Photography |Zayn Malik

32.

06 de Março de 2015

"Como correu o primeiro dia?" Zayn pergunta depois de o beijar.

"Correu bem." Sorrio abertamente. "São todos muito simpáticos e o meu pai deu-me algumas indicações."

"Ainda bem que gostaste." Pousa a sua mão na minha perna. "O que te apetece fazer?"

"Apetece-me ver Londres de cima." Digo da boca para fora.

"Os seus desejos são ordens." Zayn dá-me um sorriso misterioso e eu arqueio a sobrancelha.

Ele guia-nos por um atalho que eu nem sabia que existia. Os meus ouvidos parecem ficar tapados e eu sei automaticamente que estamos a subir, apenas não sei para onde.

Assim que o carro pára, eu encaro a paisagem à minha frente e sorrio. Zayn olha para mim expectante, respiro fundo e abraço-o.

"É perfeito." Beijo a sua bochecha.

Debruço-me sobre o tablier do carro e inclino a minha cabeça para a deitar sobre os meus braços. Londres está quase iluminada apenas pelas luzes dos diferentes edifícios, está perfeita. É perfeita.

Nunca tinha vindo até aqui, mas espero poder cá voltar porque ver esta paisagem depois de um dia de trabalho é como tomar um banho relaxante. Olho para Zayn, apoiado no banco enquanto brinca com um cigarro.

A sua mão pousa no meu ombro e eu agarro-a. Subo para o seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo. Beijo o seu ombro enquanto a sua cabeça cai para trás, os seus lábios entreabertos.

"Pareces triste." Sussurro com as nossas testas coladas. "O que é que se passa?"

"Estou apenas cansado."

"Não me mintas." Faço beicinho e ele gargalha baixinho.

"Não é nada contigo, não te preocupes." Roça os nossos narizes.

"É claro que me preocupo." Agarro o seu rosto e faço-o encarar-me. "Tudo sobre ti importa."

"Apareceu uma pessoa na empresa que me deixou um pouco incomodado." Remexe-se no assento. "Antes de te conhecer, eu tinha algumas amigas com quem tinha sexo e uma delas veio ter comigo, deixou-me mesmo fora de mim."

"Porque é que ficaste assim?" A minha voz parte-se.

"Ela disse que tinha saudades dos nossos momentos e que me queria." Não sei se aguento ouvir muito mais. "Eu disse-lhe que estou feliz contigo, que estamos noivos e somos inseparáveis."

Sorrio fracamente. "Ohh."

"Desculpa." A sua voz soa frágil. "Não te devia ter contado."

"Claro que devias." Sorrio com o canto da boca. "Estiveste com alguma delas quando nós começámos a... Tu sabes."

"Uma vez."

"Só uma?"

Zayn assente. "Até que gemi o teu nome e ela me deu um estalo."

Rio alto e Zayn junta-se a mim. Eu acredito nele, não tem razão para me mentir, nenhum de nós tem. Os nossos dedos entrelaçam-se e beijamo-nos apaixonadamente. Ele parece mais leve agora que falou, talvez ele não quisesse falar comigo sobre isto. Louis seria a pessoa indicada, são melhores amigos.

Zayn pára o nosso beijo e acaricia a minha bochecha. "Nunca duvides do que eu sinto por ti nem te sintas mal por culpa do meu passado. Elas não passavam de sexo, tu és mais que isso, muito mais. Não há comparação."

"Eu só acho que tudo aconteceu muito depressa entre nós, não tentámos saber mais um sobre o outro. Mas eu estou feliz por te ter conhecido."

"Eu também estou feliz por te ter conhecido." Prende uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Deixo-me cair sobre o seu peito, os seus braços apertam-me ainda mais contra o seu corpo. O carro não é o sítio mais confortável do mundo, mas o corpo de Zayn é. O seu cheiro a prender-se na minha roupa e no meu cabelo para me relembrar da sua existência a cada segundo que passa.

Olho para ele enquanto a minha mão repousa no seu peito com os seus batimentos cardíacos a chocarem contra a minha pele. Ele franze o sobrolho e morde o lábio, rio baixinho e capto a sua atenção.

"Queres casar onde?" Ele pergunta.

"Eu sempre disse que me queria casar pela igreja, mas aceito os termos da tua religião." Sorrio.

"Já falei sobre isso com os meus pais, mas ainda não lhes contei que estamos noivos."

"O que é que eles disseram?"

"O meu pai disse para eu fazer como achar melhor." Sorri. "Ele apoia o casamento cristão."

"Mas isso não vai contra tudo aquilo a que vocês acreditam?" Pergunto preocupada. "Quer dizer, o teu pai parece ser totalmente ligado à vossa religião e eu não quero em nada colocar isso em cau-"

Zayn interrompe-me com um beijo, as suas mãos grandes a agarrarem-me o rosto de forma cuidada e delicada. Movemos os nossos lábios sincronizadamente e sorrimos um para o outro como se fosse o nosso primeiro beijo.

"Boa maneira de me calares." Sussurro com um sorriso.

"Não te preocupes com esses pormenores. Casamos pela igreja segundo a tua religião."

"É isso que tu queres?" Zayn assente. "É mesmo?" Ele volta a assentir. "Nunca te imaginaste a casar da mesma forma que os teus pais?"

"Rose," o meu nome sai suave por entre os seus lábios. "eu nunca me imaginei a ser feliz com alguém ao meu lado e encontrei-te a ti."

"Ohh."

"Vamos casar pela igreja, vamos estar os dois vestidos adequadamente. Eu de smoking preto e tu de branco, com um vestido lindo que realce as tuas curvas."

"Sonhei tanto com isso." Admito com as minhas bochechas a ganhar cor.

"Eu também." Roça os nossos narizes. "Estive a pensar, tu já vais ter a tua primeira folga por elas serem fixas, certo?"

"Sim."

"O que achas de irmos até Andorra?"

"Andorra?"

Zayn assente. "Tenho lá uma casa e todo o material necessário para que possamos esquiar."

"Parece-me uma boa ideia." Entrelaço os nossos dedos. "Mas eu pago o meu bilhete de avião."

"Desta vez não vou discutir." Ergue as mãos. "Mas só desta vez."

"Posso viver com isso." Trinco-lhe o lábio inferior.

»«

Passámos por um restaurante tailandês e trouxemos alguma comida para jantar em casa. Andrea está de férias, foi ao México visitar uns familiares, Zayn fez questão de lhe pagar a viagem por tudo o que ela tem feito por ele.

Encosto-me ao sofá e passo as minhas pernas por cima das de Zayn enquanto ambos comemos e roubamos comida um ao outro. Custa-me acreditar que daqui a uns meses vamos estar casados, a viver na nossa casa e talvez ter um cão.

Bebo um pouco do meu sumo de laranja natural e observo Zayn a olhar para as minhas pernas. Ergo a sobrancelha e ele sorri com a sua língua presa entre os lábios. Pouso o prato e o copo, subo para o seu colo e meto os meus braços em redor do seu pescoço, inclinando a cabeça para o lado direito.

"O que foi?" Pergunto.

"Estou cansado, e tu também pareces exausta."

"Eu estou." Suspiro.

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Boa leitura (:

Jô x