USURPADOR | JIKOOK VER.

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Ainda era cedo, não era nem meio dia quando Jimin saiu em direção a fábrica, dessa vez sabia que tinha algo errado, parecia que as peças sumiram.  

Não avisou a ninguém, muito menos a Jungkook, apenas foi. 

Esperava não encontrar Jungkook por lá, mas tinha quase certeza que Min-Ho ia estar lá, afinal tinha acabado de sair da casa dele e conversado com sua mulher. 

E sinceramente, esperava mais de Sohui. 

Meia hora atrás 

— A que devo essa visita?

— Olá, Sohui. Eu vim falar sobre a empresa. 

— Meu marido não está, e não acho que ele iria falar com você, e logo pela empresa então. — Sohui tomou um gole do chá sendo acompanhado por Jimin. 

— Eu vim falar com você mesmo, o Min-Ho fala com você sobre a situação da empresa?

— Na verdade não, ele só disse que a coisa tá ruim e que estão pensando em vender a empresa. 

Não, Jimin não iria permitir. 

Jimin não sabia o porquê de fazer isso pela empresa, ou pela família. Queria acreditar que era só pelo seu coração, por sempre ajudar a quem precisava. Mas no fundo ele sabia que mesmo que tudo isso fosse verdade o maior motivo era por estar se apegando aquela família. Era uma grande burrada, ele sabia, mas fingia que não. 

— Você não pergunta nada a ele ?

—  Acho que não devemos nos meter nos assuntos dos nossos maridos, Jihyung. 

Era isso que Jimin estava entendendo? Ela era excluída dos assuntos e mesmo que parecesse se importar era silenciada. 

— Com todo respeito, Sohui. Mas se você quer saber de algo que envolva a sua família você devia perguntar, ou qualquer outro assunto, não se cale ou aceite, ele é seu marido e claro que deve respeitá-lo. Mas deve se impor e ter voz, não seja idiota. 

Mesmo que fosse um pouco inocente Jimin sempre se impôs, e não deixa homem nem um lhe dizer o que ele devia fazer ou não. Sempre admirou as mulheres empoderadas. 

Não ficou pra ouvir ou ver a cara de Sohui, Jimin só se levantou e foi embora. 

Quando chegou na fábrica Jimin reparou como os funcionários pararam pra cochichar, todos sabia quem ele era, e isso deixou Jimin um pouco constrangido. 

— Senhor Jeon, em que posso ajudar?

— Vim só olhar como as coisas andam. 

— Não muito bem, fizeram uma votação e vamos entrar em greve assim que acabar a reunião desta tarde. 

— Vai ter reunião?— perguntou surpreso. 

— Sim, seu marido e o senhor Lee marcaram uma reunião aqui daqui a alguns minutos, só o senhor Lee que chegou por enquanto. — Pela roupa sabia que ela  não era uma simples funcionária. 

— Senhorita…Rebecca?

— Sim, não sou daqui, mas meu pai é. 

— Ah, sim, Você deve ser a responsável por supervisionar o pessoal, certo? — Rebecca assentiu. — Posso falar com você enquanto me mostra a fábrica?

— Sim senhor! — logo ambos começaram a andar, Jimin vez ou outra perguntava algo e Rebecca respondia. 

— Bom, Rebecca você me parece alguém dê confiança e por isso vou te contar uma coisa, tem alguém nos passando a perna, ainda não sei se é alguém daqui ou lá da empresa, mas tem alguém nos roubando. Você não desconfia de ninguém?