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— Jisung? — O loiro ouviu de uma forma bem distante o ressoar de seu nome, o que o fez sair um pouco, muito pouco de seu torpor

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— Jisung? — O loiro ouviu de uma forma bem distante o ressoar de seu nome, o que o fez sair um pouco, muito pouco de seu torpor. 

Quando a porta de seu quarto foi aberta, ele deu um leve salto, abrindo os olhos rapidamente para descobrir sua mãe, cujos olhos se arregalaram.

— Oh, me desculpem meninos — ela fechou a porta, quando Jisung sentiu um movimento atrás dele.

Ele por sua vez arregalou os olhos ao sentir a parte de cima de seu corpo nu, por causa da camiseta levantada, a mão quente de Minho ainda cobrindo seu peito. Suas costas estavam pressionadas contra o peito do Lee e foi quando se deu conta de como estavam quente nessa posição. Ouviu os murmúrios de Minho atrás dele, obviamente o mais velho também havia saído de seu sono profundo. Sentou-se rapidamente saindo do contato quente e avaliou-o por um momento, descobrindo seu biquinho sonolento e seu peito descoberto.

— Você está quase pelado, caralho, minha mãe vai pensar o que? — Jisung se preocupou enquanto mordia o lábio, analisando sua posição.

O mais velho então bocejou, sentando-se alternadamente nos lençóis, antes de esticar os braços que estalaram.

— É sério? Diga a ela que estávamos dormindo — Minho deu de ombros enquanto o loiro sorria ao observá-lo. Então levantou-se sem dizer uma palavra e agarrou a camiseta de Minho no chão, a fim de jogá-la nele. Lá fora, o Sol ainda era bastante perceptível, não deviam ter dormido tanto. Tinham que se encontrar às oito horas com os outros para a sua habitual noite de praia, sinceramente, esperavam que o bom ambiente voltasse ao normal, iam chegando aos poucos ao fim das férias, era estúpido perder tempo com pequenos problemas.

— Você... — Jisung começou a falar, mas ele não tinha muita certeza, talvez fosse dizer algo grande e bobo que iria deixar o Lee desconfortável.

— Eu o que? — Minho riu, levantando-se por sua vez, avaliando o menor com curiosidade.

Desde que começaram esse lance "sexual", embora sua única experiência fosse a masturbação recíproca, eles nunca demonstraram nada além dessa simples amizade. Então agora Jisung queria perguntar a ele como ele pretendia agir na frente dos outros, mas ainda era muito estranho, na pior das hipóteses, ele estava apenas seguindo seus passos. Se Minho fosse ambíguo ele também seria, se ele agisse como se nada estivesse errado ele faria o mesmo. Não eram oficialmente um casal, estava tudo muito bagunçado, foi uma tentativa, e uma tentativa que ele ia tentar fazer dar certo, então ia fazer de tudo para não sair da estrada.

— Jisung? — Chamou o Lee depois de perceber sua falta de resposta

— Você quer ir para algum lugar antes de sairmos com os caras? — Minho assentiu.

— Sim, vou levar algum dinheiro.

— Sem drogas essa noite — O loiro repreendeu, batendo em seu ombro, o que fez o Lee sorrir levemente.

— Claro, papai.

Jisung riu enquanto abria a porta de seu quarto, descobrindo seu pai que estava preparando a refeição, sorrindo. Ele cumprimentou os dois jovens, e Minho educadamente fez o mesmo. Ao passar pela porta da frente, o loiro corou enquanto observava o olhar cheio de insinuações que sua mãe lhe lançou enquanto limpava a mesa.

— Estamos saindo. — Falou engolindo em seco.

— Tudo bem, divirtam-se.

Ele sorriu cautelosamente e a mulher acenou com a cabeça então, sem uma palavra, sua expressão facial já o envergonhava o suficiente, ela não precisava dizer mais nada.

— Porra, toda vez que ela me vê com um cara ela fica assim — resmungou, chutando uma pedra enquanto cruzavam os curtos metros que separavam seu bangalô.

Minho riu de suas palavras, lançando um olhar terno para seu biquinho mal-humorado.

— Por que você é gay?  — parecia questioná-lo curioso, Jisung não havia deixado sua sexualidade clara, mas havia deixado passar evidências suficientes para que o Lee entendesse.

Ele assentiu com a cabeça, e Minho correu pela porta naquele momento, para o silêncio de sua casa vazia. Ele pegou em um de seus jeans abandonados algumas pequenas notas de dinheiro e assim que eles voltaram para o local de encontro.

— Sim, meus pais sabem, eu não consigo me ver escondendo isso de qualquer maneira — deu de ombros, enfiando as mãos nos bolsos.

— E para os caras, você não disse nada? — O Lee se interessou, então Jisung mordeu o lábio, a verdade era que ele tinha medo, era covarde, apesar da total falta de julgamento que o maior havia colocado em sua voz.

— Não quero que eles tenham uma imagem estranha de mim, mas eu contei a Jeongin depois... Na primeira festa. — lembrou.

—Oh... — O mais velho o olhou curioso. — Então ele sabia sobre... nós? — Ao assentir, as orelhas do loiro ficaram levemente tingidas de carmesim; ele não se via mentindo, preferia ser sincero — Legal. — Falou como se nada tivesse acontecido, o que tranquilizou o loiro que então suspirou de alívio.

E por alguns instantes caminharam em um silêncio repousante; a temperatura estava boa, um cheiro de verão e festa ainda pairava no ar.

Mas o silêncio foi cortado por Lee, que de repente riu, chamando a atenção do mais novo que o avaliou com uma sobrancelha arqueada.

— O que é?

— Eu me lembro da vez na praia quando o Lix te perguntou sobre o seu tipo de garota e você disse algo como "quem tem peito grande e chupa bem" — Minho começou a rir.

— Droga, eu falei isso? — Seu rosto estava colorido com um vermelhão vibrante. — Acho que meu cérebro decidiu apagar essa memória da minha cabeça. — O riso do maior se intensificou um pouco mais. — Cale a boca — Jisung murmurou, vendo os outros, que os esperavam em silêncio na entrada, acelerarem o passo, sob a expressão ainda brincalhona de Lee.

Quando todos os adolescentes se reuniram, exceto Hyunjin e Jeongin, que ainda estavam encarregados de conseguir o álcool graças ao amigo anfitrião Jaebum, uma boa atmosfera estava em ordem, o que tranquilizou Jisung.

Em seguida, foram à loja de conveniência, escolheram seus pacotes de salgadinhos e energéticos favoritos, sendo expulsos da loja por um funcionário de sessenta anos que parecia não suportar o barulho.

Como bons adolescentes com hormônios condensados, pararam no departamento de preservativos e lubrificantes.

— Escolha uma amostra, Binnie; para o seu último fim de semana, você merece se divertir com a Seulgi — Felix riu, dando-lhe um cutucão amigável no ombro.

— Ei, mas eu admito, convide-a para vir esta noite; você não tem muito tempo para aproveitar com ela. — disse Seungmin rindo.

— Ousadia da parte de vocês por acharem que eu já não fiz isso — brincou Changbin enquanto pegava um dos pacotes da prateleira, para as exclamações de seus companheiros.

— Então eu proponho chamar as meninas para passarem essa noite conosco, que tal? — Felix perguntou a todos.

— Talvez. — Minho opinou, não iam impedir os amigos de convidar as pessoas que queriam ver, dava-se bem com a jovem mesmo depois de tudo.

Jisung, por sua vez, acenou com a cabeça vagamente; não havia esquecido do beijo apaixonado que aconteceu bem diante de seus olhos, mas havia prometido ao mais velho que lhe daria toda a sua confiança. O futuro relacionamento deles iria funcionar; ele tinha certeza disso.

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Betado por minseonguittal

CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃOWhere stories live. Discover now