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Cap. I Remorso

Após o grito de horror de Camilo, Vilela o pegou pela gola e atirou duas vezes em seu peito, com o revólver que ganhou de presente de noivado de seu pai.

Vendo os dois traidores já sem vida, Villela pegou os produtos de limpeza no armário da lavanderia e começou a limpar todo aquele sangue. Quando estava limpando aquela cena digna de filme de terror, Villela refletia no que fez.


POV Villela

Flashback on:

Rita estava sentada no canapé, no canto da sala, lendo um de meus livros, quando a questionei, tentando controlar a raiva, sobre sua relação com Camilo.

- O que você está insinuando, querido?!? - Disse Rita surpresa e um pouco aflita, logo pensei: "que mulher mais cínica, ainda bem que eu sei quando minha esposa está mentindo".

- Estou falando de sua traição Rita. E não tente mentir pra mim, porque você é

péssima nisso e não sabe esconder nada de ninguém. - Falei travando minha mandíbula, rangendo os meus dentes de ódio.

Rita começou a chorar e começou a se explicar com a voz falha por causa do choro, nem parei para prestar atenção no que ela estava falando e dei um tapa na sua cara, Rita calou-se na hora.

Ela me olhou com uma cara de puro desespero. Nessa hora eu não estava mais lúcido, peguei o revólver nos meus aposentos e atirei em sua cabeça. Nessa hora o livro que estava em sua mão caiu e eu enfim reconheci o livro que ela estava lendo: O Gato Preto de Edgar Allan Poe, meu livro preferido. Coincidência ou não, o livro parou na parte em que o homem mata à machadada a mulher e esconde seu corpo na parede cimentada.

Eu fiquei horrorizado de início porém me veio a lembrança de Camilo, e o ódio assumiu o controle novamente, o chamei até a minha residência e dei a ele o mesmo destino que o de minha, agora ex, esposa.

Flashback off.


- Eu não devia ter feito isso. Por que eu fiz isso? - Vilela começou a entrar em

desespero, veio uma crise fortíssima de choro, seguida por uma terrível falta de ar. Ele sentiu que iria morrer, e realmente desejou isso, para não ser atormentado pelo resto de sua vida pelo erro estúpido que cometeu.

O advogado se afundou na depressão, completamente arrependido do que fez, ele já não se sentia mais digno de existir, e muitas vezes passou por sua cabeça tirar a própria vida, porém não o fez. Ele perdeu seu emprego assim como a vontade de viver. Já não saia de casa para nada, porém seu estoque de comida acabou, obrigando-o a sair de casa para comprar comida.

No caminho para o mercado ele avistou um folheto que anunciava algo, chegando mais perto avistou as seguintes palavras em letras garrafais: "A CARTOMANTE ESTÁ NA SUA CIDADE, VENHA FAZER UMA CONSULTA COMIGO, APROVEITE A PROMOÇÃO DE 20%".

Vilela nunca foi de acreditar nessas coisas mas pensou "Não tenho nada a perder mesmo, já não acontece mais nada de interessante na minha vida." E lá foi ele se consultar com A Bendita Cartomante.


Cap. II Seção com a Cartomante

Chegando lá, Vilela se surpreendeu com a figura ali presente, A Cartomante não era uma senhora com aparência de bruxa, e sim uma jovem de pele morena, cabelos volumosos cheios de ondas e lindos olhos de cigana oblíqua e dissimulada. A cartomante fez sinal para que ele se sentasse e ele logo obedeceu encantado com a beleza da mulher.

A CartomanteDove le storie prendono vita. Scoprilo ora