Cap. 38

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Maël Gama! é o homem que está cuidando de mim, e não quem eu pensei que fosse.

- por que...?

O mundo ainda parece estar pausado, e nada ao meu redor está ousando se mexer. É como se tudo estivesse escondendo essa verdade de mim. E agora que descobri parecem estar tensos com qual será minha reação.

Nem eu mesma sei como reagir.

Enchi meu pulmões ao máximo, soltado em seguida todo aquele ar, deixando tuda aquela confusão sair junto.

- precisa pensar com calma agora... Sem desespero... - silêncio - AAAAAAAHHH!!! Eu fui enganada, tapeada como uma criança boba! - esfreguei o rosto com as mãos  - MAËL seu-seu IDIOTA! - meu corpo desfaleceu sobre o chão junto com as lágrimas.

- como dói...

Me virei encarando o teto da sala.

- já é noite... Amanhã eles estão de volta, como vou encarar ele?

Com um salto me coloquei de pé. Apontei para a para o sofá.

- seu mentiroso! Como pode fazer isso comigo!!? - Não... falando desse jeito é muito dramático, que tal algo mais frio -

Cruzei os braços e fingi um olhar vazio.

- eu não me importo. - Ah! Que mentira. Isso é muito mais difícil.

Mas toda essa encenação, acabou me dando uma ideia.

Comecei a guardar todos aquelas cartas e fotos e arrumei tudo como estava.

- vou continuar sem saber de nada. Esse é meu plano. Ser um pouquinho mal. Vou te tortura Mael Gama.

***

Finalmente o amanhã chegou! Passei parte da noite pensando sobre como vou precisar cuidar das minhas reações a partir de agora - vamos ver até onde ele pretende esconder isso. Mas meu plano não para aí, eu vou ser um pouco "maldosa" -

Decidi que tomaria café na Sr. Linda. Depois de me ajeitar, peguei a picape e sai.

O dia está lindo, e ensolarado. Perfeito para um bainho de rio - linda havia comentado sobre um rio aqui pelas redondezas -

Assim que desliguei o motor, reparei que a moto do cara de boné ainda estava no mesmo local - que estranho - cheguei perto do veículo.

Estava na cara

É

uma moto muito linda. O preto reluzente espelha perfeitamente meu reflexo, no tanque as letras "GM" estavam gravadas em um tom mais fosco as mesmas que o dono me falou na noite que o conheci.


- Runa! Querida, entre! - linda me gritou da porta do Bar.

Já no ambiente amplo do bar me assentei apoiando os braço na bancada onde um delicioso café com creme me esperava.

- estava me esperando?

- eu suspeitei que viria aqui, já que David não está em casa.

Sorri, sentindo meu estômago vibrar ao ouvir o nome dele. É estranho pensar que chamamos por uma pessoa que morreu. Como realmente era meu tio? É

Parentes?Onde histórias criam vida. Descubra agora