(OBRA DE ÉPOCA EM PROCESSO DE REVISÃO)
Filha do falecido barão, Katherine era uma menina alegre, mesmo após a perda dos pais. Amava correr pelos campos e subir em árvores; ela tinha tudo. Aos nove anos, seus pais faleceram em um acidente e seu mundo...
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Sei que não deveria ter vindo, mas eu precisava sair um pouco. Kate não me dava abertura alguma. Eu perguntava à governanta Lurdes como ela estava, e ela me deixava a par de tudo.
Pelos relatos, Kate mal a cumprimentava e evitava qualquer tipo de conversa. Então, tomei a decisão de dar um tempo para ela.
As palavras na carruagem mexeram muito comigo, e a forma como ela disse que queria ficar sozinha ficou clara para mim. Queria estar mais próximo dela; isso estava me deixando louco.
E agora estou no Del Club, bebendo com Henry Campbell, o conde Landon, e Jasper Clark, o futuro marquês de Moore.
Eles são meus velhos amigos de jogatina da época de Oxford, onde saíamos para bordéis e ficávamos as madrugadas inteiras, dando orgulho a nossos pais e desgosto a nossas mães.
— Então os boatos são reais, Ross? — Henry indaga com um sorriso malicioso.
— Não tenho interesse em falar hoje, só em beber — aviso-o, desinteressado.
Giro o líquido cor de âmbar em meu copo e fito o clube de cavalheiros. Os tons são simples, mas refletem luxo. As cores douradas, misturadas com verde, dão um charme diferente. As mesas são redondas e espalhadas pelo salão. Há um espaço no centro, caso queiram dançar, e também uma escada que sobe para os quartos no segundo andar.
— E o que nos importam os boatos? Somos parte da nobreza, mas não precisamos ser fofoqueiros e hipócritas como o resto! — a voz de Jasper não deixa brechas para brincadeiras.
Ele detesta a nobreza e só os atura pela pressão de seu pai, o atual marquês de Moore. Se não, já estaria muito longe da Inglaterra.
— Mas assim não tem graça — concluo que Harry só diz isso para nos irritar.
— Para mim, chega! — brado alto, espalmando uma das minhas mãos na mesa, chamando mais atenção do que o necessário.
Os cavalheiros cochicham entre si. E as cortesãs presentes, ao me verem alterado, competem para vir até mim. Uma delas vence e se prontifica a me distrair com um vestido vermelho, bem decotado, com seus seios fartos quase pulando para fora e a saia lisa com uma fenda do alto das coxas até o chão. O traje dá a ela um ar de sedução. Conheço bem a mulher, pois já estive com ela em outros momentos.
