— Ei, amor. Mundo real chamando!

Bem, Bonnibel sempre teve um pé muito firme na realidade. Quem era ela para discordar, afinal?


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Não que ela fosse assumir, mas Bonnibel havia temido um pouco aquele momento.

Suas malas tocaram o chão da sala de Marceline e ela soltou o ar lentamente. Era isso, então.

A turnê havia acabado.

— Caralho, que saudade de dormir em casa - resmungou Marceline, se jogando no sofá.

Ela ficou ali, deitada com um meio sorriso. Toda a calmaria do mundo no semblante.

Bonnibel precisou lembrar a si mesma que aquela era uma sensação conhecida para Marceline. O trabalho pesado havia acabado por hora, era tempo de descansar, dormir na própria casa e não se preocupar muito com nada.

Ela se sentou no outro sofá, puxando os pés descalços para cima do mesmo, tentando não pensar demais em um detalhe em específico.

Esse não era um retorno como os outro. Não só não havia nenhuma previsão de voltar ao trabalho no futuro próximo para Marceline, mas havia um 'elas' para ser resolvido no futuro indefinido que se estendia além delas.

— E agora?

Não era a intenção de Bonnibel falar em voz alta.

— Agora, o quê? - respondeu Marceline, tirando o antebraço da frente dos olhos, uma expressão confusa.

— Você sabe...

Marceline manteve a cara confusa até finalmente se dar conta do que Bonnibel queria dizer, suavizando o rosto.

— Não sei, Bon. Estamos de férias. Quer viajar!?

Agora, ela estava sentada no sofá, um sorriso animado espalhado pelo rosto. Bonnibel revirou os olhos.

— Quero dizer, sobre nós. O que vamos fazer sobre nós?

— Uh... A gente namora, Bonnibel. E estamos de férias. A gente vai namorar e... ficar de férias...?

Marceline tinha as sobrancelhas levemente franzidas em confusão, gesticulando com as mão. Genuinamente não sabia onde Bonnibel estava indo com aquele assunto.

Bonnibel levou a mão a boca por instinto, pronta para descontar a ansiedade nas pobres unhas, até Marceline lhe afastar a mão com um tapinha amigável, fazendo-a revirar os olhos. Então, ela começou a apertar o pop-it de coração que levava no cordão.

— Tá, eu sei disso, Marcy. Mas, tipo... nós já fodemos tudo uma vez. Não seria prudente a gente ter, sei lá, um plano?

— E como caralhos se faz um plano de longo prazo pra um namoro, Bonnibel?

— Não sei... Acho que a gente poderia, sei lá, por no papel onde queremos estar dentro dos próximos doze meses e traçar um plano de ação para chegar lá, e então acompanhar mensalmente e-

Depois da Meia-Noite (Bubbline AU)Where stories live. Discover now