- Obrigada, mamãe, é muito bom ouvir isso vindo da senhora.

Blá blá blá
Como se fosse difícil marcar uma reunião!

Após o almoço, subo para o meu quarto e me jogo na cama.
E quando jurava ter paz, minha porta é bruscamente aberta por Marcus.

- Não entra no meu quarto sem bater, Marcus.- falo entediado.- O que quer?

- Preciso saber... No que você está metido?- ele senta em uma poltrona e me olha.

- Ah, isso? Nada de mais! Rivalidade, se é que tá falando sobre o Hanry.- dou de ombros.

- Qual é a sua garantia de segurança, Ward? Sabe quantos seguem Hanry?

- Minha garantia de segurança sou eu mesmo, não tenho um pingo de medo, nem mesmo do Hanry, quem dirá de seus empregados!

Marcus revira os olhos e joga uma agenda em minha cara

- Aí tem o número de alguns homens de confiança, graças a eles muitas coisas não acontecem conosco. Entre em contato com eles se preciso!

Ele diz por fim se levantando e saindo do quarto.
Mesmo achando estranho esse ato de Marcus, guardo a agenda na gaveta da mesinha que tinha ao lado da minha cama. Acendo um cigarro e tento me relaxar, fitando as artes do teto do meu quarto.

A tarde passou voando. Tirei um longo cochilo, e agora tomo um banho gelado, gelado que chega doer. Assim que saio do banheiro, me visto com uma blusa branca de gola alta, e um grande sobretudo preto, e como de costume, uma calça social. Arrumo os fios úmidos e bebo um pouco de whisky antes de colocar a arma no bolso interno do meu sobretudo e sair de meu quarto.
Pro meu azar, todos estavam na sala...


- Onde vai?- minha mãe pergunta.

- Sair com Marc.

Louise me olha desconfiada, assim como Vlad. Marcus sabe exatamente de quem vou atrás, então mal liga por eu estar saindo, já meu pai, sem muito se importar, continua mexendo em seu notebook.

- Se divirta!- minha mãe diz, me lançando um sorriso gentil.

- Obrigada, mamãe.- beijo sua testa.

Saio de casa, e sigo de carro até tal boate.

Marc já me esperava do lado de fora da boate, pude observar que ele estava quase vestindo o mesmo que eu.
Ando até o mesmo, com minhas mãos nos bolsos quentes do meu sobretudo.

- Copião!- ele diz.

- Você que é! Ele já chegou?

- Não entrei, vamos?

Entramos na boate que mesmo um pouco cedo já estava bem lotada. Andamos até a parte de cima, onde poderíamos notar melhor a presença de Hanry, e nos sentamos.

- Eu quero uma vodka, por favor.- falo ao barman.

- O mesmo pra mim.

- Será que ele vai aparecer?- pergunto acendendo um cigarro.

- Espero que sim! E se ele aparecer, o que vai fazer?- Marc pergunta e me olha.

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