Carro Forte

CAP. 14

Jonathan

Já de noite eu voltei pra casa, entrei e já fui procurando por Ari

Jt: Ari - chamei e ela não respondeu

Procurei na cozinha, no quintal e nada, subi pra cima e olhei no quarto, nada também, foi quando escutei a zuada do chuveiro e bati na porta do banheiro

Jt: Ari - chamei mais alto

Ari: tô aqui - demorou um pouco e ela abriu a porta do banheiro já vestida e saiu

Jt: caralho cara, tava te procurando, pensei que tu tinha metido o pé - falei risonho

Ari: e eu iria pra onde? Sem lembrar de absolutamente nada, sem nenhum dinheiro - falou com uma cara óbvia descendo as escada- eu hein, maluco

Ari: você tinha ido pra onde?

Jt: fui resolver umas coisas com o Th - falei descendo atrás dela e ela olhou pra trás interessada

Ari: então ele que é o tal de Th?

Jt: ele mesmo - respondi - de primeira achei que ele tinha sacado que tu tava aqui em casa

Ari: qual o problema dele saber que eu estou aqui?

Jt: você é um problemão, sem Ft saber que vc tá aqui ele ja está dando trabalho, imagina se ele descobre que vc tá aqui na maré, vai dar maior caô

Ari: tá, mas eu não tenho nada haver com isso - falou dando de ombros

Jt: vc não tem pq não lembra, mas Ft tem, até pq é seu marido, que inclusive continua atrás de vc, vai piorar ainda mais se o Th descobrir que eu trouxe vc pra cá - falei e ela ficou me olhando

Ari: é né, agora é só esperar os próximos capítulos - falou de um jeito triste - vc já jantou? - perguntou

Jt: só comi pela rua, mas foi de tarde, tô brocado

Ari: pois vamos lá, vou tentar preparar algo para nós jantar - disse e eu confirmei

Descemos, eu fui pra sala esperar e ela foi pra cozinha.

Quase uma hora depois ela me chamou e eu fui pra cozinha e me sentei, era Strogonoff de carne, o cheiro tava bom, não sei onde ela arrumou isso, pq aqui em casa não tinha nada.

Ela pegou meu prato e colocou o meu e o dela também, depois sentou e ficou me olhando

Jt: o que foi, doida? - perguntei olhando pra ela também

Ari: tô esperando vc experimentar, cara - falou e eu sorri me tocando, provei da comida e olhei pra ela

Jt: porra em, tá mó bom esse rango - falei e ela sorriu

Nós tava lá comendo e do nada ela parou ficando pensativa e soltou o papo logo em seguida

Ari: olha, desculpa por tá dando esse trabalho e quase fazendo vc entrar em um problemão com seu amigo, juro que quando a minha memória voltar, eu saio daqui e procuro um rumo tá.

Jt: pô, fica suave, foi eu que te trouxe pra cá, se o Th descobrir eu dou um jeito tlgd - ela concordou.

Ari: mas de verdade, obrigado por me ajudar, espero me recuperar rápido e evitar mais problemas - fiz um legal e voltamos a comer.

[...]

Tinha se passado uma semana e eu comecei a perceber o Th todo estranho comigo, ele não é bobo, deve desconfiar que eu tô mentindo, só q ele é um fdp de gente ruim, não vai chegar em mim e perguntar, ele vai esperar q eu vá até ele e fale.

Tinha acabado de chegar na boca principal, quando o próprio Th me chamou na outra esquina. Fui andado todo desconfiado até ele, mas disfarcei botando um sorriso na cara

Jt: oi minha vida - falei beijando o pescoço dele, fazendo ele ir pro lado rindo

Th: saia fora seu corno. Quero trocar um papo sério com vc

Jt: qual o caô, irmão? - falei já ficando com o cu trancado de medo de ser sobre a minha mentira

Th: quero que tu faça uma missão pra mim lá no Uruguai

Ainda bem que foi sobre uma missão, pq eu sei que tô fudido na mão dele quando ele descobrir essa mancada minha, ja tô imaginando o caô q ele vai botar pra cima do pai aqui.