Capítulo 5

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Ariana entrou no seu quarto e com um aceno de varinha trancou a porta e lançou o Abaffiato. Ela gritou de raiva e começou a jogar tudo no chão, com as mãos empurrou seu guarda roupas até cair no chão e abrir as portas, cuja as mesmas ela chutou até quebrar - suas roupas foram todas jogadas e arremessadas no chão. Ela estava com muita raiva dele. Subiu na cama e começou a socar os travesseiros e jogá-los para todos os lados.

Não conseguia acreditar que aquele desgraçado estava vivo e ali no castelo. Como teve a ousadia de cumprimentá-la como se nada tivesse acontecido? Como se não a conhecesse? Como se não a tivesse machucado?

Ele estava ali na sua frente, sorrindo vitorioso, dando um de coitadinho. Ariana pensou em matá-lo ali mesmo na frente de todos, mas sabe-se lá de onde tirou coragem para não fazer. Ao invés disso tomou a decisão de sair dali o mais rápido que conseguia pois estava prestes a perder o controle de suas emoções. Não pegaria bem para uma professora assassinar a sangue frio um colega na frente da diretora. Colega? Não dá nem para chamá-lo assim. Ele não merece.

Por fim, Ariana deitou-se na cama bagunçada e chorou. Chorou muito mas não dormiu. Não conseguia dormir sabendo que ele estava no castelo. Andando livremente impune de seus atos.

Enquanto Ariana surtava no quarto, do outro lado do castelo, na sala da diretora estavam ela - óbvio né - Snape, Flitwick e o Sr. Williams.

– Eu não queria causar nenhum desconforto, diretora. Realmente pensei que soubesse sobre meu passado. Nenhuma outra escola quis me contratar, quando recebi sua carta para conversarmos a respeito do cargo de professor de transfiguração, eu esperava mais uma não. Mas foi ao contrário, a senhora se mostrou tão interessada em meu currículo e ficou tão animada quando soube que eu ainda não lecionava em nenhuma outra instituição que me ofereceu um cargo aqui. Eu fiquei tão contente que nem me veio à cabeça conversar sobre o meu passado com a senhora. Realmente, me desculpe.

O Sr. Williams estava sentado na cadeira frente a mesa da diretora, que estava sentada em sua cadeira olhando seriamente para ele. Snape estava atrás de Maurice com a guarda levantada, isto é, estava com os braços postos atrás do corpo e segurava a varinha em uma das mãos, pronto para qualquer ataque. O vice-diretor estava sentado na outra cadeira, ao lado do rapaz.

– Eu realmente não sabia sobre o seu passado Sr. Williams, irei mandar uma carta ao Ministério para saber sobre o seu caso e depois farei uma reunião com todos aqui para decidirmos sobre se o Sr. ficará ou não lecionando aqui em Hogwarts – Minerva mantinha a postura ereta na cadeira e a voz firme e decidida.

– Claro, claro. Faça o que tiver de fazer, diretora McGonagall. Eu voltarei para a minha casa e aguardo a sua coruja quando terminar. Até – O rapaz se levantou e saiu da sala acompanhado por Snape.

Minerva pegou um pergaminho, molhou a ponta da pena caneta no tinteiro e se pôs a escrever uma carta para o Ministro Kingsley Shacklebolt, pedindo uma hora de seu dia de amanhã para que pudessem conversar.

– Não sei como deixei isso escapar – A diretora desabafou com o pequenino professor enquanto escrevia a carta.

– Eu te ajudei na escolha diretora, não havia menção nenhuma de que o Sr. Williams é um ex-comensal, nenhum documento, nada. Não se martirize minha amiga.

– Como não? Eu poderia ter trazido um comensal para essa escola, colocando em risco a segurança dos alunos que finalmente estão voltando à normalidade depois de tudo que passamos.

McGonagall assinou o pergaminho e o colocou num envelope, depois o lacrou com o brasão de Hogwarts.

– Por sorte é um ex-comensal, isso se o rapaz estiver dizendo a verdade, Filius. Escorreguei da vassoura, isso não irá se repetir – Prometeu se levantando e caminhando em direção a porta, com o professor a seu encalço.

Ele ainda estava pasmo com tudo, um ex-comensal na escola, a professora Santos ameaçando-o, ele ter sentado do lado do Sr. Williams no jantar. O pobrezinho estava tremendo de medo.

Snape acompanhou o rapaz até os portões de Hogwarts.

– Qual a sua história com a professora Santos? – Pergunto assim que chegaram. Snape abriu o portão e passaram por ele, ficando cara a cara.

– Eu não sei, não me lembro de tê-la conhecido antes – Ele balançou os ombros com uma cara de coitado. – Talvez ela só não goste de comensais e ex-comensais.

Severo só conseguiu ver de relance a professora chorando, na mente do rapaz antes que ele o expulsasse de sua mente.

– Por quanto tempo trabalhou como comensal?

– Eu fui controlado pouco depois dele ter voltado. Tudo cessou no dia que ele morreu.

– Quem o controlava?

– Primeiro foi um bruxo chamado Kil, que morreu antes da guerra. Depois foi um bruxo do qual eu não sei o nome. Só sei que ele morreu na guerra, me lembro de ver o seu corpo antes de fugir. O senhor deu sorte, não precisou provar sua inocência após a morte de você-sabe-quem.

Snape o encarava sem mostrar nenhuma emoção. Se lembrava desse nome, e vagamente de quem lhe pertencia. A fama desse bruxo, Kil, era de sádico e impulsivo. Não parece o tipo de bruxo que controlaria a mente de outros bruxos para fazerem o mal.

– Como era a aparência do segundo bruxo que o controlava?

– Alto, loiro e arrogante – Parece o Malfoy, mas não é.

Snape cogitou essa hipótese mas logo a descartou, visto que Lúcio está vivo, preso em Azkaban.

– Boa noite senhor Snape – O rapaz se afastou e desaparatou.

O professor fechou o portão e voltou para dentro do castelo. Estava incomodado com esse rapaz, estava com uma dor no peito e não sabia o porquê.

Minerva despachou a coruja com sua carta para o Ministério e voltou para a sua sala. Onde releu várias e várias vezes o currículo do Sr. Williams. O rapaz não havia estudado ali, então não tinha noção de como ele se portava quando adolescente, quem eram seus pais, com quem andava no colégio. Tinha em mãos o histórico escolar dele em Durmstrang e de seu último ano em Beauxbatons, tudo estava bom. Um ótimo aluno, não se envolvia em conflitos, só nota máxima em tudo. Mas ela sentia que estava deixando passar alguma coisa, mas o quê?

Foi para seus aposentos tarde da noite, estava pronta para deitar embaixo das cobertas e desmaiar quando uma batida na porta a fez parar no caminho, havia acabado de sentar na cama.

– O que Severo quer agora? – Perguntou baixinho enquanto vestia seu robe verde musgo.

Mas ao abrir a porta deu de cara com olhos escuros que não pertencem a Snape e sim a Ariana.

– Posso lhe falar? – A professora de olhos inchados e vermelhos perguntou séria.

– Claro, entre - A diretora deu espaço para que a jovem entrasse e após sua passagem fechou a porta.

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Cheguei, voltei, apareci e é isso aí!

Mais um capítulo proceis genteh lindah

O que acham que Ariana tem com o Williams???? Comentem suas teorias aqui 8⁠-⁠)

Aproveitem que tô com duas semanas livres da faculdade esperando começar o segundo módulo, hehe, então é provável que tenha atualizações de duas a três vezes na semana :D

Provavelmente eu mude a foto desse cap, não sei ainda...

É isso e até a próxima e fui comer kkkk

Bye

Surpresa! Você é o meu pai! | +18Onde as histórias ganham vida. Descobre agora