Eu nunca pensei que minha vida viraria de cabeça para baixo, que tudo oque fazia sentido um dia não faria mais e que todos os meus sentimentos seriam bagunçados dessa maneira.
Eu nunca amei alguém como o amo, meu parceiro. Uma palavra tão desconhec...
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Quando eu acordei não conseguia me mexer. Oque quer que tivessem usado para me apagar, ainda não havia passado totalmente o efeito. O lugar era escuro e úmido , eu podia ouvir o barulho das ondas batendo contra as pedras nas paredes e o cheiro salgado do mar.
Quando meus olhos focaram, se adaptando à escuridão eu vi minhas irmãs amarradas, uma em cada canto da parede, ambas dormindo. Elain estava deitada, com a fina camisola lilás enrolada em suas coxas e rasgada em algumas partes, os cabelos castanho dourado cobrindo totalmente o seu rosto. Nestha estava na mesma situação, mas seus cabelos presos não cobriam seu rosto, mesmo "dormindo" sua expressão de raiva continuava estampada em seu rosto.
Algum tempo depois minhas irmãs começaram a acordar, seus olhos se arregalaram quando viram suas mãos amarradas. Os olhos de Elain se encheram de lágrimas, o medo e estampado em seu lindo rosto. Nestha gemeu, depois rugiu e gritou.
- Nos tirem daqui seus filhos da puta! -ela gritou, mas por um momento vi arrependimento em seus olhos quando ouviu o som de passos.
Um homem apareceu do outro lado da grade da cela, ele era lindo. Seus cabelos pretos brilhavam com a luz das tochas que iluminavam o corredor, mas a maldade em seus olhos e suas orelhas pontudas o deixavam totalmente assustador. E sua voz fria como a morte era mais assustadora ainda.
- As vadiazinhas humanas acordaram bem na hora da festa. -Ele riu e todos os pelos do meu corpo se arrepiaram, já Elain chorava em silêncio.
Então ele abriu a porta, e três machos feéricos entraram na sela, os três usavam armaduras enferrujadas e sujas. Arregalei os olhos e neguei involuntariamente com a cabeça. Um deles agarrou meu braço e me puxou para cima e os outros fizeram o mesmo com minhas irmãs.
Eu me agitei nos braços do macho, tentando de alguma forma os impedir de nos levar para onde quer que seja. Eu não iria me render, não deixaria tão fácil assim para eles.
- Fique quieta, eu não quero ter que te machucar. - ele disse em meu ouvido, baixo o suficiente para que apenas eu pudesse ouvir.
E então começamos a andar.
Seguimos por diversos corredores, subimos alguns lances de escada. Estávamos em um castelo, por mais sombrio e sem vida que fosse. Elain soluçava e Nestha somente encarava o caminho com os olhos frios, e eu também.
Então paramos em um corredor e esperamos por vários minutos, como se estivéssemos esperando a autorização de um rei.
E então a porta se abriu, e diversos guardas estava em nossa frente.
O salão do trono não era iluminado como eu pensei que seria, levando em consideração os castelos humanos e a descrição de Feyre sobre a Corte Primaveril. Eu imaginava que toda Prythian fosse linda, mas esse lugar era totalmente o oposto disso.
Haviam pessoas, além dos guardas. Pessoas reunidas na frente de um trono preto ocupado por um macho de pele morena e cabelos pretos, ele tinha uma aparência mais velha, acredito que de um homem humano de no máximo 45 anos. Atrás dele havia um enorme caldeirão e se as lendas forem verdadeiras ele estava repleto de magia.
