivesse em transe, com os lhos fixos na carroça que estava à frente da porta principal do orfanato

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      Dylan permanecia imóvel, como se estivesse em transe, com os lhos fixos na carroça que estava à frente da porta principal do orfanato. Dizia para si que aquilo era apenas um pesadelo e que logo, logo, iria acordar e tudo estaria bem. Jurou que por um segundo seu coração havia parado quando viu a carroça ser aberta e, aparentemente, uma mulher estar saindo dela. Ele tenta regular sua respiração e procura não ser dominado pelo medo. Quando se vira, vê Levi mexendo nos armários rapidamente e os deixando exatamente como estavam.
       
       
        — Droga! — Levi diz, ainda que seu tom de voz fosse baixo, era perceptível sua insatisfação. — Vamos. Deixe tudo como estava.
       
       
          Dylan posiciona as coisas da forma que lembrava como antes estavam e vai até Levi. Entretanto, esqueceu-se de um detalhe, o livro a qual folheava estava mal posicionado e estava aberto em uma página diferente de antes. Eles abrem um pouco a porta e verificam se havia alguém no corredor, vendo que não havia, rapidamente saíram do cômodo e fecharam a porta. Iam voltar rapidamente por onde haviam vindo, mas Dylan parou quando se deu conta de que a porta não havia sido trancada.
       
       
        — O que está fazendo? Temos que nos apressar. — Levi disse baixo, olhando para trás para verificar se ninguém estava vindo e, logo em seguida, foi até Dylan, que estava na frente da porta.
       
       
        — A porta estava trancada. Vão notar que alguém a abriu se não a fecharmos.
       
       
        — Puta merda. — Levi bagunça seu próprio cabelo. — Segura. — Ele entrega uma pequena bolsa de ombro que Dylan nem havia reparado que ele carregava.
       
       
        Levi segura a maçaneta como havia feito antes, fecha os olhos como se estivesse concentrando-se, segundos depois é possível ouvir som de peças e da porta sendo trancada. Dylan queria falar algo, mas o momento não lhe permitia. Com passos ligeiros, os dois dobram o corredor da qual haviam vindo e para seu desespero veem de relance duas cuidadoras que estavam em frente a porta do dormitório infantil I.

     Os dois dão meia volta, vendo-se sem escolha, mesmo sendo muito arriscado, vão até a escada de uma das torres, torcendo para que ninguém os visse. Eles tentam descer o mais silencioso e rápido possível.
       
       
        Chegando ao final da escada, os dois rapidamente andam mais um pouco e quando veem que estão em uma distância considerável param. Os dois estavam exaustos, o cacheado apoia suas mãos na perna enquanto o outro se encosta na parede, ambos procurando recuperar o fôlego.
       
       
        — Você conseguiu o que queria, não é? O trato acabou. — Dylan diz pausadamente enquanto tentava recuperar o fôlego.
       
       
        — Quase... Consegui... — Levi diz, também pausadamente. Quando o cacheado escuta isso, olha para o outro.
       
       
        — O que você queria, afinal? — Dylan indagou.
       
       
        — Você nunca quis respostas para suas perguntas? Nem nunca quis saber de onde veio, quem são seus pais ou o que houve para você vim parar aqui? Nenhuma vez notou que esse lugar é mais que um abrigo para crianças órfãs e abandonadas? — Levi indagou fazendo Dylan comprimir os lábios. — É, não sou o único que se pergunta sobre isso. Estou procurando respostas para minhas perguntas, apenas isso. Apesar de haver arquivos sobre cada um de nós, estou procurando por um caderno. Esse suposto caderno de anotações pertence à Criadora de anjos e ele tem coisas muito além de anotações. Acredito que nele está todas as respostas para minhas perguntas. — Levi olha para Dylan que estava com os olhos levemente arregalados. — Por acaso você... O viu?
       
       
        — Uh? Não. Não vi. — Dylan diz virando seu rosto.
       
       
         Levi arqueia a sobrancelha e o analisa, procurando decifrar se estava falando a verdade. De repente os dois escutam vozes familiares, logo reconhecem a quem elas pertencem. Eram os amigos de Levi que conversavam enquanto iam naquela direção.

Triângulo Das Bermudas - Para onde vai a água do Mar Where stories live. Discover now