Capítulo 7

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Para ser honesta eu não esperava muito de mim nessa escola, porém quase explodir um macaco e ficar cega de um olho definitivamente não estava nos meus planos

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Para ser honesta eu não esperava muito de mim nessa escola, porém quase explodir um macaco e ficar cega de um olho definitivamente não estava nos meus planos.

Certo agora o contexto.

Fui levada até a carruagem vermelha com detalhes em ouro e rodas de madeira que parecia reluzir na luz, o caminho de pedra passava por entre o glorioso jardim florido, dois corcéis brancos relincharam provavelmente me xingando pela demora, o carroceiro velho e carrancudo não parecia muito feliz também, os príncipes Ricardo e Leser não falaram nada assim que entrei junto com Helena. A viagem foi tranquila e não demorou muito porque na primeira oportunidade eu tirei um cochilo. Abrindo meus olhos encontro Helena rindo enquanto me olha.

— Você baba enquanto dorme — Percebo que eu estava salivando como um bulldog no vestido dela e me levanto em um pulo.

— Me desculpa!

— Não tem problema, ele não mancha — De fato a roupa dela não parecia manchada, o tecido era preto e tinha um aspecto de penas de corvo, mas ao tocar no vestido sua consistência era a de um travesseiro. Tão macio.

A carruagem parou e os dois príncipes saíram imediatamente.

— Chegamos enfim, venha comigo Lisa — Me livrando da carruagem vejo a escola pela primeira vez, se tratava de uma construção tão grandiosa que se parecia um castelo, possuía uma torre do lado esquerdo com algumas janelas, uma entrada com uma forma que lembrava uma ponta de flecha e enormes árvores esmeralda em volta como se fossem sentinelas protegendo o lugar de invasores, o caminho para a entrada era de pedra lisa e se dividia em dois, por todo o entorno do lugar haviam arbustos que pareciam algodão doce pintado de verde e vermelho.

Algumas pessoas com mantos vermelhos andavam pelo caminho simples que leva a esse altar do conhecimento, tudo parece uma coisa de seita então decido dar o fora.

— Sabe de uma coisa? Acho que não estou me sentindo bem, podemos estudar outra hora — Helena franze o cenho.

— Não precisa ficar nervosa, estou aqui com você — Ela provavelmente pensa que estou com medo de conhecer pessoas novas, e está certa, mas não é só esse o meu receio, já vi filmes o suficiente de pobres sendo convidados a ir em lugares de rico e geralmente não termina bem — Vamos ver como é por dentro pelo menos — Ignorando completamente minha consciência me deixo levar pelas palavras da menina. Uma olhadinha nunca matou ninguém

né? Conforme mais perto da entrada noto pessoas com mantos de outras cores, muitos até com o capuz abaixado, o que me permite ver o que parecia ser uma convenção de super modelos, não é possível que eu seja a única pessoa com aparência "normal" por aqui. Onde estão os feiosos? Desse jeito não me sinto representada.

A entrada parece ser mágica pois ao adentrar pela abertura gigante o mundo muda ao meu redor, como se todos os limites que eu havia visto antes eram uma bolha refletindo uma imagem distorcida, a minha esquerda pequenas colunas sustentavam arcos de pedra e uma parede apoiava algumas cadeiras vazias, mais à frente outra abertura com um caminho de pedra que parecia levar a outra construção, na minha direita uma porta de madeira e mesas grandes comportando quatro assentos em cada, e neles sim haviam estudantes conversando, alguns lendo obras cuja língua eu desconhecia, a maior parte deles estava alheio a minha presença. Helena empurrou a porta de madeira e entramos. Nossa o corredor principal, era simplesmente diferente de qualquer construção antiga que eu já havia visto, o chão parecia um tapete verde, porém olhando com cuidado notei que era grama, e não aquela que tem nos gramados ou estádios de futebol, era como estar pisando em algodão doce, eu nunca andei em cima de um para saber, mas caso andasse tenho certeza de que a sensação seria exatamente essa. A minha frente estavam grandes colunas sustentando arcos, o que lembra bastante a arquitetura da entrada em escala maior, se eu

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