Capítulo 6

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Sabe aqueles sonhos em que parece que você é um fantasma, ou algo parecido como vento? Era isso que meu corpo parecia ser, eu flutuava por cima do castelo, de longe ele parecia tão pacífico, bonito

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Sabe aqueles sonhos em que parece que você é um fantasma, ou algo parecido como vento? Era isso que meu corpo parecia ser, eu flutuava por cima do castelo, de longe ele parecia tão pacífico, bonito.

Nem aparentava que quase me mataram ali.

Decido ignorar a vista e me deixo ser empurrada pelo vento, no entanto enquanto faço meu cosplay de folha lembro de casa, sinto saudades e um pensamento muito forte inunda minha mente. 

Como voltar para casa? 

Tudo estremece, o vento parece um carro que acabou de receber orientações via GPS, sou empurrada em uma velocidade nada confortável enquanto estou por cima das nuvens se eu tivesse medo de altura provavelmente já teria infartado, ou não, é só um sonho afinal de contas.

Depois de viajar por um tempo de maneira nada confortável sou puxada até a terra, durante a queda livre por algum motivo não me desespero, me sinto como uma pena de ave caindo cuidadosamente, vejo um borrão escuro que me lembra um crânio e caio em uma floresta, as árvores são anormalmente grandes passando fácil de vinte metros, alguns troncos são grossos como prédios, outros tem a grossura de um poste, suas folhas poderiam abrigar facilmente macacos voadores sem sequer se mexerem.

Duas sombras parecem estar conversando entre as raízes das grandes árvores, uma parecia um reflexo escuro de um humano normal enquanto o outro possuía um brilho vermelho assustador no lugar dos olhos, como uma criatura da noite que tem aqueles globos oculares que brilham por causa da visão no escuro, mesmo sem ver o rosto sinto uma tensão no ar, como se aquele ser pudesse a qualquer momento notar minha presença e acabar comigo.

— Qual o nível de perigo dessa pessoa? — Uma voz metálica e perversa ecoou do ser de olhos brilhantes.

— Nenhum, ela não é uma ameaça — A sombra humana soava estranhamente familiar.

— Bom, então continue com o plano.

Algo parecido com uma interferência me impediu de ouvir mais, fui puxada de repente e senti alguém me balançando.

— Lisa acorde ou irá se atrasar! — Era a voz de Ricardo.

Acordo e vejo dois príncipes e uma menina da minha idade com vestidos na mão me encarando, fico envergonhada pois tenho certeza de que estou com o cabelo bagunçado e um bafo de bode.

— Ei! Saiam vocês dois eu preciso me arrumar! — Empurro ambos os príncipes sem nem falar com eles e me arrependo na hora, será que serei morta por isso? Quer saber? Tanto faz, eles têm que conhecer o significado de privacidade. Encaro a menina na minha frente, ela possui cabelos brancos longos e olhos azuis, trajava um vestido negro com penas de corvo, se eu estivesse em meu mundo provavelmente chutaria que a garota estava fazendo cosplay de uma personagem de game of thrones, ela me olhou com um sorriso natural como se eu fosse uma amiga de longa data.

— Oi! Meu nome é Helena Tod e o seu? — Me sinto contagiada pela sua alegria.

— Meu nome é Lisa, qual sua idade? — Ela levanta uma sobrancelha.

— Tenho quinze primaveras — A mesma idade que a minha pensei.

— Esses vestidos são pra mim? — Nossos olhares se voltam para as roupas coloridas nas mãos dela.

— São sim Lisa, eu tinha alguns sobrando e como você parece ter a mesma altura e corpo que o meu, achei que seria útil te dar eles — Pego um pouco rápido demais, assustando a menina.

— Desculpa, é que estou feliz por finalmente ter algo limpo para vestir —  Provavelmente eu devo estar toda suada depois de desmaiar duas vezes e perseguir um ladrão.

— Sem problemas, você toma banho sozinha ou usa criados?

— Criados? Não precisa, só me mostra o banheiro e faço o resto sozinha — Helena sorri e me leva para fora do quarto, onde Leser e Ricardo me esperam confusos, A menina de cabelos brancos puxa meu braço e grita uma rápida explicação para os príncipes.

— Ela vai se arrumar, podem nos esperar na carroça — Ouço um suspiro e um comentário "Se prepare para esperar muito até elas terminarem".

Passando pelo corredor novamente vejo criados correndo de um lado para o outro, trajando aquelas clássicas roupas de empregados, com o detalhe que todas eram completamente vermelhas, essa galera é obcecada por essa cor. No chão dependendo de onde piso tem um carpeteavermelhado, acabo tropeçando em uma dobradura dessa maldita decoração e bato meu rosto no chão acolchoado, Helena para de correr e me ajuda a levantar.

— Fiur Dios, Você está bem?

— Sim, só perdi o restante de orgulho que eu tinha — Olho em volta diversas portas ao meu redor indicam que tem cômodos o suficiente para abrigar uma cidade inteira, todos com as portas fechadas a não ser quando um criado as abre para levar alguma coisa, as vezes roupas comida e até armas, fico preocupada com as intenções daquele empregado em particular, uma luz arco íris brilha no meu rosto, é o reluzir do jardim das flores que vem da grande janela em minha frente.

— Vocês gostam bastante de luz natural — Helena percebe meu olhar no jardim.

— Economizamos dinheiro com velas assim, mas se gasta de qualquer jeito pois existem muitos quartos sem iluminação natural — Tento pensar em um comentário inteligente para criticar os arquitetos que projetaram isso, mas só consigo pensar em:

— Que droga.

Depois de achar um banheiro maior que o meu quarto, entro na piscina, sim é uma piscina, parece mais uma sauna, o vapor me impede de ver muito longe, mas percebo que Helena também está ali, ela aponta para uma pequena pilha de roupas dobradas.

— Por favor vista isso quando terminar, eu já acabei — Tomo um rápido banho relaxante e luto contra a vontade de ficar ali o dia todo. Saio da água me sentindo uma nova pessoa e visto o que deixaram para mim, inclusive roupa de baixo, que é bem mais confortável do que as que existem em meu mundo, ponto para o continente amarelo.

Decido apenas colocar tudo e admiro o vestido que me deram, ele é vermelho com bordados nos ombros e detalhes coloridos conforme chega em minhas pernas, fazendo parecer que eu coloquei pequenas estrelas em um céu vermelho, ele é tão macio ao toque que parece se desfazer. Me sinto uma princesa.

Helena está me esperando na porta, ela agarra meu braço e começa a correr.

— Temos que ser rápidas, já estamos atrasadas e os meninos já não aguentam mais esperar — Me sinto convencida o suficiente, apesar de ter meus receios quanto aos príncipes principalmente o Liebe, dessa vez parece que eu irei a algum lugar novo, além disso estou acompanhada por uma menina simpática e bem humorada.

— Tudo bem, mas para onde estamos indo? — Dessa vez consigo desviar de uma das dobraduras do tapete vermelho.

— Eles não te contaram? Vamos para Dynamo, a escola dos futuros poderosos que governarão esse mundo.

— Ah, já me contaram desse lugar.

— Ah, já me contaram desse lugar

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