24. "nao me compares"

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O maior capítulo da fic até agora, e também o mais aaaaaaaaaaaa até agora, eu diria. Espero que gostem!

"Agora o destino é ermo e nos encontramos neste furacão, agora eu te digo de onde venho e do que é feito o meu coração. [...] Você não sabe, por onde andei depois de tudo, amor, eu sou a chave da porta onde encontraste alguém. Não me compares, não busque nele o olhar que dei a ti, imperdoável, que eu não seja igual a ele. Então não fale que alguém te toca como eu toquei, que se acabe e que tu partas sem saber. E para sempre, ninguém te toca como eu toquei, que se acabe, eu sou sua alma, você é meu ar"

 E para sempre, ninguém te toca como eu toquei, que se acabe, eu sou sua alma, você é meu ar"

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Eu não durmo direito há dias, meus olhos formigam, graças a ter dormido apenas duas horas. O barulho do liquidificador batendo uma vitamina de frutas me irrita, assim como o ruído da faca batendo contra a tábua de cortar, onde corto uvas e morangos. Ao lado, um sanduíche de frango com tomate e alface descansa, o molho que coloquei escorrendo pelas beiradas do pão de forma. Há comida suficiente para um batalhão, mas eu coloco tudo em apenas uma bandeja, equilibrando o peso conforme caminho em direção ao meu quarto.

Há um bolo de cobertas e edredons, provavelmente minha cama nunca viu tantos tecidos assim. O som suave da respiração calma de Louis paira pelo ar, apenas seu cabelo macio aparece sobre o travesseiro branco, o resto de seu rosto está coberto.

- Louis - chamo, mesmo que não possa me ouvir. Suavemente toco seu ombro, no entanto ele acorda em um susto, fazendo com que me arrependa de ter o tirado de seu sono tranquilo.

Seu corpo desliza rápido, de forma desesperada, pela cama para longe de mim. A tranquilidade do quarto é arruinada quando o som dele caindo sentado no chão soa, seus olhos bem abertos focados em mim, conforme seu peito sobe e desce rápido, sua mão apertando seu tórax, enquanto ele se curva para frente, tentando respirar melhor.

Eu encaro minha mão, sendo dolorosa a ciência que um simples toque meu o deixou tão assustado, a constatação que ele não se sente seguro perto de mim me machucando mais que minha racionalidade gostaria de permitir.

- Me desculpe, só vim trazer café, não queria te assustar.

Eu abaixo meu olhar, encarando a comida sobre a bandeja, impedindo que pensamentos surjam em minha mente, lutando para ser inexpressivo.

- Como vim parar aqui? - ele questiona encarando ao redor, se sentando novamente na cama, longe de mim, mas com os olhos na minha boca.

- É a minha casa, você estava ontem meio dopado pelos remédios, acho que não se lembra.

- Eu tomei banho? E troquei de roupa? Você me tocou enquanto estava dopado? - ele questiona desconfiado, analisando seu próprio corpo.

- Primeiro torturador, agora me chamará de assediador? - eu questiono, não conseguindo camuflar minha raiva, honestamente, compreensão tem limite.

The Red Sound I l.s.Where stories live. Discover now