Viver em uma Inglaterra ditatorial não é algo exatamente fácil, injustiça, autoritarismo e violência são partes da rotina de Louis Tomlinson, um adolescente surdo em seu último ano de escola.
Ele odeia militares, mas infelizmente vive no mesmo loca...
"Lança menina, lança todo esse perfume, desbaratina, não dá pra ficar imune ao teu amor que tem cheiro de coisa maluca. Vem cá, meu bem, me descola um carinho, eu sou neném, só sossego com beijinho. Vê se me dá o prazer, de ter prazer comigo. Me aqueça, me vira de ponta cabeça, me faz de gato e sapato, me deixa de quatro no ato, me enche de amor, de amor"
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Eu encaro o anel sem reação por pelo menos um minuto inteiro, com minha mão cobrindo minha boca. Nego sutilmente com a cabeça conforme meus olhos se tornam marejados.
— Por que quer me dar isso?
— É só um anel de namoro, ou noivado, se você quiser adiantar as coisas e aceitar logo se casar comigo… nós dois sabemos que no futuro acabará amarrado a mim.
— Isso foi caro, por que gastou seu dinheiro? Ainda mais para mim.
Eu entro em uma luta interna, é como se visse a minha versão de bochechas gordas e um romantismo incurável, lutando contra o homem que me tornei, que tenta esconder seu lado extremamente sensível e romântico com uma armadura.
— Você merece no mínimo uma dezena de anéis como esse, Harry. Por favor, aceite como um pedido de desculpas por todas as coisas ruins que disse a você, aceite como um agradecimento por ter compartilhado toda sua coragem comigo quando éramos jovens e me incentivado a enfrentar meus medos… aceite como um símbolo mínimo de todo amor que nutro por você. Nossa sina sempre foi estarmos sujeitos a uma iminente separação, oito anos atrás sinto que não te amei da forma intensa que deveria, sinto que perdi tempo tentando racionalizar meus sentimentos… dessa vez, não quero perder um segundo sequer desperdiçando com banalidades, porque não tenho uma garantia de quando te verei novamente. Aceite se casar comigo em um futuro que só o universo sabe quando, ou tope namorar comigo… qualquer coisa que te faça ser meu e eu seu, qualquer mínimo sinal que não devo mergulhar novamente em afetos rasos em busca da profundidade do seu amor, apenas me permita ser completamente devoto a você.
Algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto, que tento secar antes que pinguem em meu peito descoberto pelos primeiros botões abertos da camisa de seda. Eu sorrio, com a pontinha de meu nariz vermelha, enquanto observo com admiração o anel.
— Você é muito emocionado — julgo, o encarando nos olhos enquanto nego sutilmente com a cabeça. — A sua sorte é que eu também sou, então sim, Louis Tomlinson, aceito namorar com perspectivas de casar um dia com você.
— Estou confuso, não sei qual das duas propostas aceitou — confessa, tirando o anel da caixinha.
— É um meio termo — digo distraído, observando ele deslizar o anel bonito pelo meu anelar direito. — Obrigado, nunca ganhei algo bonito como esse anel.
— Você merece muito mais, lindo — repete, levando minha mão até seus lábios.
Eu sorrio, esticando minha mão com dedos longos para observar o anel com um olhar brilhante, com um sorriso tão doce, transbordando amor.
