Capítulo 8 - Quando Agosto Acabar

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Ok, eu sei que eu disse sábado passado.

Em minha defesa, era meu aniversário e eu passei seis horas dele trabalhando e outras quatro presa num fretado, então acho que dessa vez vocês podem deixar passar :P

(e as peças que eu precisava pra usar meu notebook só chegaram na quarta, então...)

Bem, fiquem com o capítulo de hoje, meus amores.

Boa leitura!

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Truth is I'm not as strong as I may
And I don't wanna deal with the things you made
Let me rephrase that one old say
'Wake me up when august ends'

- Faixa 4: When August Ends
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No meio de reuniões, compromissos e o excesso de tensão mal resolvida, nenhuma das duas prestou muita atenção no decorrer dos dias.

Até aquela tarde, quando Bonnibel foi colocar um lembrete para a reunião do dia seguinte no calendário.

Quatro de agosto.

Era agosto outra vez.

Um suspiro fundo e o empurrar a vida com a barriga com o qual ela era tão habituada.

Não era exatamente fã do mês de agosto.

Dirigir até o condomínio de Marceline naquela madrugada foi um exercício um pouco mais complicado dessa vez. Pela primeira vez, no que agora já haviam se tornado dois meses de trabalho, Bonnibel se via contemplando a ideia de cair fora.

Talvez houvesse, sim, um limite para até onde ela estava disposta a ir por um marco no currículo e uns milhares de dólares no bolso. E talvez esse fosse o limite.

Quando Marceline abriu a porta, pela primeira vez visivelmente drogada, reduzida a um riso infantil e inebriado, ela soube.

Marceline também detestava o mês de agosto. E definitivamente não gostava mais dele com Bonnibel por perto.

- Você tem certeza que quer fazer isso hoje? Eu posso remarcar pra amanhã.

- Nah, larga de besteira. Eu tô bem. E eu não vou ter tempo amanhã. Entra aí, Andrews.

Bonnibel a seguiu casa adentro, ressabiada. A sua caneca de café já estava servida na mesa.

Marceline passou reto pela cafeteira, abriu o pequeno armário de bebidas, pegou uma garrafa de whisky caro e virou direto do gargalo.

Bonnibel sabia uma ou outra coisa sobre Marceline quando alterada. E uma delas era que o dito "bebida entra, verdade sai" era bem real por parte dela, ou pelo menos havia sido uns anos antes. Sabia lá Deus quão intensificado podia ser o efeito considerando a mistura de álcool e qualquer que fosse o entorpecente na corrente sanguínea dela.

Respirou fundo outra vez, bebericou o café, e começou a se despedir internamente de todos os pequenos planos que havia feito com a bolada que aquele trabalho renderia.

- Tem problema se a gente ficar na sala mesmo?

- Por que quer trabalhar na sala?

- Eu realmente não tô afim de me trancafiar naquele escritório hoje, Bonnibel. Dá a sensação de que até o final da noite não vai sobrar nada da gente além de exaustão e ressentimento encubado.

Marceline só passou por ela e foi até a sala. Não estava aberto para discussão, então.

Longa noite.

Depois da Meia-Noite (Bubbline AU)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora