— Fechem os olhos! — anuncio para os dois humanos, ambos fazem o que pedi e Asmodeus não me dá atenção por estar procurando Dean.

— Como ele...? — o monstro se pergunta.

— Como achou que isso acabaria, seu escroto? — digo pelas suas costas e me levanto rapidamente para segurar sua cabeça firmemente na direção que escuto os passos firmes do Dean.

Vejo por cima do ombro de Asmodeus os pés do caçador atravessando a sala e uma marreta está na altura do tornozelo dele junto de algumas cobras miúdas mortas. O príncipe do inferno tenta se livrar de mim, porém arranjo forças com muito esforço para conseguir me manter imóvel.

— Aproveite o resto da eternidade com o Vazio, seu filho da puta! — antes mesmo que Dean terminasse a frase, fechei meus olhos e sinto algo brilhar intensamente na minha direção.

Solto o sujeito, abro meus olhos quando o brilho some e observo Dean largar a cabeça coberta no chão a beirada das escadas virada para o lado contrário de nós. Ele desce calmamente com a marreta ainda em mãos.

Olho para Asmodeus, o efeito de pedra começa a se espalhar de seus membros inferiores para os superiores e o semblante medroso é a coisa mais satisfatório que já vi em séculos. Antes de chegar ao pescoço, eu corro até a espada de anjo mais próxima e faço um corte na garganta. Em seguida, uso uma mínima quantidade de poder para recuperar o pouco de graça de arcanjo do meu tio que ainda está nele e a solto pelo bunker vendo a luz graciosa correndo na direção de sua casca, assim, sumindo de minha visão.

Ele tenta abrir a boca para deixar sua fumaça se instalar em outro corpo, mas antes que isso aconteça, fecho meu punho usando o pouco do meu poder para impedi-lo de escapar.

O efeito da maldição está chegando a sua mandíbula e ele mexe os olhos freneticamente como se isso fosse o livrar do que irá definitivamente acontecer. Eu me aproximo do seu rosto com um sorriso vitorioso.

— Você já deveria saber que não há nada que eu faço melhor do que vingança — ele me encara com raiva e meu sorriso aumenta. — Adeus a você e esse seu terninho ridículo, seu merda.

Sendo assim, o efeito finalmente alcança seu nariz correndo apressadamente para toda sua cabeça e tomando conta de todo o seu ser. Um suspiro de alívio sai de mim e sinto que acabei de me livrar de um fantasma que me percorreu a vida toda.

— Seu QI é extremamente alto pra conseguir lembrar da Medusa enquanto estava sendo torturada — Sam comenta, levantando-se junto do outro homem.

— O que vão fazer com a estátua agora? — Ketty pergunta.

Dean olha para a marreta em suas mãos e a ergue pra mim.

— Faça as honras — ele diz sério.

Posso ver que ele ainda está descontrolado e com um olhar ameaçador, mas não para mim, temo que seja para com todos os outros.

Preciso fazer isso que ele indica. Tenho que me libertar do que sofri. Eu mereço isso depois de tanto tempo. Então, agarro a marreta e seguro firme seu cabo a observando. Analiso a estátua de Asmodeus por finalidade, sabendo que essa será a última vez que esse rosto me causará qualquer tipo de medo.

Acerto o meio da imagem de pedra com todo o ódio e rancor que posso. Assim a faço cair no piso e com uma última marretada destruio sua cabeça, o lugar onde habitava todos os planos malignos com a minha família, seja eu, meu tio ou meu irmão.

— Esse é o fim da existência dos príncipes do inferno — eu afirmo. Observo a estátua destroçada e entrego a ferramenta ao Winchester mais velho sabendo que deixei o mundo melhor me livrando desse monstro.

𝗠𝗜𝗡𝗛𝗔 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗔; dean winchester.Där berättelser lever. Upptäck nu