Final - Eu amo o meu irmão, mas odeio o fato de sermos idênticos.

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O desenrolar todos já sabem, eu diria que consegui lidar muito bem com a borbulha de sentimentos dentro de mim, até que aconteceu o que não deveria ter acontecido.

Jimin me beijou, de novo, mas com a diferença de que agora ele sabe que sou Jeon Jungkook.

Esse beijo foi a destranca para todos aqueles sentimentos bonitos que eu sentia por ele, eu fiquei louco quando senti seus lábios encostarem nos meus com a intensidade ideal e apaixonante. Jimin me beijou e, ainda por cima, disse sobre querer me conhecer e gostar de mim. Porra, como é possível alguém se apaixonar tão fácil? E ainda por mim?

No mesmo momento, eu tirei a conclusão de que ele confundiu tudo, ele gosta do meu irmão e acha que sou eu. Não quero me machucar novamente, ele não teve culpa na primeira vez, foi infantilidade minha trocar de lugar com o meu gêmeo, mas, essa vez, ele teria e eu não vou permitir isso, melhor cortar antes que ele ou eu se arrependa amargamente.

Por isso, finalizamos o trabalho com a energia mais estranha do mundo e não conversamos desde a entrega do mesmo. Hoje é sábado, e eu passo ele da mesma forma que passo todos: em meu quarto, ouvindo minhas músicas dos anos 80 enquanto jogo The last of us II.

Não estou tão imersivo como eu gostaria de está, mas eu não tenho muito o que fazer então é o que dá. Até que o meu irmão entra em meu quarto, com a roupa do time da escola em seu corpo, ele pergunta:

— Mãe vai levar para cortar o cabelo, dessa vez você vai? — eu nego com a cabeça, sem tirar o foco da tela.

Minha mãe é legal, mas ela tem aquela coisa doida que toda mãe de gêmeos, ou a maioria, parece ter que é deixar um filho a cópia do outro, mais do que já são. Por isso, todo final de semana ela nos leva para cortar o cabelo, para manter o tamanho e o corte em tigela, mas já faz umas três semanas que eu evito de ir, além de está mais legal o cabelo maior, me faz se sentir um pouquinho mais único.

— Ok, sabia que era perca de tempo perguntar mas ela insistiu. — e no lugar dele sair do quarto, ele senta ao meu lado da cama, eu até pauso o jogo, quando ele faz isso é porque quer falar alguma coisa.

— Desembucha, Haneul. — eu pergunto, sem cerimônia como ele faz.

— Como você está? Superou os dias bons com o Jimin? — ele me pergunta, como eu já disse algumas vezes, ele não é só um irmão, é meu melhor amigo e eu conto tudo para ele, então eu contei sobre o Jimin e esse segundo beijo que a gente teve.

— Não vou se você perguntar todo dia sobre, deixa eu esquece-lo, Haneul. — eu digo, um tanto impaciente.

— Acho que você poderia dá uma chance a ele, você fez sacanagem com ele em fingir ser eu, acho que você deve isso a ele. — meu irmão fala, sincero, e eu sei que esse é um bom ponto a se pensar mas eu, mesmo assim, não estou afim de me machucar mais do que já me machuquei.

— Não, é melhor deixar como está. Ontem a gente apresentou o trabalho, a nota foi boa e é isso, ele prometeu que me deixaria em paz depois e foi o que fez. Ele não gosta de mim como você acredita que ele goste.

— Ou ele gosta sim mas você não consegue acreditar tanto nisso, talvez não seja tão difícil se apaixonar por você como você acredita que seja, maninho. — eu me recuso a acreditar nessa afirmação do meu irmão, e demonstro isso ao negar com a cabeça.

Não importa o que ele fale, eu não vou acreditar a não ser que eu vá para uma escola diferente onde ninguém conheça o meu gêmeo, não haverá comparações e eu me sentirei eu mesmo de verdade, se alguém gostar de mim eu vou acreditar nessas condições, eu irei acreditar cegamente, caso o contrário, não há meios.

(Re)Encontro - Pjm + JjkOnde histórias criam vida. Descubra agora