Capítulo 5: namorados?

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— Senhora, pelo amor de Deus, eu não posso ir preso

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— Senhora, pelo amor de Deus, eu não posso ir preso. Os meus pais vão me matar e não quero ser preso. — solto no desespero de ir para a prisão.


— Garoto, eu conheço o seu tipo. — ela afirma, mas o seu rosto abre em um sorriso. — Nossa, desculpa. Eu sou uma pessoa cruel, né? Vem, levanta. Eu não chamei a polícia. Já viu o seu rosto no espelho? Você não tem coragem de matar uma mosca. — ela abre a porta e aponta para dentro. — Vamos tomar um chá.


Eu devo entrar? Ela me tem na mão. Se eu negar, a mulher pode mudar de ideia e chamar a polícia. Droga, o Ethan Detetive se deu mal.

Sem opções, eu sigo a mulher para dentro da casa. Até que o lugar está arrumado. Na parede, muitas fotos de seus familiares, mas um garoto me chama a atenção. Assim como ela, o rapaz é asiático e tem um sorriso bonito.

Ao chegar na cozinha fico em choque. Um esfomeado Jimmy ataca o que parece ser uma sopa de legumes. No primeiro momento, o meu colega nem repara na minha presença. Ele come de uma maneira desesperada.

— Encontrei o teu amigo bisbilhotando no quintal. — avisa a mulher ao chamar a atenção de Jimmy.


— Ethan?! — Jimmy se levanta com dificuldade. Ele está usando uma regata e shorts.


— Oi, Jimmy. — digo baixo e aceno.


— O que você está fazendo aqui?


— Eu, eu, eu não fui com a cara do seu pai. Eu tenho certeza que esses machucados no teu corpo não são por causa do treino. Você salvou a minha vida e sinto que tenho o dever de te ajudar também. Eu sei que mal te conheço, mas eu não posso evitar esse sentimento. — falo tão rápido que a mulher pega no meu ombro.


— Calma, querido. Respire. — ela pede, enquanto me direciona à mesa. — Vou pegar mais um prato.


O Jimmy não reagiu ao meu discurso. Ele continua em pé e respira com certa dificuldade. Os seus olhos estão vermelhos e sua cabeça baixa.


— Você salvou a minha vida. Se não fosse por você...


— Não é tão simples, Ethan. O meu pai é violento demais. Eu tenho um plano de sair fora quando me formar. Vou morar o mais longe que puder.


— Faltam oito meses para o ano acabar, Jimmy. Você não pode ficar com ele. Não tem um parente próximo?


— Não, eu sou sozinho.


— Podemos denunciar e...


— Não! — ele grita e fico assustado. O Jimmy toca em sua cirurgia. Acho que só estou piorando as coisas.


— Denunciar também não funciona. — afirma a mulher entrando e deixando um prato de sopa para mim. — O desgraçado é amigo do Xerife e do Prefeito. Eles fazem vista grossa.


— Isso é injusto! — exclamo, mas sei que não devo forçar nada.


A sopa desce com dificuldade. O gosto é bom, mas eu não consigo evitar pensar na situação do meu colega. Que pai é esse? O único dever dele é proteger o filho. Fora que o Jimmy é uma boa pessoa e não merece passar por essa situação.

Onde as sombras acabamWo Geschichten leben. Entdecke jetzt