— Me vendou para dizer mentiras e não poder ver isso em seus olhos — rebato as porcarias de suas palavras — Não me engana mais, Luca. Você está queimando por mim, exatamente como eu.

Um riso baixo e sombrio reverbera. Todo esse tempo meu corpo tomado apenas por arrepios carnais, dividem o espaço com o do medo.

— Não confunda o fato de que querer mergulhar meu pau tão profundamente em sua viciante boceta é nada além disso. Não pense por um só segundo que sou apaixonado por você como é por mim. Quero de você exatamente o que qualquer outro homem em sã consciência quer de você quando a ver, fode-la até o corpo alcançar e ultrapassar o limite de exaustão, tê-la se contorcendo e gemendo debaixo do meu corpo, sua pequena cobra infernal. De você, Vittoria, só quero o que seu corpo extasiante pode oferecer ao meu.

Lágrimas se formam e acumulam nos cantos dos meus olhos, mas não permito que sequer uma lágrima escorra por baixo da venda improvisada.

— Venere meu corpo hoje, Luca, e quando menos esperar estará de joelhos implorando pelo meu coração.

Não sei de onde sai isso, se de algum lugar tão profundo em mim que nem mesmo sabia de sua existência, meu desejo mais puro se pronunciando, ou um momento de coragem que nunca mais terei. Talvez... Sem dúvidas, os dois.

O silêncio ensurdecedor de Luca, me faz questionar se ele não se foi, mas então, não há exatamente nada além do silêncio, ele ainda permanecia ali e posso sentir seu olhar queimando sobre mim.

— Terei tanto prazer em esmagar seu tolo coração como quando meu pau é esmagado por sua boceta — diz e puxa meu corpo pelos pés. Deixo outro gritinho, meus braços se espicham bastante e quando começa a se tornar incômodo, Luca se livra da minha calça juntamente com minha calcinha e nada além de uma nova onda de prazer vem sobre mim. Uma avalanche de lavas sobre meu corpo, inundando e queimando por onde passa, se concentrado por fim em meu centro — Que bom que já está molhada — a rouquidão extensa em sua voz faz parecer que suas palavras saíram em um sussurro.

— Oh, Dio!

Grito quando Luca entra em mim, tão profundamente quanto falou. Meu centro o recebe com intensa alegria e prazer, que só aumenta há cada investida bruta de Luca, seu vai e vem cheio de fúria faminto. Meu canal ainda que lubrificado mais que o suficiente, esmagado por Luca, em ondas leves de dor e satisfação, em uma onda de sadomasoquismo mais do que bem recebido.

— Meu nome!

Ele exige, tão esmagado com o prazer quanto eu.

— Ah, Luca! — o obedeço sem hesitação e isso leva Luca ainda mais fundo dentro de mim do que imaginei ser possível, meu corpo arqueja e tudo o que quero é poder toca-lo e olhá-lo, assistir quando se derramar por mim — Me desamarre.

Seu riso perverso e baixinho é minha resposta.

— Você é minha e só minha. Não ao contrário — suas mãos antes em minha cintura, apertam meus seios — Ah, Vittoria! — geme próximo ao meu ouvido — Só eu vejo, só eu toco — suga um e depois o outro. Meu corpo se empurra para sua boca por conta própria, e ele abandona, uma de suas mãos indo para meu pescoço onde o aperta.

O fato de não vê-lo, de ter suas mãos em mim, me apertando e empurrando seu pênis tão fundo e selvagem, é enlouquecedor.

— Luca — chamo abafado e em êxtase, eu estava a algumas estocadas profundas e certeiras para alcançar o alívio que só o prazer alcançado poderia proporcionar. Que Luca poderia me proporcionar — Me beije — peço sem vergonha ou orgulho algum, eu quero ainda mais próximo quando for chamar por seu nome escorrendo alívio.

E Luca o faz. Nossas bocas se encontram e incendeiam uma a outra, mas quando tudo está se intensificando ainda mais, ele para. Luca para tudo. O beijo, suas estocadas, seu corpo longe do meu.

— Eu disse que iria fode-la, não que iríamos foder.

Mal acredito no que está fazendo ou falando, mais a frustração imensa e crescente em meu peito e por todo meu corpo, mostra como isso é real. Um pesadelo vívido.

— Vo... — a raiva é tamanha que não posso completar sequer a palavra, as danadas das lágrimas voltam e antes que eu sequer possa implorar para que não rolem por meu rosto, o fazem. O que sobrou da camisa não podendo evitar, Luca puxa a venda improvisada para fora dos meus olhos, pisco um pouco acostumando novamente com a luz, seu corpo grande coberto por uma fina camada de suor ao meu lado em pé ma cama, borrado.

— É a única a sair esmagada aqui — avisa com fúria, com um canivete em mãos que tira da mesa de cabeceira, me livra também da algema de gravata.

Limpo rapidamente minhas lágrimas e lhe dou as costas.

— Veremos.

Sai baixo, mas tenho certeza que Luca, me ouve. Que Luca ouve minha promessa. Vou esmaga-lo tanto ou mais do que está fazendo por mim. 

O Don estaria em minhas mãos tanto quanto estou nas suas!





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Nas Mãos Do Don - 2ª livro da série Nas Mãos Do Amor            (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now