Maldito erro

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Caro leitor,

Quando escrevi minha coluna de 19 de abril, realmente tinha a intenção de que fosse a última. No entanto, acontecimentos fora de meu controle (ou, na verdade, que não contam com a minha aprovação) me forçaram a levar a caneta ao papel uma última vez.

Senhoras e senhores, esta autora NÃO É Lady Cressida Twombley. Ela nada mais é do que uma impostora intrigueira, e eu ficaria decepcionada e de coração partido ao ver anos do trabalho árduo serem atribuídos a alguém como ela.

   CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE

        LADY WHISTLEDOWN





Uma semana depois de escrever a coluna as pessoas ainda falavam dela e comentavam muito sobre o assunto.

Penelope se lembrou de quando a escreveu, na sala de estar mesmo, pois Benedict ficou ali com ela.

Ele a observou ela escrever, seus olhos verdes atento a cada movimento da pena e de seu corpo, mesmo depois de Penelope insistir que poderia escrever sozinha no seu quarto, ele não quis ir, não até ela ter terminado.

E quando tinha finalmente terminado  de escrever, ela entregou a ele para que lesse. - Isso é tão Lady WHISTLEDOWN que eu não esperaria menos, falou o rapaz com um sorriso hesitante.

No exato momento que o rapaz fora devolver o papel com sua escrita, sua mãe adentrou na sala de forma brusca os assustando e infelizmente impedindo dele devolver o papel.

Quando ela notou a presença de Benedict, ela sorriu com gentileza.

Enquanto Benedict conversava com Portia, ele discretamente escondia o papel no bolso, depois de algumas palavras trocadas com Portia, o rapaz tinha se despedido e ido, levando consigo o papel.

No dia seguinte, quando ela pedirá o papel para Benedict, dizendo que levaria ao tipografo, Benedict obviamente não a deixou ir sozinha, alegando que seria um lugar perigoso para uma dama, e Penelope nem tentou contraria-lo, sabia que ele não mudaria de Ideia.

Ela não queria envolve-lo nisso, mas Benedict deixou evidentemente claro que isso não era uma opção, então Penelope nem mais tentou, só deixou que ele escolhesse o papel que queria ter nisso.

Uma semana depois Eloise ainda ria e debochava de Cressida, e obviamente esse se tornou o assunto mais falado entre elas.

Até Colin, tinha comentado sobre o assunto e estranhamente  aprovado a forma de que ela expos a mentira de Cressida, só Benedict que ficará quieto, muito quieto na verdade, como se ele ainda decidisse o que pensar sobre isso.

Uma semana depois Penelope se encontrava lendo um livro no sofá de sua sala, sua mãe e suas irmãs novamente tinha saido, o que permitia sua leitura pacífica ali na sala de estar.

Penelope estava comemorado o tempo livre recém-conquistado. Era como ter férias pela primeira vez em dez anos.

E agora estava lendo igual uma louca todos os livros que compara e jamais tivera a oportunidade de ler.

Estava tão perdida em sua leitura, que nem notará o mordomo se aproximar.

Depois de ele a chamar, sem dúvidas várias vezes, Penelope ergueu a vista para encara-lo, com um sorriso nos  lábios.

- Tem uma pessoa aqui que deseja vê-la, Srta. Featherington.

Penelope ergueu uma sombrancelha.

– É mesmo? Quem?

Será que Benedict? Ou sua amiga? Ou outro Bridgerton?

- Cressida Twombley.

Penelope nunca vira um nome soar tão desagradável, quanto o dela.

Benedict e Penelope.Onde histórias criam vida. Descubra agora