one night :: Neymar Junior

38: newborn

NARRADORA POV

Neymar adentrou o quarto de hospital para ver Izabel deitada na cama usando aqueles macacão de hospitais feios e desconfortáveis. Mas nenhum dos dois estava de importando com aquilo, Izabel tinha sua mão na barriga como se quisesse proteger Ayla de alguma coisa.

—por que o parto prematuro? — Neymar pergunta enquanto caminha em direção a Martinelli.

—estresse e a pressão está mais alta que deveria, é por questão do bem do seu bebê. — a médica explica seriamente.

—e você? — júnior passa as mãos pelos cabelos suados da morena que tinha o rosto inchado. Izabel não respondeu nada apenas pegou na mão dele e apertou.

—você ligou para minha mãe?

—Carol ligou para todo mundo. — explica. — eles vão vir. Todos eles. — e mesmo naquele momento, Izabel deixou sair um sorriso a saber quem estava vindo ver ela e Ayla. Todas as pessoas que mais importavam para ela.

—pode ser parto normal? Eu não quero sedação. — Izabel fala.

—Izabel, acho que não dá... — foi interrompido.

—eu quero empurrar, eu sinto que eu posso empurrar. Posso? — se direciona a médica que botava as luvas brancas na mão.

—eu só preciso checar... — Dra. Diana fala enquanto se aproxima e checa como estava a posição do bebê. — Izabel, eu preciso que você não empurre.

—por que? — perguntam juntos.

—eu posso sentir o rosto do bebê, vamos fazer uma cesariana.

—cesariana? Eu não quero passar por cirurgia. — resmunga botando a cabeça para trás e apertando cada vez mais a mão de Júnior.

—eu sei. — fala passando a mão pelos cabelos morenos dela. — mas meu amor, é o que dá no momento.

Poucos minutos depois Paris inteira treme com os trovões que estavam aparecendo. Izabel podia amar o clima frio, mas odiava tempestades. Paris não estava para brincadeiras hoje.

—vamos fazer uma cesariana na tempestade. — Izabel diz resistente, não acreditando no que estava acontecendo naquele momento.

[...]

21:00

Enquanto os aviões para Paris estavam todos atrasados, enquanto todos os garotos e mulheres se encontravam nos aeroportos prontos para pegarem a primeira opção que tiverem de voo para chegarem em poucas horas. Izabel Martinelli estava deitada na mesa cirúrgica ao lado de Neymar, ambos com uma toca azul engraçada na cabeça.

E naquele momento tudo que eles passaram juntos passava pela cabeça de ambos. Nenhum dos dois estava tentando ter um filho no momento, muito menos Izabel, mas ela se lembra exatamente de pegar o teste na mão com os dois risquinhos e olhar desesperada para Emma. Neymar se lembra exatamente dela sentada chorando e balançando a cabeça como um "sim" para ele. Ambos estavam metade animados e metade mortos de medo. E com tudo que eles passaram juntos, agora eles estavam usando macacões desconfortáveis e tocas engraçadas na cabeça. Esperando a preciosa Ayla chegar ao mundo.

—moça, qual seu nome? — Izabel puxa papo com a anestesista ao lado dela.

—Meghan — se apresenta sorrindo educadamente.

—você tem filhos, Meghan? — Izabel não parava de falar enquanto Neymar Júnior não abria a boca e nem tirava os olhos dos movimentos da Doutora Diana, que passava o gel pela barriga e Izabel já não sentia mais da seu corpo.

—tenho um garotinho mais velho e uma garotinha. — responde sorrindo.

—eram planejados?

—a segunda não, mas eu não poderia amar eles mais. — fala sorrindo.

—parabéns. — diz. — Ouviu Júnior? Ela tem uma garotinha também? — cutuca.

—ah é? — fingiu interesse. — que legal.

—para de olhar, você está me deixando nervosa. — mandou.

—fica tranquila... — Meghan fala esperando que Izabel falasse seu nome.

—Izabel.

—você está em ótimas mãos, daqui a pouco você e Neymar vão segurar sua garotinha nos braços. — diz sorrindo e Izabel enche os olhos de lágrimas.

—certo, lá vamos nós. — diz Diana informando que iria começar a cortar.

—espere, estou com medo. — Izabel fala ansiosa e agarra mais forte a mão de Júnior, que já estava extremamente marcada.

—não tem nada para ter medo, Bel. — Fala Júnior se sentando atrás da mulher, apertando os olhos com força e segurando na mão dela. Os dois naquele momento pensavam que estavam sozinhos, mal sabiam eles que tinham toda a equipe médica ao seu lado e todos os seus amigos já na sala de espera até mesmo com algumas malas da viagem.

E logo o procedimento começou.

Izabel não sabia exatamente o que sentir. Havia sido muitas emoções para um dia só, mais do que ela costumava aguentar. Mas no momento em que doutora afirmou que o bebê estava fora, ela suspirou aliviada. Mas não ouviu choro nenhum.

—Júnior, por que ela não está chorando? — Pergunta nervosa e Neymar estica o pescoço para espiar. — Doutora, Diana?

Longos segundos se passavam sem resposta, a garotinha estava nas mãos no pediatra, mas Neymar não conseguia enxergar absolutamente nada.

—Meghan... — Izabel chamou pela anestesista, mas não conseguiu nem terminar de falar e o choro ecoou pela sala de cirurgia.

A bebê foi coberta inteira por uma coberta cor de rosa. E a obstetra entregou a garotinha nos braços de Izabel, que chorava como nunca antes.

—dois quilos e quinhentos. — enfermeira me anuncia. — normal para prematuro. — ela era minúscula. Izabel tinha medo de machuca-la de alguma forma, mas no momento que o bebê olhou nos olhos de Izabel, ela parou de chorar.

—ai meu deus, ela é perfeita. —ela realmente é. Tão perfeita que todos estavam a beira das lágrimas. Nenhum dos dois papais conseguem tirar os olhos do seu pequeno rosto e do tufo de cabelo moreno na cabecinha minúscula. Já não estava chorando e os encarava com grandes olhos verdes sem piscar. Os lábios vermelhos e as bochechas rosadas, meu deus, os dedos eram tão pequeninos.

—como está se sentindo, mamãe? — Izabel treme a ser chamada assim por Meghan.

—nunca me senti tão bem. — sorriu para a anestesista. — o melhor gol que você fez. — Izabel sussurra no ouvido de Neymar que ri enquanto toca na cabecinha da bebe.

—já temos um nome? — Doutora Diana pergunta.

—Ayla. — respondem juntos.

—Bem-vinda ao mundo, Ayla Martinelli Santos. — a enfermeira fala pegando a bebe de volta para terminar o procedimento.