Blon (efeito de beijo)

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Estávamos em uma roda com muitas pessoas nela, fazendo o quê? Uma simples brincadeira.

Essa brincadeira era muito parecida com verdade ou desafio. Resumia em: uma garrafa iria girar e para quem a tampa apontasse iria ser beijada e para quem a bunda da garrafa apontasse iria beijar. Só que quem ia decidir o local era um filtro.

Simples não é? Porém, as coisas vão começar a complicar quando você souber que não pode rejeitar o outro, ou seja, você é hétero e caiu alguém do mesmo gênero que o seu, sinto muito você não pode dizer não.

E foi assim que beijei, com toda a minha vontade, Blaise Zabine.

— Vamos começar a brincadeira? — Ginny pergunta e todo mundo na roda concorda.

Estou em pé longe deles e com muito tédio, me recusei a participar desta brincadeira sem graça que só serve para quem não tem coragem de chegar na pessoa e falar que quer ficar com ela.

Me encosto no parapeito da varanda e tomo um gole da bebida em minhas mãos. Sinto a brisa fria da noite e abro um pequeno sorriso com isso, gosto muito do frio e do aconchego.

Sinto um par de braços passar em minha cintura me levando ao encontro do seu tronco forte e bem definido. Não preciso me virar para saber quem é.

— Trocou de perfume, ruivo? Está mais amadeirado — diz o negro enquanto expira o cheiro em meu pescoço. Ele pega meu copo e o deixa no chão.

— Está do seu agrado vossa Majestade? Da última vez você disse que eu parecia uma menina de 10 anos que tinha se arrumado para ir ver o seu crush.

— Agora você parece um garoto de 14 anos que está se descobrindo e que bate punheta toda noite — diz ele dando um beijo molhado em meu pescoço me fazendo arrepiar pelo contato.

— Vai se fuder, Blaise — digo me afastando dele, escuto sua risada quando ele me vira para ficar de frente a ele e segura minha cintura com possessão me prensando entre o parapeito e ele.

— Estou esperando você vir junto Ronald — ele sussurra na minha orelha e morde o lóbulo. 

— Espere sentado então. — digo tão baixo que mal escuto minha voz, mas ele escuta.

Ele se abaixa e pega minhas pernas e me coloca sentado no parapeito da varanda. 

— Se você me deixar cair, eu corto o que você chama de pau — ameaço segurando fortemente em seus ombros largos.

— Não vou deixar você cair, nunca irei deixar, ruivo! — ele afirma começando com uma série de beijos no meu pescoço. Abro a perna para que ele se encaixe melhor e o negro volta a segurar minha cintura.

Nós não temos nada. Absolutamente nada, nunca ficamos (não por desinteresse), mas sempre que podemos, estamos dessa forma: nos provocando ao máximo. 

Ele sendo bem mais descarado que eu, me provoca com ações e palavras constantemente, e eu simplesmente reajo da exata maneira que ele quer.

Ele sobe os beijos para perto da minha orelha onde ele faz uma pequena pressão. 

Suspiro com o ato me derretendo inteiro, ele aperta mais fortemente minha cintura. 

— Porra, ruivo, eu quero te beijar tanto neste momento. 

— E você está esperando o quê? — pergunto virando o rosto em direção oposta de seu rosto, deixando o caminho livre para os lábios dele.

Ele segura minha bochecha com força e traz meu rosto de encontro com o seu.

One shots de Harry PotterWhere stories live. Discover now