Capítulo 16

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Nessa noite, Ariana sonhou com Miguel. Estava mais para uma lembrança de infância. E enquanto a seu pai, Snape não dormiu muito, umas duas horas no máximo, pois pegou no sono tarde da noite.

No café da manhã, Snape apareceu antes de todos na mesa. Ariana ao entrar no grande salão, se surpreendeu ao ver seu pai ali, ela ficou feliz de vê-lo sentado ali no lugar de costume, mas se preocupou ao notar as olheiras em seu rosto ao se aproximar.

- Bom dia - Ela disse meio trêmula na voz ao se sentar ao lado dele.

- Só se for para a senhorita! - Respondeu rispidamente sem olhar para ela.

Ariana engoliu em seco. Foi um café da manhã tenso, para os dois.

No corredor, ela tentou novamente.

- Professor Snape, quero que saiba que eu sinto muito, não foi minha intenção magoá-lo, e eu sei que o que eu disse, não é verdade. E o senhor estava certo, tenho que aprender a controlar a minha raiva. Peço que me perdoe.

Snape nada disse, apenas encarava carrancudo a garota.

- Sei que não quer falar comigo, tanto que me evitou ontem o dia inteiro, então vou parar de pegar no teu pé.

- Finalmente! - Snape disse sério, a interrompendo.

- Mais uma vez, sinto muito. Tenha um bom dia professor - Ela disse o mais educada possível, e depois se afastou, deixando o pai para trás.

O dia de domingo seguiu igual ao dia anterior, ela ficou lendo ora no jardim ora na biblioteca ora no seu quarto. Snape compareceu para comer com os outros no horário das refeições.

Ainda no domingo, uma certa garota da Corvinal recebeu uma carta sendo entregue por uma coruja na hora do almoço. Ariana observou atentamente a corvina lendo a carta, assim como Martines - ambos estavam ansiosos pela reação da garota.

Por fim, Laura terminou de ler a carta e olhou para o desenho dela com um enorme sorriso na cara, depois olhou para onde o grifano estava sentado e novamente para a carta em mãos. Ela escreveu algo num pedaço de pergaminho que tinha na mochila, e deu para a coruja que saiu voando do salão. Instantes depois, a mesma coruja retornou ao salão e pousou na frente do garoto da Grifinória. Ele leu o pedaço de pergaminho e sorriu bobo.

Naquela mesma tarde, a professora pegou os dois caminhando pelo jardim de mãos dadas. Fofos - pensou a professora ainda os observando.

As semanas que se seguiram foram normais, aulas, pontos a dar e retirar dos alunos, trabalhos para corrigir. Toda noite, Ariana via seu pai na torre de astronomia - pela conexão deles que ele nem sabia que existia - mas não ousou ir até lá incomodá-lo.

Era o último final de semana de setembro. Era pouco depois do meio-dia. O dia estava ensolarado, e a nossa querida professora de poções estava sentada tristemente num banco sob a sombra, a olhar o movimento das folhas das árvores com o vento. Estava distraída com seus pensamentos que não ouviu passos a se aproximar.

- O que tem hoje de tão importante que não sai da sua mente a data vinte e cinco de setembro? - Snape perguntou intrigado, parado ao lado dela.

A professora piscou algumas vezes, voltando a si. Olhou para o pai, carrancudo como sempre.

- Deixe-me adivinhar - Ele cruzou os braços. - Tem de ser algo de muita importância mesmo, ao ponto de fazê-la baixar suas barreiras mentais - Ariana ao ouvir isso, fechou a mente rapidamente. - Algo pessoal...... hummm..... Algo que aconteceu no começo do mês, que a afetou profundamente. Não é a chegada de Maurice, pois a Srta. não ficaria nem por um momento triste com isso, muito pelo contrário, ficaria com raiva extrema a ponto de descontar nos outros! Vejamos o que mais aconteceu.....ah! A Srta. recebeu um convite para o casamento daquele seu "amigo" do Brasil, certo.

Surpresa! Você é o meu pai! | +18Where stories live. Discover now