Capítulo XI - Bonus track I (Making of)

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Olá a todos, tudo bem? Como já dito antes, essa é uma história que eu escrevi originalmente em 2007, e que por causa do fato de que após essa data foram lançados novos materiais de Dragon Ball (incluindo o OVA do Tarble [2008] e os filmes Batalha dos Deuses [2013], o Renascimento de Freeza [2015], Broly [2018] e Super Hero (2022), além dos 131 episódios de Dragon Ball Super e os novos capítulos do mangá referentes às sagas Moro e Granola que ainda não foram animados) que trouxeram mais detalhes sobre o passado dos saiyanos e a relação deles com Freeza, tive que refazer boa parte do texto original da história, adicionar mais detalhes e até mudar alguns detalhes (no texto original, o Freeza fica sabendo da lenda do Super Saiyano por meio do Kiwi [para quem não se lembra, é o primeiro subordinado do Freeza que o Vegeta mata no Planeta Namek], e não do Bills, um personagem inexistente à época em que eu escrevi originalmente a história. A aliança mortal originalmente foi firmada entre Freeza e Rei Vegeta. Entre outros exemplos). Sobre alguns dos detalhes e inspirações que eu tive para escrever a presente história, segue abaixo algumas explicações:

1 – Nomes de alguns dos personagens que criei (parte I): Assim como os personagens saiyanos criados pelo Akira tem nomes baseados em plantas, fiz o mesmo com os que citei na minha história, tirando Trei, cujo nome deriva de Tree, que em inglês significa árvore. Falv deriva de favela (nome de uma planta difundida no Nordeste brasileiro. Após a Guerra de Canudos [1896 – 1897], muitos veteranos de guerra trouxeram mudas dessa planta para o Rio de Janeiro e a partir de então a palavra também passou a ser empregada para designar as moradias precárias da periferia do espaço urbano do Rio de Janeiro), Gross deriva de grass, que em inglês significa grama e/ou gramínea. Vitar vem de vitória-régia, Bambuu significa bambu, obviamente. Kapsuto vem de Kapusta/Капуста, repolho em russo. O deus supremo do panteão saiyano, Lesnor (que antes se chamava Tamok), vem da palavra russa lesnoe/лесное, a forma neutra do adjetivo florestal. Já para Adar, o deus do submundo, resolvi fazer uma exceção: como ele é baseado em divindades como Hades e Hella (a guardiã do Helheim, o submundo nórdico), resolvi batizá-lo com a palavra russa ad/ад, que significa inferno, e mais o sufixo ar. Dalasa é um trocadilho com a palavra sadala/salada. O travarok, uma junção da palavra russa trava/трава (que significa grama, vegetação) mais o sufixo rok (tirado da sílaba final de Ragnarok, o fim do mundo segundo a escatologia nórdica). E yasai é a própria palavra japonesa para vegetal da qual deriva o nome saiyano.

2 – Nomes de alguns dos personagens que criei (parte II): E assim, para criar os nomes dos personagens tsufurianos aqui criados segui a mesma lógica do Tio Akira, só que usando nomes de frutas (já que o nome tsufuriano deriva da pronúncia japonesa da palavra inglesa fruit, que significa fruta, mais o sufixo džin [人], que significa pessoa em japonês). Taopur vem pútáo (葡萄), que significa uva em chinês (a propósito, o nome em chinês para Portugal, Pútáoyá [葡萄牙], vem daí, ao que tudo indica decorrente do fato de Portugal ser um grande produtor de vinho). Luobos é um anagrama com a palavra chinesa Buōluó (菠蘿), que significa abacaxi. Darmanin (outrora Hakarz) é um trocadilho com a palavra russa mandarin/мандарин, que significa tangerina. Trauber vem de traube, que significa uva em alemão.

3 – Nome de alguns personagens que criei (parte III): sobre o nome da raça do Freeza, Iceling, trata-se de um nome não-oficial que criei com base no fato de que os membros da raça do Freeza têm nomes relacionados ao frio.

3 – Nomes das tribos: já que os saiyanos têm nomes derivados de vegetais, resolvi colocar os nomes das tribos relacionados a árvores. Konifer obviamente significa conífera (um tipo de árvore que ocorre muito em locais como Escandinávia, norte da Rússia e América do Norte, notória por não perder suas folhas nem mesmo no inverno). Larč significa lariço (árvore aparentada com as coníferas, também encontrada em altas latitudes). Ook deriva de oak, o termo em inglês para carvalho. Buch (leia-se Burr, pois no alemão a partícula ch, assim como em outros idiomas como o tcheco e o polonês, tem som de r aspirado) deriva do termo em alemão para faia, buchen. Goker vem de Göknar, o termo em turco para abeto, e Olv vem de oliveira.

4 – Nomes das cidades: para as cidades tsufurianas, nomes tirados dos nomes científicos de árvores frutíferas – Maluse vem de macieira (Malus domestica), Fikura de figueira (Ficus), Musar vem de bananeira (Musa), Fragaria vem de morangueiro (Fragaria) e Sitrusar vem de laranjeira (Citrus x sinensis). Já Lesak vem da palavra russa les/лес, que significa floresta.

5 – Um pouco de história: Para a criação do personagem Darmanin (antigo Hakarz), me inspirei no senador romano Marco Pórcio Catão (234 – 149 a.C.) e seu bordão "Delenda est Carthago!", que em latim significa "Cartago deve ser destruída!", temeroso de um possível reerguimento de Cartago que fosse fatal à Roma. A mesma Cartago que anos antes, sob a chefia do general Aníbal Barca (248 – 182 a. C.), esteve perto de aniquilar Roma durante a Segunda Guerra Púnica (218 – 201 a.C.), após atravessar os Pirineus e os Alpes e infligir derrotas humilhantes em Trébia, Ticino, Lago Trasimeno e Cannae nos primeiros anos de guerra.

6 – Um pouco de história 2: A respeito das relações entre os saiyanos e os tsufurianos, me inspirei na relação de Roma para com os bárbaros germânicos que viviam fora de suas fronteiras, além dos limes nos rios Reno e Danúbio, no que eles chamavam de Barbaricum. Os romanos, assim como os antigos gregos antes deles, olhavam tais povos como bárbaros atrasados e incivilizados (o que de forma alguma os impedia de adquirir cidadania romana e até mesmo de entrar no exército, nos agrupamentos de soldados foederati, a exemplo de generais como o visigodo Alarico e o vândalo Estilicão, já nos séculos IV e V). De forma similar os chineses olhavam os povos que viviam ao norte da Grande Muralha, tais como os hunos e os Xianbei.

No ano 9 d.C. os romanos, já durante o reinado de Otavio Augusto (27 a.C. – 14 d.C.), tentaram submeter os povos germânicos que viviam além do Reno (na região que eles chamavam de Magna Germania), mas foram vencidos na batalha da floresta de Teutoburgo (conhecida como o desastre de Varo pelos historiadores romanos) pelo general querusco Hermann (conhecido como Arminius nas fontes latinas). Três legiões inteiras romanas (XVII, XVIII e XIX), sob a liderança de Varrus, foram emboscadas e dizimadas pelos adversários. Batalha esta que colocou fim as pretensões romanas de se expandir Germânia adentro até o rio Elba (no que alargaria as fronteiras romanas até as proximidades das atuais Polônia e República Tcheca) e de criar a província da Magna Germania. Junto com outras batalhas como Canas (216 a.C.), Carras (53 a.C.) e Adrianopla (378), foi um dos grandes desastres militares da historia romana. No entanto, tal derrota não impediu que os romanos fizessem nos anos posteriores várias expedições punitivas contra as tribos germânicas que viviam além da Renânia.

O Rei VegetaWhere stories live. Discover now