Capítulo 62

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Park Mina

Uma semana depois...

- Porque com ele? – Pergunto com a voz embargada. – POR QUÊ?!

Esbravejo chorando e perco as forças da minha perna, caindo de joelhos no chão e escondo meu rosto com as mãos.

- Porque ele e não eu? – Questiono olhando para cima, sem me importar com as lagrimas que inundavam meu rosto.

Eu estou num estado de negação.

Eu não aceito que isso aconteceu com ele e ainda por cima foi por minha causa.

Ele não merecia isso.

A cena dele caído nos meus braços, sangrando e olhando pra mim, chorando e com os olhos semiabertos, ainda estava viva em minha cabeça, toda vez que eu fecho meus olhos, o barulho dos disparos e do seu corpo caindo aos poucos.

Por quê? Porque justo com ele?

Faz uma semana que eu não vejo seus olhos direcionados a mim, faz uma semana que eu não o escuto chamar meu nome, faz uma semana que eu não vejo seu sorriso, ou a sua risada.

Faz uma semana que ele está lá imóvel, sem mover algum músculo do corpo.

Os médicos disseram que ele pode acordar a qualquer momento e que o coma é apenas um ato proteção.

Seu cérebro está se auto protegendo após o incidente traumático.

Foram duas balas disparadas em sua direção e apenas uma dela foi de raspão.

A que foi em direção a sua cabeça.

Ela foi de raspão, mas necessária pra causar uma lesão traumática e leva-lo ao coma.

A outra bala atingiu sua costa, perto do ombro e por muita sorte não perfurou nenhum órgão.

Mesmo os médicos dizendo que seu estado era estável e que as chances de ter um coma longo são mínimas, eu ainda me negava a aceitar que ele estar naquele estado.

Me nego a aceitar a vê-lo deitado naquela maca, conectado em um monte de aparelho e precisando de uma mascara para poder respirar.

Isso tudo por culpa daquele babaca que não aceita um fim de relacionamento.

Depois que os médicos levaram o J-hope pra ambulância, eu me solto dos braços do JK e avanço em direção do U-jin, que estava sendo algemado pelos policiais.

Eu gritei, xinguei e bati nele com raiva, com ódio e dor por ele ter atirado no J-hope, por ele ter feito isso com o meu amor.

U-jin foi preso e faz um dia que ele foi pra penitenciaria de Seul. Ele não vai sair de lá nem tão cedo.

Meus pais estão aqui também. Vieram para cá no mesmo dia que souberam o ocorrido e mesmo dizendo que eu estava bem, eles me fizeram fazer todos os tipos de exames para ter certeza de que eu estava bem.

Eles pediram para eu voltar para o Brasil, mas eu não aceitei.

Eu não vou embora daqui só porque um babaca me sequestrou e atirou no meu namorado.

Os pais e irmã do J-hope também vieram pro hospital, e ficaram sabendo do ocorrido por minha causa. Eu pedi pra que entrassem em contato da família dele assim que ele foi para o hospital. Assumo que quando eles chegaram à ala cirúrgica, eu me encolhi no canto da sala de espera, enquanto eles conversavam com os meninos sobre o que aconteceu. Estava com medo da reação deles ao me verem, mesmo sabendo que eles são boas pessoas. Quando a mãe do J-hope me viu, eu a vi fazer uma expressão de choro e abriu os braços, vindo em minha direção e me abraçou, me abraçou tão forte e quando perguntou se eu estava bem, eu me debulhei em lagrimas.

Eu pedia desculpas pra ela pelo o que aconteceu com seu filho e tudo que ela me perguntava, era se eu estava bem e se eu não tinha me machucado.

Ela me tratou como se eu fosse uma filha pra ela e isso me deixou muito sensível.

A irmã dele, Ji-woo, depois de um tempo, ela veio em minha direção e também me abraçou, enxugou minha lagrimas e disse que tudo ia ficar bem, que o J-hope é forte e que ele logo voltará pra mim sã e salvo.

Eles que deveriam estar sendo consolados e não deveriam estar me consolando, se preocupando comigo e enxugando minha lagrimas.

Até comida pra mim eles trouxeram.

Depois que ele saiu da cirurgia e foi levado pro quarto, eu sem pensar duas vezes me prontifiquei a ficar com o J-hope durante o seu período no hospital e pra minha surpresa, ninguém se opôs a isso. A mãe do J-hope apoiou minha ideia e também disse que de tarde, ela ficaria no quarto caso eu precisasse sair.

Eu me demiti da loja. Não achei justo continuar a trabalhar lá sendo que eu ia faltar mais do que trabalhar.

Ainda bem que no dia seguinte, eles acharam um empregado novo para me substituir.

Suk-ja às vezes vem me visitar e ficar um tempo comigo até dar o horário do seu expediente.

Ela foi uma dos milhares armys, que visitou o hospital e deixou flores para o J-hope.

Tem um mural no hospital, especialmente para os armys deixarem mensagens de forças e flores para o J-hope, enviando energias positivas para ele acordar logo do seu coma.

Pra minha completa surpresa, eu também recebi algumas mensagens e flores.

Alguns deles diziam para eu ficar saudável e forte para cuidar do J-hope assim que ele acordasse.

Isso me deu um pouco de força ao estado que me encontro. Um estado de negação.

- Por favor, Deus. – Permaneço olhando para cima e junto minhas mãos. Eu nunca orei e nunca pedi nada pra Ele. Eu nem sei se ele me escutará. – Você poder não estar me escutando, mas eu te peço com todo meu coração, dolorido e despedaçado, salve ele. Por favor, acorde ele do coma. Ele não merece passar por isso. Ele é uma pessoa boa e nunca fez mal a ninguém. Então, por favor, acorde ele!

Esse era meu ultimo e único pedido a Ele.

J-hope não merecia viver naquela maca. Ele não merecia ficar preso naqueles aparelhos.

J-hope tem espirito livre. Ele odeia ficar preso em algo.

Ele...

- Ele acordou. – JK de repente aparece na pequena capela do hospital e eu rapidamente me levanto. – Pequeno hibisco. Foi oque ele disse quando acordou.

Ele acordou...

...

Não acharam que eu ia matar ele, né?! KAKAKAKA misericórdia, não faço isso com meus meninos não!

Até quartaaaaa e eu digo que o final está próximo..

E tbm quem sabe uma surpresa vem junto...

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Ligados por um fio vermelho - Jung Hoseok (Completo)Where stories live. Discover now