Tessa Starfall e Dominik Knight são amigos desde da infância. Porém um acontecimento trágico leva Dominik ir embora, sem nenhuma explicação. E nesses oito anos separados as vidas de ambos viram de ponta a cabeça.
Agora Tessa quer somente terminar s...
⚠️Este capítulo abordará um assunto sobre transtorno alimentar e se por acaso é um gatilho para você, sugiro que pule essa parte, não é assunto fácil de abordar e tentei colocar da melhor maneira possível, então se sentir desconfortável pule as partes, sua saúde mental é mais importante e se identificar com a protagonista sugiro que procure ajuda de um profissional, espero que gostem da leitura e possam entender o lado da protagonista.⚠️
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Eu achava que sabia o que era o amor e o seu significado, pensava que era um sentimento recíproco e que havia doação de ambos os lados, sempre acreditei que era o dos sentimento mais lindo, puro e poderoso que existia. Entretanto, agora tenho minhas dúvidas sobre esse amor, percebi que ele nem sempre será o suficiente e que uma pessoa sempre doará mais partes de si mesma do que a outra e com isso o amor acaba se tornando um sentimento triste.
Eu sinto como se doasse cada vez mais partes de mim para as pessoas e simplesmente não consegue ser suficiente e me sinto tão frustrada e esgotada com tudo isso.
Meu amor deveria ser suficiente, não? Eu deveria ser suficiente. Mas nunca sinto que sou.
Se passou uma semana desde daquela noite com Nik e Jay, e ele fez o que eu pedi, ele se afastou de mim e sinceramente não sei o que pensar disso. Uma parte minha se sente aliviada, assim mamãe e Nate não discutem comigo, eu e meu namorado fomos à algumas festas juntos e ocorreu tudo bem, e mamãe até parece satisfeita. Porém tem uma outra parte, a qual estou tentando reprimir, que odiou minha decisão, que quer voltar e ter uma conversa decente ao invés de afastá-lo, que quer ele novamente em minha vida, que quer voltar a conhecê-lo. Contudo, sei que isso por enquanto não é possível, então ignoro esses pensamentos e sigo minha vida.
Estou me escondendo novamente na biblioteca, é o único lugar do qual consigo ter paz e ficar sozinha. Hoje é um daqueles dias sombrios em que tudo se torna demais e preciso me afastar de todos para reorganizar meus pensamentos e tentar não deixar minha mente me destruir, o que é quase impossível. Preferia estar em qualquer lugar menos na minha própria mente e corpo, é complicado lutar com uma mente que tem o objetivo de te matar lentamente, sinto que a cada dia ela consegue ter um pouquinho de sucesso e por mais que eu sei que deveria me sentir assustada e com medo, simplesmente não consigo sentir nada e é isso que me aterroriza. O fato é que não tenho mais medo da morte porque sinto que já estou morrendo internamente, sufocada, sem conseguir respirar, parece que existe somente o vazio, um buraco negro sem fim, de dor e sofrimento, onde não consigo ver nenhuma luz ou esperança e que o único objetivo é me extinguir até não existir mais nenhuma parte minha.
