Catarina é uma garota de personalidade única. Sem filtro, sincera ao extremo, autêntica e com um charme irresistível, acaba conhecendo Joaquín Piquerez em uma festa. O clima entre eles é quase instantâneo, mas um acontecimento acaba fazendo os dois...
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📍 São Paulo 🇧🇷
As minhas aulas de direção ainda são teóricas mas estou me esforçando bastante pra aprender tudo, enquanto isso tenho feito coisas que ocupem o meu tempo livre. Não quero distrações pra ficar pensando em besteira.
Tenho visto meu vizinho bem pouco, graças a Deus.
Dei folga a Elis e convidei meus amigos pra vir aqui hoje pra uma resenha e estou indo comprar uns vinhos e petiscos pra eles, estava saindo à procura do Uber que chamei quando vi Piquerez na entrada da sua casa. É claro que ele tinha me visto e o fato dos nossos olhares terem se encontrado não me permitiu fingir que nem o vi e ele me acompanhou.
— Oi Catarina. — ele sorriu.
— Oi Piquerez. — sorri de leve.
— Tá indo pra algum lugar? Quer uma carona? — ofereceu.
Olhei a tela do celular e o motorista estava a dois minutos daqui e eu não estava com pressa mas ao mesmo tempo algo me puxava pra perto dele, algo em mim dizia pra que eu fosse com ele e é claro que eu tenho noção e não faria isso mas... cancelei o Uber.
— Aceito. — respondi prontamente.
— Eu tô indo resolver uma coisa mas estou em tempo, te deixo onde quiser. — ele disse abrindo a porta pra mim.
Será que tem GPS pra sua cama? Pensei, felizmente baixo.
Estar num local fechado com ele mexia um pouco com a minha mente, tentei parecer distraída olhando meu celular mas sua mão na coxa vez ou outra me fazia ficar encarando. Ele intercalava entre tamborilar os dedos no volante ou passá-los na sua perna e aquilo era irritantemente sexy, seu cheiro exalava dentro daquele carro e eu apertava minhas pernas cada vez que ele dizia alguma coisa. Pedi pra ele me deixar no supermercado.
— Está quieta. — ele comentou.
— Só estou lembrando o que tenho que comprar. — menti e ele me encarou.
— Sabe, minha irmã disse que você é muito linda. — ele disse e eu sorri.
— Ela também é linda, tem um corpão do caralho e... — pausei quando ele começou a rir.
— Está querendo a minha irmã? — perguntou.
— Cala a boca! — dei um leve tapinha em seu braço.
— Então, precisa comprar tanta coisa assim? — vi ele entrando no estacionamento do supermercado.