CAP. 15

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ARIADNE 🧚‍♀️

Já faz dias que eu tô aqui na casa de Jonathan e não tô aguentando ficar o tempo todo trancada dentro dessa casa, não tô conseguindo lembrar de nada, eu só preciso sair um pouco, sair pra longe dessa casa um pouco. Mas pra isso eu preciso esperar o Jonathan chegar pra falar com ele, já que eu não vejo ele desde ontem a tarde.

Fiz o almoço e comi, mas nada de Jt chegar, passei a tarde toda entediada e sem ter o que fazer, na TV também não passava nada que prestasse. Já eram 5h30 da tarde, olhei no relógio que ficava na parede da sala já que ainda estou sem celular, me levantei do sofá e fui pro quarto, guiei pro banheiro e tomei um banho rápido, saí e vesti uma das poucas roupas que tinham alí, depois de pronta fui saindo do quarto e já indo pra saída de casa, abri a porta e dei de cara com dois homens que eu nunca vi na minha vida. Eles olharam pra trás se assustando com a minha presença ali

Ari: então, tô indo bem alí dá uma volta - falei e eles continuaram me olhando

Xx: Jt tlgd que tu tá saindo, vou passar um rádio pra ele - ele falou pegando o rádio e já levando na boca pra falar

Ari: ele já tá sabendo, só esqueceu de avisar pra vocês, se quiser ligar pra ele beleza, mas eu não estou mentindo - falei olhando seria pra eles e dando de ombros

Xx: tá, guia vai, mas se der b.o tu vai ser a única culpada - falaram me olhando e eu concordei. Não acho que vá dar algum problema, não vão nem perceber

Fui andando e olhando as coisas, eu sabia onde tava me metendo? não sabia, mas pra quem está sem memória, oq pode piorar né. O morro era bem movimentado, isso se percebe de longe, muitas crianças correndo e brincando, as velhas fofoqueiras de lei nas portas de suas casas, muitos bandidos também, que inclusive ficaram me encarando e já vi logo um cochichando com o outro, mas também deixei de lado e continuei andando, e tentando decorar o caminho de volta pra casa.

eu tinha achado uma praça e tava sentada no banquinho vendo o povo e as motos pra lá e pra cá, mas já estava escurecendo e eu cuidei de ir embora, nesse meio tempo que eu passei na rua eu não encontrei o Jt, deve tá ocupado.

Voltei pra casa e fui entrando, os meninos me encararam, mas também não falaram nada e eu não liguei, entrei e fui direto pra cozinha tomar um pouco de água, nada do Jt ainda, coloquei o copo na pia e fui pro quarto, tomei um banho, vesti uma roupa leve e voltei pra sala, me sentei no sofá e liguei a TV, olhei as horas e já eram 20h, só escutei a porta bater com força e olhei pra trás, era o Jt com uma cara não muito boa.

Jt: vc tá ficando doida caralho? - ele perguntou com raiva - a única coisa q eu mandei tu fazer foi ficar na porra dessa casa

Ari: eu ia avisar, mas vc não apareceu a tarde toda e eu não tenho celular pra falar contigo - falei calma

Jt: tem ideia do caralho q vc me meteu e se meteu junto? Th te viu porra, e não sei como ele não foi na tua reta na merma hora - ele tava bem alterado - eu tava era em uma missão e vc só tinha q ficar dentro de casa bem quietinha na sua

Ari: eu estou precisando fazer coisas fora dessa casa, preciso descobrir as coisas da vida que eu tinha antes, pra pelo menos tentar ter alguma lembrança do meu passado. Beleza que eu não posso ser vista por enquanto, mas quem é que vai ligar pra mim? ninguém vai nem perceber que eu existo.

Jt: vc só tinha q ficar aq nesse caralho, cara, depois nós ia resolver o resto dos bglh, mas não era pro th saber dessa forma, porra - ele gritou e logo depois se sentou no sofá passando a mão na cabeça.

Ari: mas eu estava me sentindo sufocada aqui dentro, eu precisei sair se não eu acabaria surtando. - gritei se encostando na parede e limpando algumas lágrimas que desceram - desculpa se fiz algo de errado, mas eu sinto que minha memória só vai voltar se eu procurar as coisas do meu passado, ficar aqui não vai resolver nada

Jt: não fique assim, mas pode se preparar- ele me olhou, enquanto me abraçava - que agora falta pouco pro Th vir na tua reta e ele não tá muito bom hj - Foi ele fechar a boca e se afastar que a porta se abriu com força.

Carro ForteWhere stories live. Discover now