PRÓLOGO

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UMA HISTÓRIA ANTES DA HISTÓRIA



"Uma pequena fábula tola, mas,que uma lição de escolha"



O escorpião aproximou-se do sapo que estava à beira do rio. Como não sabia nadar, pediu uma carona para chegar à outra margem. Desconfiado, o sapo respondeu: "Ora, escorpião, só se eu fosse tolo demais! Você é traiçoeiro, vai me picar, soltar o seu veneno e eu vou morrer."

Mesmo assim o escorpião insistiu, com o argumento lógico de que se picasse o sapo ambos morreriam. Com promessas de que poderia ficar tranquilo, o sapo cedeu, acomodou o escorpião em suas costas e começou a nadar.

Ao fim da travessia, o escorpião cravou o seu ferrão mortal no sapo e saltou ileso em terra firme. Atingido pelo veneno e já começando a afundar, o sapo desesperado quis saber o porquê de tamanha crueldade. E o escorpião respondeu friamente:

- Porque essa é a minha natureza!


Mentes Criminosas – O Psicopata Mora Ao Lado

Ana Beatriz Barbosa Silva




O INÍCIO


Estava escuro e o céu parecia tão calmo, se não fosse a chuva que caía latente. Estava tudo tão quieto, na certa pela chuva nenhum louco estaria andando a ermo nas ruas, especialmente numa noite como aquela, em que a chuva viera de bom agrado para espantar o calor infernal dos últimos dias.

Era um típico dia de semana em que aos poucos, os pingos fortes começam a se formar, atingindo o chão como bomba, esparramando gotículas ao seu redor. Em poucos minutos as ruas estavam alagadas, cheias de poças d'águas, que se transformara em um pequeno rio e desaguava em um dos muitos boeiros nos rodapés das calçadas.

Raios cortavam o céu, trovões reverberavam em uma única sintonia melódica de horror, que certamente estava provocando pesadelos em alguém. Talvez uma criança temerosa, assim como ele fora um dia.

Jorge saía do serviço ás 19:00 horas da noite. Era de praxe todos os dias aquela tensão mórbida para sair logo do trabalho. Sempre havia coisas pendentes para revolver e ele estava resolvendo a pauta da reunião com acionistas que aconteceria no dia seguinte. Eram inúmeros pepeis à revisar, inúmeras contas para pagar, sempre aquela pressão se formando em sua cabeça, como um vulcão em erupção.

Embora não tivesse filhos, nem ao menos conversara com sua esposa, sobre esse assunto. Deste que se casara a dois anos atrás eles nunca conversaram sobre, e ele não pensava no assunto naquele momento. –São momentos difíceis e criar filhos exige paciência e tempo! – Era o que sempre dizia.

Dentro de sua sala, sentado em sua cadeira, com alguns pepeis em mãos, não se conteve em olhar seu relógio de pulso e ver que ainda faltava 20 minutos pra sair. Franziu a testa e fez uma careta de frustração. Terminou de se organizar. Olhou algumas folhas, releu outras, afim de manter a tolerância, e esperar que o tempo que não passava, corresse. O dia de trabalho havia sido de fato cansativo. Mesmo para um mero acionista de grande parte da empresa Lopes Bitencourt, Jorge não se sentia satisfeito com o que vinha acontecendo nos últimos dias. E isso seria uma das pautas para a a reunião do dia seguinte.

Dupla Identidade  (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora