Nessa obra as leitoras irão acompanhar a história de Sayuri Himura que é uma garota de dezessete anos, que desde seus 15 é envolvida com diversos problemas envolvendo as gangues de Tokyo; entre elas, a Black Dragons. Para quitar uma divida que havia...
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Já haviam se passado algumas horas desde que Mikey havia me deixado naquele quarto, eu não estava com fome graças a comida que ele tinha trazido para mim; porém estava com muito calor, por mais que estivesse escurecendo, ou melhor, já estivesse de noite, eu ainda estava sentindo um calor absurdo. – Me perguntei se alguém estaria próximo aquele quarto onde eu estava largada, ou melhor, aprisionada.
Me levantei da cama que estava e caminhei até a porta encostando a minha cabeça na madeira levemente na tentativa de conseguir escutar algo, porém foi em vão já que não consegui ouvir nada. Decidi bater na madeira pelo lado de dentro do quarto, não hesitando em chamar por alguém.
– Eeei, alguém pode me ouvir?? Eu gostaria de tomar um banho tá?... eu estou morrendo de calor! Alguém?? – Eu dizia em um tom alto, que pudesse ser ouvido por quem passasse próximo ao quarto.
Demorou alguns minutos até que finalmente alguém aparecesse, suspirei aliviada e esperançosa quando escutei a fechadura da porta ser destrancada, e assim me afastei dela não demorando para que ela fosse aberta me revelando um dos amigos de Mikey. Se não me engano seu nome era Kisaki.
Olhei para ele esperando que ele falasse algo, porém parecia que isso não iria acontecer já que a única coisa que ele fez foi me entregar uma toalha branca e me olhar com uma cara de tédio e desprezo.
O olhei incrédula e ele retribuiu o olhar com um deboche, apenas se virando e começando a andar como se fosse para eu seguí-lo. Já que ele me entregou uma toalha comecei a seguir ele por um grande corredor, até chegarmos em um lugar um pouco mais organizado, e em seguida chegarmos a uma porta branca. Kisaki destrancou aquela porta em um completo silêncio inevitável e constrangedor. Não ousaria falar nada, e ele nem parecia estar afim de bater papo.
Quando o rapaz abriu a porta eu pude ver um banheiro, bom, não era chique, mas também não era podre. Era um banheiro comum, privada, pia, um pequeno espelhinho e um chuveiro que parecia estar um estado mediano. Kisaki cruzou os braços e se encostou na parede da porta do banheiro passando a me encarar como se estivesse esperando por algo.
Pisquei algumas vezes até perceber que ele estava querendo que eu entrasse no banheiro, e foi aí que dei uma risada baixa e desacreditada por conta da minha lerdeza. Ainda segurava a toalha que me foi entregue em mãos, então entrei no banheiro não demorando para a porta atrás de mim ser fechada com força pelo lado de fora.
– "Não tendo nenhum rato aqui, está tudo em perfeito estado..." – pensei comigo mesma colocando a toalha branca encima da pia branca.
Comecei a tirar as minhas vestes e não demorou para que eu finalmente estivesse nua e pronta para receber a água do chuveiro em meu corpo, me banhando.
Segui para dentro do pequeno box pisando com cuidado no chão que parecia estar levemente molhado, mas isso era inevitável por conta do chuveiro que estava pingando a aparentemente algumas horas.
– "Que lugarzinho mixuruco, cruzes..." – pensei comigo mesma mais uma vez antes de ligar o registro do chuveiro, e então sentir a água gelada escorrer por todo o meu corpo.
Estava grata por aquele banho que tomava, tomar um banho é algo muito, muito, muito bom! Suspirei aliviada e grata passando a lavar também o meu cabelo, me enfiando por completa embaixo do chuveiro.
Enquanto tomava o banho pude escutar um barulho vindo da porta, oque fez eu me assustar e desligar o registro, e logo a porta foi aberta bruscamente pelo homem que me aguardava do lado de fora. Arregalei os meus olhos e rapidamente tentei me esconder atrás de minhas próprias mãos, tinha certeza que estava completamente vermelha por conta da situação.
Levei minhas mãos até meus seios e minha intimidade para deixá-los menos expostos e encarei Kisaki que parecia ignorar minha presença ali, ele estava com roupas em seus braços e colocou elas encima do mármore da pia. ‐ O mesmo se virou para sair do banheiro, mas antes de sair olhou para mim me olhando dos pés a cabeça, balançando a cabeça levemente para os lados como se estivesse pensando em algo, algo que naquele momento não era relevante, apenas vergonhoso.
– Sai! – gritei vendo ele dar uma risada nasal e finalmente sair do banheiro trancando a porta. – porra... – Murmurei baixinho voltando a me banhar.
Que louco entra em um banheiro desse jeito?! Ainda por cima com alguém tomando banho!
"Um verdadeiro absurdo..." pensei comigo mesma continuando meu banho.
