one night :: Neymar Junior

010: funny day

NEYMAR JÚNIOR POV

Hoje Izabel estaria completando 15 semanas e ela viria aqui em casa para termos um dia livre. Estamos nos dando bem, na verdade, muito bem, posso dizer que ela é uma das minhas melhores amigas. Estava um dia calor de primavera, então eu estava deitado no sofá sem camisa e com o ar-condicionado ligado.

Logo eu ouvi a campainha, Izabel já tinha vindo aqui tantas vezes que o porteiro já a liberava direto. Gritei para ela entrar pois a porta estava aberta e logo a mesma apareceu na frente do sofá. Ela usava um abrigo cinza e pela primeira vez eu vi ela de cropped e pude ver a barriga aparecendo, logo abri um grande sorriso e me levantei para cumprimenta-la com um beijo na bochecha. O cabelo curto estava enrolado e divido no meio.

—vamos fazer o que? - pergunta se jogando no sofá ao meu lado. Ela bota o olhar na TV e vê que passava um jogo do Barcelona. — podemos ver algum filme?

—claro, qual? - respondo jogando o controle para ela e morena pega no ar.

—Harry potter. - fala conectando na HBO.

—daqui uma semana vamos saber se é menino ou menina. - falo botando a mão na barriga dela.

—você acha que é o que?

—para ser bem sincero, menina. - falo e ela abre um sorriso.

—eu também, tenho quase certeza. - me responde olhando para a própria barriga.

Nos acomodamos no sofá e passamos um tempo olhando TV, Izabel estava com as pernas em cima do sofá e a cabeça apoiada em uma almofada. Já estava quase na metade do filme quando decidimos jogar um jogo: STOP.

Me levantei para pegar dois papéis e algumas canetas para jogarmos e depois aproveitei para pegar um moletom para a mulher que passava as mãos no braço desde que chegou, mas toda vez que eu oferecia desligar o ar-condicionado ela jurava que não precisava.

—obrigada. - agradece enquanto bota o moletom e depois arruma o cabelo por ter bagunçado.

Logo começamos o jogo e fizemos umas 8 partidas até somar os pontos finais no total. Que fez eu ganhar e Izabel se recusar a admitir que perdeu.

—você contou errado. - fala arrancando o papel da minha mão e abrindo a calculadora enquanto eu ria.

—você não está acostumada a perder? - pergunto rindo e ela nega com a cabeça.

Abro instagram e começo a gravar nos stories a mulher com raiva na minha frente.

—oi gente, vim aqui informar que a Izabel perdeu no STOP para mim. - falo gravando a mulher que me mostra um dedo do meio achando que o celular não estava virado para ela.

—cala a boca, Júnior. - manda tentando esconder a risada e termina a contagem dos pontos. - eu to dizendo que você contou errado. - me mostra a calculadora e eu vejo que eu realmente tinha contado errado, mas mesmo assim eu continuava ganhando, e agora, por ainda mais pontos.

—eu ainda to ganhando, linda. - falo simples vendo os números no papel.

—O QUE? - ela grita puxando o papel de volta e eu começo a rir escandalosamente enquanto paro de gravar e posto os stories.

Bato palmas enquanto eu rio e ela encarava a pontuação dela e a minha ainda indignada. Mas quando a mesma me olhou rindo ela também não conseguiu segurar a risada e caiu no riso ao meu lado enquanto cobria o rosto com o meu moletom que ficou grande em seu corpo.

Após me recuperar do surtos de risos eu tiro os papéis do sofá, boto na mesa de centro da sala e me aproximo de Izabel. Seguro nos braços dela e tiro eles de seu rosto fazendo a morena me olhar com seus olhos castanhos pequenos e um sorriso lindo.

—admita, eu sou foda. - falo e a mesma revira os olhos. - admita.

—não vou admitir nada. - ela diz cruzando os braços como uma criança birrenta. - foi sorte.

—que sorte, po. Eu sou bom mesmo. - falo me aproximando cada vez mais dela.

Desço meu olhar para os lábios grandes da garota e depois subo novamente para seu rosto e vejo as suas bochechas rosadas e os olhos bem pequeninos fechados. Ninguém sabe a saudade que eu tenho daquela noite. Os beijos da garota pelo meu peitoral, a tatuagem de dragão entre os seios, a borboleta roxa que a calcinha escondia... as bochechas vermelhas e o suor grudando o cabelo castanho no seu rosto. Izabel Martinelli era a definição de perfeição.

Não resisto e largo um selinho nos lábios dela, Izabel se distancia meio assustada, me olha bem nos olhos antes de segurar meu pescoço e me puxar para si. Começamos um beijo ansioso e desejado, passei minhas mãos pelos cabelos dela e os tirei de seu pescoço para largar alguns beijos lá.

—Júnior... - ela segura no meu peitoral e me afasta. - estamos bem assim, não vamos estragar tudo.

Estragar tudo? Por que estragaríamos?
Ela precisa para de pensar no futuro urgentemente. Eu quero ela, eu acho que ela me quer, por que daria errado?

—por que você não quer tentar? - pergunto me afastando dela e Izabel se ajeita no sofá.

—pelo mesmo motivo dos meus últimos relacionamentos. - diz se levantando. - eu sempre vou estragar tudo no final.

Bom, temos algo em comum, Bel. Penso comigo mesmo, mas não falo nada. Apenas assisto enquanto ela se levanta do sofá, ajeita meu moletom azul no corpo e se aproxima, dando um beijo no canto da minha boca.

—eu vou indo, Ney. - me fala. — te devolvo na próxima vez que nos encontrarmos. - fala apontando para o moletom.

—pode ficar contigo. - falo me levantando e acompanhando Izabel até a porta.

Ai, essa mulher vai acabar com a minha sanidade.