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Continuando...

- Vamos com calma- afastei um pouco ela de perto de mim, ela concordou com a cabeça ainda olhando para meus lábios.

Puxei ela pra cama e abracei ela, amanhã ela teria que me explicar o que aconteceu hoje.

[ ... ]
O dia amanheceu, senti algo pesando ao meu lado, abri os olhos e vi a garota de cabelos curtos ao meu lado, sentei na cama me espreguiçando, fui até o banheiro, fiz minhas higienes pessoais e saí do lugar me sentando ao lado da garota.

Olho para a janela vendo vários carros de polícia, eram vários carros com a sirene ligada. Percebi Amaya se mechendo, devia estar acordando.

- Que barulho foi esse- ela se levantou olhando a janela.

Depois que ela viu a polícia, correu para o rádio e ligou, o radialista falou um código estranho.

- O que isso significa?- perguntei me referindo ao código.

- Fuga no hospício- ela apontou para um pedaço de jornal onde havia uma foto do Diego, na reportagem dizia que ele foi achado com várias facas ao redor do corpo, típico dele.

- Eu tenho que sair, você vem comigo ?- ela negou e deitou na cama, me aproximei dela e beijei sua bochecha, vi ela ficar vermelha.

Sai atrás do meu irmão, quando cheguei no local, havia várias pessoas com roupas brancas ao lado de fora do hospital, passei perto de todas mas nenhuma era Diego. Provavelmente ele havia fugido.

Sai para dar uma volta, passei perto de uma farmácia e fui comprar um remédio pra dor para a Amaya, entrei no local e comprei voltando para " casa ".

- Maya cheguei, comprei remédio para sua dor- ela estava na cama ainda.

- Não precisava se preocupar- ela se abraça no travesseiro, como se estivesse dormindo com alguém.

Peguei um comprimido e dei para ela, ela bebeu com água e eu me sentei na sua frente.

- Precisamos conversar sobre ontem- ela revirou os olhos e se escorou na cabeceira da cama.

- Sente algo por mim ?- fui bem direta vendo ela dar risada e puxar o lençol para esconder o rosto corado.

- Ei não precisa ficar assim, só quero que diga sim ou não- tirei a coberta do seu rosto e percebi que ela estava vestindo uma camisola branca.

- Eu não sei eu tô confusa! Você chegou faz pouco tempo e.... aí... é difícil de explicar...- ela disse estralando os dedos da mão, era um sinal de que ela estava nervosa.

- Vai fala!- aquele suspense estava me matando.

- Eu só faço esse trabalho pra ter um lugar pra morar, ter dinheiro, Attena eu não gosto de homens!- ela disse me olhando nos olhos, percebi uma lágrima escorrendo pelo seu rosto, senti pena dela.

- Eu não gostam quando eles me tocam, olha o que fazem comigo- ela mostra os roxos no corpo.

- Eu sinto muito- era a única coisa que eu podia dizer.

- Mas tudo bem, quando eu arranjar muito dinheiro, vou ir para a Europa- ela sorriu imaginando como poderia ser lá.

- Vai, você vai conseguir, eu sei que vai.

Eu tinha que contar pra ela de onde eu vim, ou, posso esquecer meu "passado", mas eu deveria esquecer o Cinco? Talvez, se ele estiver aqui ela viria atrás de mim? Ele ainda tem a chave do meu coração?

Narradora

Cinco se teletransporta para o carro onde achou o irmão, ele se intromete na conversa ameaçando de entregar o irmão, enfim, Diego resolveu levar sua " amiga " junto.

𝕄𝕖𝕦 𝕟𝕦́𝕞𝕖𝕣𝕠 𝕕𝕒 𝕤𝕠𝕣𝕥𝕖- ᶜⁱⁿᶜᵒ ʰᵃʳᵍʳᵉᵉᵛᵉˢ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora