Capítulo 21 - Papai, Cadê Sua Dignidade?

Ξεκινήστε από την αρχή
                                    

- Longa história encurtada: ele deu um jeito de ignorar todos os avisos pra ficar longe - respondeu Simon, sentando-se.

- Isso vai dar merda - resmungou Keila, deitando a cabeça no ombro de Ash, com toda a naturalidade.

Marceline e Bonnibel trocaram um olhar conspiratório após observar a cena. Mas, antes que pudessem se deleitar da pequena distração, Phillip se aproximou da mesa, com Hunsou logo atrás.

- Marceline! Preciso falar com você so-

- Não acha que um after party é um momento ruim pra discutir negócios, cara? - cortou ela, seca.

- Céus. Como é difícil trabalhar com v-

O homem não pode prosseguir com sua reclamação pois, em segundos, Hunson havia se aproximado da mesa e puxado Marceline para um abraço bastante unilateral. Marceline se manteve imóvel, trancando a mandíbula. 

Em pouco tempo, ele tinha a mão de Simon em seu ombro, o puxando para trás; Bonnibel tomando o espaço entre ele e Marceline, Ash e Keila parados atrás dela em posição de alerta. Mas a atenção dele ficou concentrada na mulher de cabelos rosas a sua frente.

Seu olhar foi dela para Marceline e de volta para ela, lentamente. A posição de defesa dela, com queixo erguido e olhar violento. Era auto explicativo.

- Achei que tinha criado juízo e arrumado um namorado - soltou ele, parecendo genuinamente confuso, apontando para Ash com o queixo.

Todos eles estavam em pleno instinto de ataque, prontos para terminar aquela noite em uma delegacia. Mas a reação da própria Marceline foi outra.

Marceline apenas começou a rir.

Colocou as mão na cintura e ficou encarando com um sorriso incrédulo, como se toda aquela situação fosse absurda. E ela era.

Seu sorriso então caiu, substituído por uma carranca intimidadora. Ela tirou Bonnibel do caminho, dando passos longos na direção de seu pai. O puxou pela gola do terno, até força-lo a se sentar à mesa, sentando-se em frente a ele. Phillip fez menção de impedir, mas Simon o parou, colocando a mão em seu peito com força.

- Fica quieto aí, que essa merda é culpa sua - rosnou ele, ameaçador, antes de posicionar atrás de Hunson, pronto para parar qualquer coisa que pudesse sair do controle.

- É muita presunção sua aparecer aqui, senhor Abadeer - disse Marceline, quase em um sussuro. - Muita cara de pau aparecer aqui e ainda achar que pode me julgar pelo o que quer que seja. Muita, depois de toda a merda que você fez.

- Jesus, Marceline. Não sei porque você insiste em me tratar assim desde que sua mãe morreu. Eu perdi minha esposa e minha filha, mesmo que você esteja bem aqui. O que eu fiz pra você!?

Marceline o encarou. O clima ficou tenso e pesado, os outros trocando olhares entre si.

Então Marceline abriu um sorriso de canto.

- Ah, querido. Você quer a lista em ordem alfabética? Que tal? Quer começar pelo abandono afetivo? Com a violência verbal? Ou com a sua homofobia de merda? Que tal começar pelo fato de você ter matado a minha mãe, seu filho da puta!?

Depois da Meia-Noite (Bubbline AU)Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα