Capítulo 15 - O Horizonte Tenta, Mas Não Se Compara

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Agradeçam ao meu namorado por esse capítulo estar saindo, pq se não fosse por ele devolvendo minha vontade de viver, não ia ter atualização por uns seis meses.

Olá, meus amores, estão bem? Espero que sim <3

Vamos para o capítulo de hoje.

Boa leitura!
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Aquilo era uma coisa um pouco estúpida. Ela sabia muito bem o tipo de nostalgia barata que motivava tal decisão.

Mas não conseguiu evitar. Uma sucessão de coisas começaram a acontecer no decorrer de um mero mês, e ela só se deixou levar.

Afinal, desde que a biografia de Marceline fora anunciada para o primeiro trimestre de 2023 e todos sabiam que Bonnibel seria a autora, seu nome estava sendo falado, as vendas de seus livro subindo e os seus direitos de imagem (para a divulgação da biografia) estavam rendendo mais dinheiro do que ela poderia contar.

Bem, Bonnibel tinha vendido aquele carro antes de ir para Nova York porque precisaria do dinheiro. E pensou que nunca mais teria algo do tipo, afinal, tinha sido um presente da avó, muito mais abastada que seus pais e do que ela mesma agora, na vida adulta.

Mas agora ela podia se dar ao luxo. Então, vendeu o carro popular que dirigia desde os vinte e um anos de idade, completou a diferença e fez o que talvez fosse um erro.

Comprou um Minni Cooper S Cabrio. Conversível, linha de 2013. Vermelho.

O exato mesmo modelo que dirigia no ensino médio. O exato mesmo modelo com o qual havia corrido um pouco além do limite nas ruas de Lima, um álbum bom no rádio, um óculos de sol no rosto.

A garota que mais queria no mundo, no banco do carona.

Naquela época, ela tinha gostado muito do AM por conta da lírica de Alex Turner nele. Ela entendia direitinho aquela devoção exagerada por uma mulher.

As vezes ela se pegava ouvindo aquelas músicas e se perguntando se o compositor não estava dando uma espiada dentro da cabeça dela.

Então, naquela manhã, depois de sair da concessionária de carros semi-novos e usados, Bonnibel fez o que não fazia desde os dezoito anos: colocou óculos escuros, soltou o cabelo, ligou o rádio do carro, e saiu, agora pelas ruas de Los Angeles, cantando o mais alto que podia a letra de One For The Road.

Mas faltava alguma coisa ali. Claro que faltava.


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Enquanto ela dava alguns retoques no manuscrito (que estava começando a ficar longo, o que significava que ela já tinha boa parte do trabalho feito, o que significava que ele estava acabando), seu telefone tocou. Atendeu sem olhar quem era, porque em uma manhã de quarta feira, ela não esperava ninguém além de Phoebe, Íris ou os próprios pais.

- Bom dia?

- Bonnie! Bom dia.

Bem, definitivamente não esperava Marceline.

- Marcy! Oi, tudo bem?

- Tudo. Então, pela primeira vez desde muito tempo eu tenho um dia de folga. Quer ir à praia?

Bonnibel pensou por um segundo. Não devia se aproximar tanto assim.

- Eu meio que tenho um bom tanto de trabalho pra fazer hoje.

Depois da Meia-Noite (Bubbline AU)Där berättelser lever. Upptäck nu