Esclarecimento

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Algumas semanas depois

Karol

Entro na escola e vou direto para o corredor dos armários, logo acho o meu e começo a pegar os livros que irei precisar hoje.

Carol: olha só quem resolveu aparecer na escola hoje, meninas. Diz chegando atrás de mim.

Male: sumiu por tanto tempo, achei que ela finalmente tinha se matado.

Ana: pois é malena, que decepção. Diz e as três começaram a rir.

Eu apenas ignoro e fecho meu armário, assim que estava prestes a sair, Carol me puxa pelo braço me fazendo bater as costas contra os armários, fazendo meus livros caírem, aí que minha raiva começa a aumentar.

Carol: onde pensa que vai, além de assassina, é mal educada.

Male: claro, não teve pais para educa-la. Diz rindo.

Karol: isso é tão patético. Digo recompondo minha postura. - terem que humilhar outras pessoas para descontar a frustração de ter uma vida de merda.

Ana: olhem, parece que a vadia tá afim de levar outra surra, meninas.

Karol: se eu fosse vocês, não encostariam a mão em mim de novo. Digo e começam a rir sem parar.

Carol: vai fazer o que ? Nos bater. Diz entre risos. - olhe pra você, não é ninguém, não passa de uma sem noção.

Karol: E você não passa de uma vadia mal amada, que precisa pagar até pra ter "amigas". Digo debochada.

Mal acabei de falar e suas mãos estão em volta do meu pescoço, apertando cada vez mais forte, seus olhos transmitiam puro ódio.

Carol: cala boca sua vagabunda, você não sabe de nada.

Em um movimento rápido, dou uma joelhada em seu estômago, fazendo a mesma me soltar e dar alguns passos para trás.

Male: desgraçada. Xinga vindo para cima de mim, mas desvio da sua tentativa de me dar um tapa. - fica quieta !

Male não parava de tentar me atingir, eram golpes, atrás de golpes, eu já estava ficando entediada, em mais umas das tentativas, pego sua mão e dobro seu braço para trás, fazendo a mesma "gritar" de dor.

Ana: ficou espertinha agora, que graça. Diz ela vindo para cima de mim também. - mas de mim você não escapa.

Karol: parem com isso! Quando irão se tocar de que estão só passando vergonha. Falo e elas começam a olhar em volta, todos nos olhando rindo e comentando.

Carol: o que estão olhando? Sumam daqui. Diz com raiva, mas ninguém se mexeu, apenas riram mais. - vamos embora daqui meninas. Se vira e saí batendo o pé pelos corredores.

Passo a mão pelo meu pescoço, fazendo uma pequena massagem, aquela vaca apertou com força, vai ficar marcado com certeza.

Aconteceu tanta coisa nas últimas 5 semanas, uma dessas coisas e que estou aprendendo a lutar, mas acho que isso está bem na cara. Enfim, por onde devo começar?

Primeiro eu e o Ruggero não nos beijamos mais desde o dia do parque e nem falamos sobre tal coisa, não sei o que está rolando entre nós, parece que ele está com medo de se envolver de mais, apesar de já ter admitido que gosta de mim, assim como gosto dele.

Segundo, eu descobri que aquele pesadelo que eu tive, não era um pesadelo, e sim uma lembrança, aparentemente tenho um tio chamado Raul, e ele é um mafioso da pesada, comanda a segunda máfia mais poderosa do mundo, aquelas ligações misteriosas que eu andava recebendo, eram da equipe dele tentando me contatar.

Ruggero está me ajudando a descobri mais coisas, mas pelo que conseguimos, papai era um mafioso, era o chefe na verdade, mas dois anos antes do acidente, ele abandonou tudo e então começou a trabalhar em uma empresa qualquer, no dia que fomos para a casa de campo, papai e mamãe discutiram por causa de uma promoção, da qual nos tiraria de Buenos Aires.

Mas a parte que ele não contou para mamãe, e que ele estava fazendo isso para nos manter seguros, mesmo largando o mundo da máfia, ela nunca fica no passado, tinham muitas pessoas nos ameaçando e ele mexeu alguns pauzinhos para que transferissem ele para a Bolívia, mas infelizmente não deu tempo.

Ainda não sei o que Raul quer comigo, mas duvido que seja coisa boa, por isso pedi para Ruggero me ensinar a lutar e a atirar, e louco pensar que a alguns meses eu não fazia nem ideia de como funcionava o mundo da máfia, e agora eu estou cada vez mais me envolvendo com isso tudo, e por mais estranho que seja, eu estou me sentindo muito bem com tudo isso, parece que encontrei uma parte de mim que faltava, não sei explicar.

Sou tirada do meu devaneio com o sinal tocando, então logo sigo para a sala de aula, perdi muita coisa nas últimas semanas, tenho que repor tudo, valen tentou me ajudar levando algumas coisas pra mim, mas mesmo assim perdi muita matéria, minhas notas estão horríveis e se continuar assim, não passarei de ano.

Ruggero

Eram 05:30 da manhã e eu estava me revirando em minha cama, apenas enrolando, hoje falei que iria para a escola, afinal meu último ano, eu tenho que me formar e faltando tanto assim, não conseguirei, o lado bom de ir e que verei a Karol, não nos vemos já tem uns três dias e eu estou com saudades, apesar de não conseguir dizer isso a ela.

Não sei o que aconteceu, mas estamos meio distantes, na verdade eu estou distante, eu ainda tenho medo dela se envolver de mais comigo e depois se arrepender, e querer ir embora da minha vida, então a gente ficando assim, estamos seguros de decepções e arrependimentos, e ainda ficamos perto um do outro, o que já é um alívio de certa forma.

Mas a vontade de a beijar toda vez que a vejo está cada vez mais difícil de controlar...

Me levanto da cama e vou para o banheiro, tomo um banho rápido e faço minhas higienes, vou para o closet e pego uma camisa de mangas longas azul marinho e uma calça jeans branca, e calço meu tênis preto.

Desço as escadas e já tinha um prato com panquecas a minha espera, pego o chantilly e os morangos e como meu saboroso café da manhã, assim que termino subo as escadas e escovo meus dentes e pego minha mochila em cima da cama.

[...]

Assim que chego na escola tinha algumas pessoas comentando sobre uma briga que houve mais cedo, aparentemente três contra um, que injustiça. Mas não me preocupei em escutar mais nada, estava doido para ver a Karol, mas como cheguei após o horário, terei que esperar até o intervalo.

Agus: e aí cara. Diz chegando perto de mim que nem uma assombração. - achei que você não viria, que era apenas papo furado.

Rugge: cara, não chega perto desse jeito, você ainda vai me matar do coração. Digo o repreendendo.

Agus: pra um mafioso, você está muito fresco.

Lhe mostro o dedo do meio e ele começa a rir, e seguimos para a sala de aula, hoje será um longo dia.




Estou sumida, desculpa gente.

Ultimamente está bem difícil de escrever, mas agradeço pela paciência.

❌ Sem revisão ❌















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⏰ Última atualização: Nov 18, 2023 ⏰

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