Capítulo 23

1.8K 142 3
                                    

Eu estava com uma expectativa alta em relação a mais um dos meus encontros com Marcus Kennedy

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu estava com uma expectativa alta em relação a mais um dos meus encontros com Marcus Kennedy. Achei que ele me levaria para um lugar diferente e me fizesse sentir bem, mas não, como sempre  fui levada a um lugar afastado  da cidade, um restaurante que só homens casados frequentavam com suas  amantes e eu me senti horrível.

Eu sou uma mulher de valor!
Ele é apenas um homem com um sobrenome forte. E eu não vou continuar aceitando migalhas por sua atenção, não mais.

Naquela noite, brigamos feio e eu voltei de táxi para casa, e desde então venho evitando as suas ligações. Eu não entendo ele, sinceramente, eu realmente não o entendo! Ele me trata como qualquer uma, me escondendo  de todos, depois me faz sentir uma verdadeira rainha, mas isso tudo para depois me fazer sentir horrível!

Marcus Kennedy é um tóxico e eu não tenho mais paciência pra isso.

Estive tão mal que nem fui a universidade.

Pego um pouco de leite na geladeira e bebo na caixa mesmo. Acho isso nojento, mas tenho certeza que vou acabar com essa caixa de leite apenas esta manhã e então jogarei fora.

Estava como uma mendiga, eu não acredito que cheguei a esse ponto, caralho, Levine!

Suspiro e fecho a galeria indo para a sala com a caixa de leite nas mãos. Quando começo a subir as escadas ouço o som de batidas na porta.

Não poderia ser Angel, afinal ela foi a universidade, não poderia ser meus pais porque trabalham  cedo, mas eu espero que não seja Marcus.

Sem muito ânimo ando cuidadosamente  até a porta e tenho ver quem era. Afasto sutilmente a cortina dos vidros que tinha na lateral da porta, era ele...

Sinto o meu coração disparar, mas não posso ser fraca. Saio dali e sigo para o meu quarto ignorando totalmente a sua presença ali. Eu não quero vê-lo, não quero conversar com ele, não quero ouvir oque ele tem a dizer porque isso não me importa mais. Já tentei dar outras chances na esperança disso mudar e não mudou, acho que já estava mais  que na hora de cair na real.

Meu telefone começa a tocar, era ele.
Recuso para que ele possa entender que eu não quero nenhum contato, logo uma mensagem chega.

"Tudo bem, irei respeitar o seu tempo.
Me procure quando estiver disposta a conversar sobre algumas coisas."

Não, uma coisa que jamais farei será mandar mensagem para o cara que insiste em me esconder e aparecer  em noticiários com modelos famosas.

Bloqueio o contato e sigo para o banheiro.
Se eu não me cuidar, ninguém fará isso por mim!

...

Havia feito uma skin care, lavei os meus cabelos e hidratei. Enquanto eu acabava de arrumar a bagunça que eu havia feito no sofá, a porta é aberta por Angel.

- Está melhor?- ela pergunta.

- Sim. Como foi na universidade?

- Ah, normal, o de sempre...  Você vai na festa da fogueira na casa do Tyler?

- E você acha que eu iria perder? Parece até que não me conhece! Estou ansiosa... Será nesse sábado, né?

- Sim, mas não estou tão animada assim pra ir!

- Se joga, Angel. Mostra para aquele cara que você não é uma garota de se perder!

Ela sorri

- Estou realmente me forçando a querer ele!- ela contém uma risada.- Ele é bonito, mas não sei... Enfim, vou subir!

Ela sobe e segue para seu quarto.

Sinto meu telefone vibrar no bolso do meu short jeans, era meu pai...

Pai
Que bom que atendeu rápido, Levine.

Levine
Oi, pai, aconteceu  alguma coisa?

Pai
Haverá um evento da fábrica na sexta e você precisa está presente, ok?

Levine
...

Pai
E não se atreva a se atrasar, é um evento importante para todos nós da família!

Levine
Sim, pai.

Pai
Fale com Vanessa, mande-a fazer depressa um vestido a altura para você, não quero que vista qualquer coisa!

Ele desliga

Odeio eventos da fábrica!
Estou tentando ao máximo seguir um caminho diferente, gosto da medicina mas os meus pais odeiam essa idéia!
Eu já sou adulta, e deveria parar de vez de seguir suas ordens, mas infelizmente ainda conto com a ajuda para algumas coisas... Não vejo a hora de ser totalmente independente e talvez sair  dessa cidade!

Droga, só de pensar nessas coisas já quero encher a minha cara!

Subo as escadas e sigo para o meu quarto, visto  qualquer vestido e saio de casa, eu só preciso esfriar minha mente...

Dirigir me acalma, acho que é a única maneira de me acalmar nesse momento.
Aumento o volume da música que estava passando, uma música animada, ao menos isso.

Eu não sei exatamente para onde estou indo, mas estou indo...

Enquanto dirigia  pelas ruas de Derbyshire, parei em frente à um parque que costumava  ir com os meus pais, quando era tudo mais leve...

Me lembro de como éramos todos muito felizes! Eles nunca deixaram  nada faltar para mim, isso até eu completar treze anos quando tudo mudou!
As brigas  normais de toda relação aumentou, de alguma forma um pouco da fúria foi bruscamente descontada em mim, ainda me lembro de quando a minha mãe desejou que eu estivesse morta...

Sei que foi por impulso, movida pela raiva, mas caramba... Aquilo doeu pra caralho! Eu só queria abraçá-la, eu não esperava ouvir aquilo.
Tentei ter o apoio do meu pai naquele momento mas ele também estava tão furioso quanto ela, nessa noite eu dormi na casinha da árvore de tão assustada que eu tava. Era apenas eu e a minha boneca Alice.

Me sento em um banquinho em meio ao parque e observo atentamente as crianças que brincavam ali... Todas tão alegres...

Uma garotinha, com lindas tranças e um lindo vestido amarelo e pele negra se aproxima  com uma rosa branca, ela sorri timidamente o sorriso mais singelo, o sorriso mais precisoso que já vi em toda minha existência, e me entrega a rosa.

- Obrigada, princesa.

- A senhorita é muito linda!

- Você também é linda, anjo. Como se chama?

- Me chamo Genevive, e a senhorita?

- Que nome bonito! Eu me chamo Levine.

- Genevive, venha, temos que ir!- uma mulher chama pela mesma.

- Tchau, senhorita Levine.- ela sorri e sai correndo.

Deus, que garotinha perfeita!
Se algum dia eu tiver filhos, que sejam todos assim!

Um doce pesadelo Onde histórias criam vida. Descubra agora