- Vai acabar assustando  não só o Tyler, mas todo mundo com essa sua cara, ao menos disfarça!- ouço a voz de Marc, que me fez mudar a direção que olhava.

- Aquele desgraçado...

- Não vá  fazer besteiras... Até porque você nem tem nada com a Angel! Se vocês estivessem ao menos se pegando eu até te ajudaria matá-lo. Mas a não ser que você queira que Angel te odeie ainda mais, não faça nada!

- Sim, sim... Eu sei... Eu só queria que ela se afastasse daquele babaca, antes que ele faça com ela oque fez com a outra! Mas ela não me ouviu!

- Ela não deve saber da história, talvez alguém a conte antes que possa acontecer algo!

- Ele não atreveria... Se ele fizer algo  eu vou acabar com a vida dele! - volto  a olhar Tyler que agora  se despedia de Angel, indo a outra mesa no refeitório onde seus amigos estavam.

- Oi meninos!- Ouço a voz da Olívia.

Droga

Tinha me esquecido dela...

- Ah, Oi, Olívia.- falo.

- Que caras são essas? Parecem estar transpirando ódio...  Estão sabendo da maior?

- O quê?- Marc pergunta levemente interessado.

- Como assim? Vocês não estão sabendo da grande festa que vai ter?

- Ah... A festa da fogueira? Tinha me esquecido disso. A do ano passado não foi tão boa! Sabe onde vai ser esse ano?- pergunto.

- Vai ser no sítio do Tyler Zamora.

Era só oque me faltava...
Eu não quero entrar em nenhuma propriedade de Tyler, mas também quero estar perto de Angel e poder ter a certeza que está tudo bem...

- Você vai comigo, Ward?- Olívia me olha com um leve sorriso. Merda, quando ela ficou tão grudenta assim?

- Ah, claro...

- Que ótimo! Tenho a certeza que vou ser deixada de lado por todas as minhas amigas que vão estar pelos matos se pegando com alguém!

- Tenho a certeza que Marc também vai fazer isso, como ele sempre faz!- falo.

- Ah, é? E onde você se meteu ontem?

Olívia sorria mas sua feição era o mais puro incômodo.
Eu não me importo com isso até porque não jurei exclusividade a ninguém!

Após o intervalo, voltamos para sala.

...

Assim que entro pela porta da frente vejo Virgínia conversando com minha mãe na sala. Tinha até me esquecido por umas horas que essa falsa estava por aqui, e ainda por cima, tendo um caso com o meu pai.

Eu queria poder dizer tudo isso a mamãe, para ser sincero, acho que no fundo ela sabe que isso acontece, até porque Virgínia não faz questão de esconder isso tão bem. Eu só não entendo porque ela aceita tudo isso!

- Oi querido, como foi a aula?

- Oi mãe, foi bem exaustivo! Tive uma prova hoje... Olá, Virgínia.- falo sério.

- Virgínia? Mais respeito com a sua tia, Ward.

- Oh, está tudo bem, Violet, é bom que eu não me sinto muito velha...- ela ri.

- Vai por mim, Virgínia, Não é o apelido que te deixa velha! Apesar dos procedimentos, a velhice chega para todos! Devemos aceitar, não é mesmo?

Sinto seu olhar me queimar
O que ela espera que eu diga a ela?
Oque a deixou mais intrigada foi que eu não fui repreendido.
Ela olhava para minha mãe e depois para mim.

- Você está rindo, Violet?- ela pergunta nervosa.

- Oh, não leve isso a sério, Virgínia! Onde está o seu senso de humor? - minha mãe pergunta contendo uma risada.

- Olha, eu admito muitas coisas, mas não admito ser tratada com falta de respeito!- ela diz firme.

- O que está acontecendo aqui?- vejo meu pai descer as escadas.

- Edward, que tipo de educação foi dada para seu filho?- ela reclama.

- Ward--

Minha mãe o interrompe antes que ele possa terminar a frase.

- Pelo amor, Virgínia não seja tão dramática! Você vive fazendo piada com tudo e todos. - ela diz.

- Dramática? Eu fui chamada de velha!

- E o que tem de mais nisso? Meu Deus, isso nem chega a ser uma ofensa!

Meu pai não diz nada, oque deixa a cobra ainda mais nervosa.

- Que bela educação vocês deram para essas crianças!- ela diz.

- Não confunda as coisas, Virgínia. Eu criei os meus filhos muito bem. Deveria se sentir menos ofendida com as piadas. Pense... Em todas as vezes que você me disse que eu estou bem velha, foi brincadeira, não foi? O mesmo de Ward.

Virgínia força um sorriso

- Tá, que seja, eu não sou velha mesmo! Vou subir para o meu quarto, estou me sentindo cansada.

Ela sai sem olhar para trás.
Meu pai me olha com uma feição séria, mas ao olhar para minha mãe vejo uma pitada de tristeza em seus olhos, e claro que ela sabe...

- Mamãe! A senhora precisa ver essas fotos aqui... A minha colega que é design de anteriores armou isso aqui com as informações que a senhora me passou...- Louise aparece.

Subo as escadas e sigo para o meu quarto.
Me livro das roupas que vestia e tomo um banho frio.
Infelizmente hoje eu iria começar a ir com mais frequência a uma das empresas da minha família aqui na cidade. Não seria uma completa merda se eu não tivesse que aguentar Marcus em minha cola.

Me visto com um terno, mas ainda não saio do meu quarto.
Antes de descer para almoçar, adianto alguns trabalhos da faculdade para já ficar livre e só depois que termino saio dali.

Não estava com muita fome então como apenas um pouco sozinho na cozinha e saio de casa para fumar um pouco e já esperar por Marcus.

- Fumando outra vez, Ward? Está parecendo uma chaminé!- minha mãe aparece.

- Deveria experimentar!- falo descontraído.

- Nem se me pagar! Está lindo vestido assim meu amor, parece até um adulto!- ela sorri, ajeitando o terno.

- Não ajeita tanto... Quero fazer um pouco de raiva no Marcus!

- Teimoso...

- Por que a senhora não me repreendeu?- pergunto.

- Virgínia já estava me estressando mais cedo, foi bom vê-la daquela maneira...

- Mãe... Por que aceita isso?

- Filho... Seu pai e eu já somos casados a anos... Com o tempo as coisas vão mudando... Não é a primeira vez nem será a última e eu nem me importo mais com isso! E claro que eu amo o seu pai, mas estou exausta demais para mais brigas...

- Eu não concordo com isso! Deveria ao menos colocar essa cobra pra dormir em um hotel!

- Acha que sou burra?- ela ri.- Guarde oque vou te falar, ofereça a seu inimigo o melhor tratamento, essa é a melhor humilhação!  Isso só mostra o quanto eu não me rebaixo como ela, porque tenho classe, porque sou uma Kennedy. Acha que ela acha o seu pai atraente? Por Deus! É tudo pelo poder.

- Acho que saquei...

- Ela não tem o mais importante, o posto que eu tenho! É oque ela mais quer, e não poderá ter, porque sempre será apenas a amante.- agora ela pega o cigarro de minha mão e me surpreende levando até a boca e tragando.

-  Vai com calma, coroa!- falo ainda surpreso.

- Tenha uma boa tarde meu querido, seja um verdadeiro Kennedy!- ela sai com o meu cigarro.

Minha mãe é incrível!

- Pronto?- Marcus aparece.

- Sim, vamos logo.

Um doce pesadelo Where stories live. Discover now