CAP. 11

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ARIADNE🧚🏻‍♀️

Me acordo ainda um pouco sonolenta, pense em um sedativo brabo, acordei até com menos dor, porém, ainda sinto minha costela fora do lugar, meu braço engessado, fora que eu ainda não lembro de quase nada, tive alguns flashes enquanto estava sedada. Escuto batidas na porta e logo após vejo ela sendo aberta, era o doutor Miguel entrando.

Dr.Miguel: se sente melhor?- ele perguntou carismático

Ariadne: nem trinta por cento, mas não tô igual como cheguei - falei dando um sorriso de lado

Dr.Miguel: tenho uma notícia, um rapaz está lá fora querendo falar com vc - ele disse me olhando

Ariadne: um rapaz? - perguntei em dúvida e ele confirmou - tá né, manda entrar, por favor.

Ele foi até a porta e abriu, por ela passou o tal rapaz desconhecido por mim, não me lembro de já ter visto, e se vi, deve ter ido na minha perca de memória, ele chegou mais perto da cama e ficou me olhando.

Ariadne: vai ficar aí me olhando ou vai dizer de onde me conhece ? - perguntei interessada

Jt: pô, acho q tu não me conhece mermo, mas eu já te vi algumas vezes - falou e eu continuei sem entender - já te vi em algumas reuniões com o FT, e foi eu quem te trouxe para o hospital - foi aí que eu fiquei mais enrolada mesmo

Ariadne: quem é FT, que reuniões? - perguntei sem entender nada - não sei se vc sabe, mas eu perdi a memória, então tudo o que vc tá me dizendo é mesmo que nada.

Jt: porra cara, assim tu me fode né - falou passando a mão na cabeça - tá, vou tentar resumir e tu presta a atenção slg - ele arrastou a poltrona até perto de mim e se sentou - tu é mulher do FT, que é o dono do vidigal, eu e meu chefe TH chegamos lá no morro e subimos até a boca, chegamos lá e disseram que ele tava em casa, isso pq tínhamos recebido a informação de que ele tava de mancada, chegamos lá na casa de vcs e já fomos entrando, na sala não tinha ninguém, até que ouvimos um barulho vindo do quarto, corremos até lá e encontramos vc desmaiada ou quase morta, ele tinha arrebentado vc, e é por isso que vc está aqui, te deixei aqui a mando do meu chefe, e agora ele mandou eu vim ver como vc estava, seu marido até tentou vir, mas TH deu uma trava nele, não tem o pq dele querer saber de vc, já que foi ele que te mandou pra cá né - ele falou tudo de uma vez e eu fiquei abismada com as informações.

Ariadne: como assim cara? Eu tenho marido? E ainda por cima é bandido? - perguntei com a mão na boca e sem saber o que falar.

Jt: sem neurose, se eu fosse tu, eu não voltava mais pro vidigal e muito menos pro fdp do FT, ou na próxima surra ele te mata mermo - ele disse negando com a cabeça

Ariadne: vc é idiota ou o quê? - já comecei a me alterar e ele me encarou de cara feia - tá falando como se eu tivesse pedido pra ter apanhado, eu nem lembro quem eu sou, caralho, nem quem são todos esses que vc disse, nem pra onde ir eu sei, se é que eu tenho pra onde ir né - gritei, já estava sem paciência com toda essa história sem cabimento.

Jt: porra, segura sua onda, caralho, tbm não é assim né - ele gritou de volta - se eu tô aqui é pq vou te ajudar, sua lerda, o doutor disse q vc já tá estável e já está de alta, vou te levar pro morro e lá nós desenrola o bglh todo, se adianta aí e bora meter o pé, não posso ficar dando bobeira atoa por causa de tu não - ele falou todo estressado e saiu do quarto.

Eu em, povo mal educado, tá vendo nossa situação e não quer entender, ele que não venha me gritar de novo, idiota.

Chamei uma enfermeira pra me ajudar a levantar da cama e a tomar um banho, já que esse maldito braço não tá ajudando muito, ela me ajudou a tomar um banho rapidinho, já que o outro lá fora tá apressado, ela pegou uma sacola em cima da pia e disse que eram roupas pra mim que o tal rapaz trouxe, era um vestido que só ia até metade das coxas e tinha um decote enorme nos peitos, caralho viu, nem pra escolher uma roupa descente pra alguém que vai sair do hospital, povo vulgar e sem imaginação, mas era o que tinha né, já que disseram que eu cheguei aqui só com a roupa do corpo e mais nada, então não tinha nada pra levar, saí do banheiro e o cara já estava lá no quarto me olhando de cara feia.

Ariadne: tá me olhando assim pq, ué? - perguntei sem entender

Jt: qual a parte que eu mandei vc se apressar que vc não entendeu, porra?

Ariadne: cara, pq a cada frase sua tem que conter um palavrão em - perguntei já ficando aborrecida com aquilo - eu sou mulher e ainda estou com um braço impossibilitado de usar, claro que eu ia demorar - falei o óbvio

Jt: namoral, bora sair logo desse lugar ou eu vou te deixar aqui mermo, já tô ficando arrependido de ter vindo, minha paciência já foi de ralo contigo - ele falou já saindo do quarto todo afobado e eu que lute pra acompanhar os passos dele no estado que estou.

Carro ForteOnde histórias criam vida. Descubra agora