Capitulo 2 - segunda parte

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Cerca de uma hora depois Matt apareceu nos chamando para ir embora. Ele não disse nada até chegarmos ao lado de fora. Quando chegamos ele estendeu uma chave que tirou do bolso.

-As casas dos fundos são dos representantes da empresa, mas tem uma um pouco afastada que não está sendo usada... Ela é nossa enquanto eu estiver com o serviço aqui.

A casa era realmente afastada das outras. A frente mostrava que ela tinha dois andares, sem contar com o telhado, aquele do tipo fechado que pode ser usado quase como outra parte da casa. Havia uma chaminé de cor suja. Em baixo, no que parecia ser um segundo andar, tinha uma sacada com grades brancas. Possuía varias janelas, o que dava o pensamento de que ela era bastante iluminada. A porta de entrada, assim como a cor da casa, era azul claro misturado com branco; alguns degraus levavam até ela. Matt girou a maçaneta depois de retirar a chave e nos mandou entrar na frente. Sônia parecia quieta demais, mas não deixava de demonstrar a felicidade em sorrisos.

A primeira coisa a ser vista era a sala. As paredes e o teto tinham o mesmo tom de marrom claro. Algumas luzes brilharam em diferentes lugares no teto quando Matt as acendeu. Um sofá marrom escuro, que virava de lado, estava decorado com algumas almofadas coloridas. Uma mesinha de vidro, com uma vela em um potinho, deixava luzes tanto no chão quanto embaixo dela. Uma poltrona preta estava posta em frente a um balcão cheio de enfeites e bebidas. Um tapete vermelho decorava uma subida curta; essa levava a uma parte um pouco mais alta, onde havia um balcão preto com vários talheres pendurados. Do lado direito havia uma mesa. Atrás do balcão via-se uma pia, armários e uma geladeira. Uma escada no canto da parede era curta demais para dar para ver o que havia no andar de cima.

-Nossa! – falei, surpresa. – Isso aqui tudo... De graça?

-Bom... O trabalho é um pouco puxado – Matt riu.

Sônia olhava ao redor sem dizer uma única palavra.

-Sente-se, vó, a senhora ficou tempo demais em pé – Matt deu um sorriso que desapareceu tão rápido quanto surgiu.

Ela se sentou no sofá.

-Presentes assim devem ser gastos com sabedoria – disse, ainda olhando ao redor. – Parabéns, meu filho, por ter conseguido isso.

-Obrigada vó – ele sorriu, dessa vez o sorriso pareceu sincero.

Observei mais uma vez a sala. Uma porta de vidro escura parecia dar em uma varanda.

-Quer ir lá? – Matt perguntou.

Assenti, ainda encarando as coisas.

A subida era ainda menor naquela parte; a porta estava aberta.

Não tinha nada lá, nada além de duas plantas, luzes em alguns cantos e um céu com poucas estrelas, mas não deixava de ser bonito.

-Se lembra de quando comprávamos estrelas? – Matt olhou para o céu, caindo em uma grama macia que enfeitava o chão. Antes que eu pudesse responder ele me puxou com ele.

-Sim – não consegui esconder um sorriso.

-Então... Ainda acredita nisso?

Olhei para ele, depois para o céu.

-A estrela a qual observo na direita do céu, eu a escolho para mim. Caso não existam mais donos para ela, eu a nomeio minha, em troca procurarei por ela no céu às vezes e serei uma boa garota, ao menos o máximo que eu possa.

Matt riu alto e olhou para o lado aposto.

-Estrela da esquerda, a sozinha que parece distante de todas, mesmo que não seja bem assim... Eu a nomeio minha. Caso não existam donos para ela, ela agora é minha, em troca prometo não deixar as coisas me derrubarem sem motivo, serei o mais forte possível.

A Outra Vida De Allen - A Lenda Da PhoenixTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon