Dois corações podem permanecer juntos mesmo depois de destruídos?
Após perder sua mulher e filho em um acidente criminoso, Alexei Rurik jurou a si mesmo duas coisas: se vingar e nunca mais entregar seu coração.
Mas as duas maiores convicções de...
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— E então? O que acha? — pergunto a Viktor após contar o plano de Bóris.
Viktor cresceu comigo, mais que um executor, ele é meu irmão, seu julgamento tem muito peso em minhas decisões . Ele já salvou minha vida, mais vezes do que posso contar e é o único em quem deposito minha total confiança.
— Quantos anos a garota tem? — ele se desvencilha do meu soco e contra-ataca.
Estamos na academia de casa, onde treino todos os dias para me manter em forma. Viktor me ajuda, pois quase sempre perco o controle sobre as coisas. Alguns soldados já saíram com os ossos quebrados daqui, ou desacordados para o hospital mais próximo, mas Viktor foi criado comigo e recebemos o mesmo treinamento, então mesmo quando perco o controle ele se mantém no mesmo nível.
— Não sei, brat (irmão). Bóris não...
Sou interrompido por um soco dele em meu estômago. O ar me falta aos pulmões, mas me recuso a ficar parado e vou para cima dele, acertando uma sequência de socos e chutes. Viktor se protege como pode, levando os braços dobrados à frente do corpo, continuo o acertando até ele se desequilibrar e cair. Então levanta a mão em rendição e parece respirar com dificuldade. Franzo o cenho para aquela visão, logo estendendo a mão que ele agarra e dá impulso para cima.
— Peguei pesado? — brinco e sua expressão fecha.
— Você só ganhou porque eu deixei, brat. — Viktor anda até sua garrafa de água e a destampa jogando na cabeça. — Continue o que estava dizendo. — Ele se senta em um aparelho de musculação e imito seu gesto.
— Bóris não disse. — Pego minha garrafa e bebo um gole generoso de água, algumas gotas escorrem pelo canto de minha boca, uso as costas da mão para limpar. — Eu também não prestei atenção. A única parte que me interessou foi conseguir a fortuna e os pontos do Vacchiano, para poder usar isso e descobrir quem assassinou a Dasha.
— Sobre as organizações italiana e russa? Vai disponibilizar os homens que o González está pedindo? — Um sorriso de canto surgiu em meus lábios.
Como se eu fosse maluco de enfrentar duas das organizações mais fortes da atualidade. De algum modo Viper e Pozhar tem a maior hacker do mundo trabalhando para eles, uma só intervenção de Electra e tudo que eu tenho iria pelos ares e se sobrasse alguma coisa o poder de fogo deles aniquilaria tudo antes que piscasse os olhos. Sei da minha força, mas não subestimo a força deles.
— Não. — Viktor riu e descansou as costas no aparelho — Essa guerra não é minha, a última coisa que quero é o trio em meu caminho.
— Alexei. — o tom debochado em sua voz me fez rir — Você não presta.
— Nunca disse que prestava, irmão. — Agora vamos ao ponto principal, Alexei. Vai aceitar esse acordo de casamento? — penso por uns segundos antes de responder.
