Capítulo 4: Chuuya

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— Acredite ou não, o Dazai me pediu para cuidar dela. — Doc comentou. — Vai ver ele não é tão ruim assim.

— Ele é péssimo. — Chuuya retrucou, enquanto tomava um gole de algo que ele não sabia o que era, só sabia que tinha álcool.

Yashiru lhe lançou um olhar raivoso, mas ficou calada.

Era quase meia-noite quando Chuuya recebeu uma mensagem de Mori. O chefe pedia que ele levasse a criança até a cede da máfia, onde Kouyou estava esperando ela. O ruivo respirou fundo e voltou a sua atenção para a menina.

— Ei, pirralha. Temos que ir.

Yashiru estudou o rosto dele. Chuuya podia perceber que ela tentava detectar se ele estava falando a verdade ou não.

— Você vai me levar até a atmosfera e me jogar lá de cima?

Novamente, Chuuya respirou fundo.

— O chefe me pediu para te levar.

Isso causou um efeito que Chuuya não gostou.

A menina se encolheu e agarrou o braço de quem estava mais próximo a ela, no caso, Lippman. O ruivo também pode notar um brilho de medo no olhar dela, o que o deixou levemente alerta.

Por que essa menina tinha tanto medo do chefe?

— Não vou ver o Mori-san. — ela falou, com a voz séria e um tanto chorosa. — Não vou sem o Dazai.

Novamente, aquele bastardo. Isso fez Chuuya grunhir.

— Não vai ver ele. A Kouyou-san está te esperando.

Isso pareceu acender algo na menina.

Ela soltou o braço de Lippman e ficou de pé, indo em direção a Chuuya.

— Não me importo em ir com a Kouyou-san. — ela disse.

Antes de sair, se virou para os flags e, mesmo sem emoção alguma, deu um “tchau” tímido.

— Volte sempre que quiser. — Piano Man disse, sorrindo.

Chuuya também se despediu, do seu jeito.

E, então, a dupla estranha saiu até um carro luxuoso que os aguardava.

Chuuya não estava muito satisfeito em dividir carro com aquela criança estranha. E, nos primeiros minutos, ficaram em completo silêncio, enquanto Yashiru observava a cidade de Yokohama pela janela.

Naquele momento, ela parecia uma criança comum, e Chuuya sentiu pena por alguém tão jovem estar na Máfia.

Foi então que o ruivo decidiu provoca-la.

— Me pergunto o que uma pirralha mínima como você tem de especial.

— Você também é um pirralho mínimo e, por algum motivo, está em um posto grande da máfia, não é?

Chuuya respirou fundo para não gritar com ela. Não recomeçaria uma nova briga.

— Onde aquele bastardo te achou, hein?

— Favela. — Yashiru respondeu.

— Onde ele achou o Akutagawa... — Chuuya murmurou, mais para ele mesmo, mas Yashiru pareceu ouvir e ficar um tanto preocupada. — Me diz, por que gosta tanto dele?

Yashiru demorou uns segundos para responder.

— Não é como se eu gostasse dele.

— Então por que o defendeu tanto há pouco tempo? — ele arqueou a sobrancelha ruiva.

the white shinigami [bsd x child]Where stories live. Discover now