Flora passou um dos seus braços em volta do meu ombro.

— Ela não pode simplesmente querer tudo o que você quer. Isso é uma inveja descarada. — Minha prima falou indignada — Se bem que você que se envolveu com o ex dela.

— De fato — Dei de ombros. — Ele realmente retribuiu o beijo? — Questionei, aparentando estar com ciúmes.

— Retribuiu, eu acho. — Ela ficou pensativa — Eu vi de longe, tinha uns assuntos na diretoria pra resolver.

Antes que eu pudesse continuar com o assunto, uma família se aproximava em fileira dos meus tios, os da frente eram um casal de idosos, com cabelos grisalhos e roupas leves, aparentemente não estavam cansado quanto eu pela caminhada, atrás havia uma mulher de cabelos longos e castanhos, era jovem, com o rosto fino e alta, os olhos eram como de uma sereia. Em seguida eu pude ver cabelos castanhos claros familiar e o rosto branquelo.

Arthur.

Automaticamente meu cérebro se teletransportou para Apolo e, para meu infortúnio, vi meus pensamentos se tornarem realidade. O playboy vestia uma camisa social branca desabotoada e óculos escuros, com as mãos nos bolsos do short, mantendo a mesma postura arrogante de sempre. Ao lado dele, quase como um encosto, estava uma garota de cabelos pretos e pele bronzeada. Ela segurou o braço dele como se estivesse segurando algo muito importante.

Ele tá em todo lugar.

Respirei bem fundo e passei para trás de Flora, tentando de algum modo parecer invisível.

— Olhe como Flora está crescida — Minha tia Rebeca chamou minha prima com a mão e ela se aproximou de todos ali.

— E está belíssima, assim como Miguel — A de cabelos grisalhos sorriu olhando para os dois irmãos a sua frente.

— Realmente seus filhos estão muito bonitos e saudáveis — A mulher jovem se pronunciou com um sorriso também.

— Essas crianças crescem rápido — O senhor mais velho falou.

— E essa, é nossa sobrinha, Anelise — Meu tio fez questão de abrir espaço para eu passar entre o meio deles.

Quase estremeci e congelei, meu corpo endureceu por dentro, mas meus pés estavam no automático, prontos para robotizar e socializar. Os olhares estavam todos sobre mim agora.

Evitei qualquer contato visual com Apolo, eu sei que seus olhos estavam em mim também e não queria me irritar só olhando para a cara dele.

— Sua sobrinha? Mas que surpresa! — A senhora me encarou realmente surpresa.

— Sim, está morando um tempo conosco e estuda na mesma escola que seus netos. — Tia Rebeca se pronunciou.

— É um prazer conhecê-los — Apertei as mãos dos três mais velhos.

— É um prazer, eu sou a Cecília. — A morena me olhou com uma expressão suave — Seu nome me parece familiar.

— Esses são Alberto e Eleonora — Minha tia apontou para o casal de idosos.

— Então, se estudam na mesma escola, presumo que já conheça meus netos — Eleonora concluiu, enquanto seus olhos ainda estavam em mim. Eu apenas fiz positivo com a cabeça.

Querido desconhecidoWhere stories live. Discover now