1. ice florest ❆

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A floresta tinha se tornado um labirinto de neve e gelo

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A floresta tinha se tornado um labirinto de neve e gelo.

Minha irmã e eu estávamos exaustas, apenas observando havia uma hora. O vento gélido de inverno doía, mas não tínhamos outra opção. Estávamos muito longe de casa, mais longe do que jamais fomos. O inverno era uma época difícil. Os animais haviam ido para longe, então para nós restava caçar os desgarrados esperando que durassem até a primavera. Não tinham durado.

Minha irmã e eu caçávamos havia muito tempo, buscando uma maneira para sobrevivermos. Para que nossa família sobrevivesse. Feyre era minha irmã mais nova, tínhamos apenas um ano de diferença. Elain era um ano mais velha que eu, e Nestha 3 anos. E tinha o nosso pai, aleijado que infelizmente não conseguia se virar para nos sustentar depois que perdemos nossa casa e riquezas.

Então Feyre e eu tivemos que nos virar sozinhas.

O anoitecer estava cada vez mais próximo, provavelmente voltaríamos pra casa de mãos e barrigas vazias. Se insistíssemos em continuar até achar alguma presa, teríamos que voltar para casa no escuro, cada vez que pensava nisso me arrepiava, quando lembrava dos avisos dos caçadores da aldeia: lobos gigantes á espreita, muitos deles. Lobos talvez vindos das terras feéricas de Prythian.

Feyre e eu rezávamos para que esses lobos não fossem feéricos. Arriscamos muito ao entrar tanto na floresta, mas o pão tinha acabado no dia anterior, e o restante da carne-seca, no dia anterior àquele. Eu preferia passar outra noite com fome do que encher a barriga de um lobo. Ou de um feérico. E acredito que Feyre concorda.

Não que tivesse muito de nós para se satisfazerem, nessa época do ano costumávamos ficar apenas pele e osso. Depois de alguns minutos, nos abaixamos atrás de alguns arbustos onde tínhamos uma visão relativamente decente para uma clareira e de um pequeno riacho. Com sorte passaria alguma coisa, precisávamos disso.

Algum tempo depois, os arbustos chacoalharam, sacamos os arcos e quando vimos a pequena corça que ainda não estava tão magra. Ela poderia alimentar minha família durante uma semana ou mais. Mas logo atrás da corça, tinha um lobo enorme que incrivelmente estava distraído e parecia nem ter notado a presença da corça , os olhos dourados dele brilhavam e por um momento eu pensei que iria morrer.

Nunca tinha visto algo tão grande, e logo percebi que era um dos imensos lobos sobre os quais eu fui avisada. Se ele era de Prythian, se de alguma forma era feérico, então virar comida era a menor das minhas preocupações. Se ele era feérico, Feyre e eu já devíamos estar correndo.
Mas talvez fosse um favor ao mundo, a minha aldeia, matá-lo enquanto eu estava escondida.

Atravessar uma flecha eu seu olho não seria um problema. Em questão de segundos o lobo avançou encima da corça, cravando as presas no pescoço dela. Antes que eu pensasse em atirar, Feyre disparou a flecha de freixo no no lobo antes que ele destruísse mais a caça.

A flecha encontrou o alvo em um dos francos do lobo, e ele uivou de dor, soltando o pescoço da corça conforme o próprio sangue espirrou na neve, quase preto. O lobo se voltou para nós, com os olhos amarelos arregalados, os pelos do pescoço arrepiados. Ele grunhiu baixo, e todos os pelos do meu corpo se arrepiaram, Feyre ficou em pé com outra flecha preparada.

Mas o lobo apenas... olhou para nós, a mandíbula manchada de sangue. Feyre disparou a segunda flecha. Ele nem tentou desviar da flecha quando ela perfurou facilmente o olho amarelo e arregalado. O lobo desabou no chão.

Suas patas estremeciam e ele grunhia. Impossível, ele devia estar morto, não morrendo.
Eu tremia a cada grunhido dele, lobo ou feérico, não importava. Ele devia estar morto.
O lobo batia com a pata no chão, a respiração já mais lenta. Encarei o lobo até que sua linda pelagem parasse de se elevar e descer. Um lobo, definitivamente um lobo, apesar de seu tamanho.

Feyre e eu nos encaramos, pensando.

- Só podemos levar a corça, Aurora. Não podemos comer esse lobo, sendo feérico ou não. - disse Feyre

- Eu sei, acha que conseguimos algum dinheiro se vendermos a pele dele?

- Acredito que sim. - ela disse.

Tiramos a pele do lobo, e limpamos as flechas que pelo menos tinham se provado letais. Enroscamos o lado sangrento da pele do lobo no ferimento mortal da corça, antes de levantarmos ela e seguir para casa.

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Notas da autora:

Oii, o meu nome é Aline e espero que vocês gostem da fic. Vem sendo um enorme prazer escrevê-la.

Postarei um capítulo por semana, toda segunda feira.

Comentem muito!!! 💜✨

A COURT OF DARKNESS AND PAIN • ACOTARWhere stories live. Discover now