-Como poderia esquecer? Foi a primeira vez que você me confundiu com o Tom. - ele respondeu e eu dei uma risada.

-É, a primeira vez.

-Espero que não haja mais vezes, só as duas experiências já estão de bom tamanho. - ele comentou me fazendo rir envergonhada.

-Concordo com você. - falei e ele sorriu.

-Sim... Se for para me beijar, prefiro que tenha certeza de que sou eu mesmo. - ele disse de forma descarada, com um sorrisinho de lado.

Eu arregalei os olhos escutando aquilo pois ele havia dito meio alto, por sorte ninguém estava passando próximo da sala.

-Cuidado na hora de falar essas coisas em público. - o alarmei.

Bill deu uma risada alta como se estivesse se divertindo com aquilo.

-Claro, claro. - falou com deboche e continuou. - Vou aceitar sua ajuda para compôr, com certeza.

Mais tarde nós ficamos em casa descansando, eu estava com a cabeça no colo de Bill, assistindo a um filme de terror. Ele passava a mão pelos meus cabelos, eu quase dormia algumas vezes se não fosse pelos barulhos altos da TV quando algum fantasma aparecia do nada.

Todos estavam em seus quartos, com exceção de Tom que estava conosco mas mexendo em seu celular, provavelmente trocando SMS.

Eu começava a bocejar já sonolenta, mas o filme sempre me despertava com um susto.

Bill riu de mim algumas vezes quando eu me assustava com o barulho.

-Por quê não vai dormir? - ele perguntou acariciando meu braço.

-Muita preguiça de me levantar. - respondi lentamente, meu corpo estava muito sonolento, eu poderia dormir no chão facilmente se fosse o caso.

Pude perceber que Bill sorriu anasalado e então senti seus braços me envolvendo, percebi que ele tinha se levantando comigo no colo, estilo noiva.

Eu me surpreendi com sua força por conta de seu físico magro, mas não comentei nada, ele não parecia sentir dificuldades para me carregar.

-Caralho, que brega. - Tom, como sempre, tinha que fazer alguma piada sobre. Bill o ignorou e eu também.

Passei meus braços pelo seu pescoço e o olhei enquanto caminhava, seus olhos na direção da porta, eu os admirei como fazia normalmente.

-Vou te levar para o quarto. - ele falou caminhando até o cômodo, me deitou na cama com delicadeza e então me cobriu com o cobertor.

Eu sorria boba, observando seu cuidado comigo.

-Obrigada. - falei por fim.

-Por nada. - ele me olhou por alguns segundos. - Durma bem, qualquer coisa me chama. - falou me dando um beijo na testa.

-Boa noite, Bill. - ele sorriu em resposta e saiu do quarto, sussurrando um "até amanhã".

×

O dia da entrevista havia chegado, seria o primeiro programa de televisão que eu participaria e eu já podia escutar a equipe contar que estávamos batendo recorde de audiência sem nem termos aparecido ainda.

Eu me esforcei muito para não entrar em pânico, mesmo sendo difícil.

Os garotos percebendo a minha inquietude, tentaram me tranquilizar. Georg até me abraçou e disse que passaria rápido.

-Você quer um calmante? - uma senhora da equipe do programa perguntou.

-Não, obrigada. - eu forcei um sorriso. - Já estou me acalmando.

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora