Catarina é uma garota de personalidade única. Sem filtro, sincera ao extremo, autêntica e com um charme irresistível, acaba conhecendo Joaquín Piquerez em uma festa. O clima entre eles é quase instantâneo, mas um acontecimento acaba fazendo os dois...
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📍São Paulo 🇧🇷
Eu estava bem dedicada as aulas teóricas de direção porque em breve terei as práticas e sinceramente estou confiando em mim mesma pra passar de primeira. Eu não vejo a hora de poder sair sozinha sem precisar ficar dependendo de Uber ou incomodando Alana.
Depois do que aconteceu entre mim e Piquerez nós não brigamos mas também não digo que estamos juntos de verdade. Estou vendo ele bem pouco pra ser honesta, ele tem os compromissos dele e eu os meus, É claro que eu queria ele na minha cama todos os dias se possível, na minha mesa, no meu sofá e... o Uber parou me tirando os meus devaneios.
— Obrigada. — sorri abrindo a porta.
— Cheguei! — surgi na sala de estar da casa dos meus pais.
— Cata! — minha mãe correu pra me abraçar.
— Que surpresa você por aqui. — ela disse me levando até a mesa.
— Eu tava na aula e depois passei na academia, como é aqui perto resolvi passar pra dar um beijo em vocês. — eu disse abraçando meu pai e em seguida dei um beijo na cabeça de Caio.
— Maninha! — Caique surgiu me abraçando.
— Você aqui? — perguntei surpresa.
— Passei aqui pra ver o pessoal. — ele sorriu.
— Ele veio com a Suzana, ela tá lá em cima. — Caio disse e eu revirei os olhos.
— Bom, eu vou lá no meu antigo quarto um pouquinho. — eu disse e eles assentiram.
Subi as escadas em direção ao meu quarto que era no final do corredor mas quando passei pela frente do quarto de Caique vi que a boneca de plástico falava no telefone bem baixinho. Encostei na porta o máximo que pude pra ver do que se tratava.
— Hoje eu não posso porque vou dormir no apartamento do meu noivo, mas amanhã eu te encontro... claro que eu estou com saudades. — ela quase sussurrava.
— Tá, tenho que desligar, tchau bebê. — ela disse.
Olhei pelo espelho vendo que ela se aproximava da porta, talvez pra sair do quarto, então empurrei a porta e ela se assustou cambaleando pra trás. Entrei no quarto e ela me encarou surpresa, dava pra ver em seus olhos o medo de ter sido ouvida.
— Desculpa Suzy, eu não te vi. Vim aqui pegar um... — encarei a escrivaninha de Caique. — fone de ouvido emprestado, o meu quebrou.
— Oi Cata. — sorriu sem jeito.
— Tudo bem? — peguei o fone e fui caminhando até meu quarto.
— Tudo sim, é, eu tava mesmo querendo falar com você. — ela disse entrando junto.
— Sobre o que? — perguntei abrindo meu antigo armário.
— Você tá ficando com aquele jogador? O que tá rolando? — perguntou.
