Capítulo 13

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Elena



Depois do almoço tomei um banho, coloquei um vestidinho largo e curto, de alcinhas na cor vermelho que deu ainda mais vida para os meus cabelos, fico impressionada em como caiu bem no meu corpo, bem que a Aurora falou que ficaria lindo, foi ela mesma que o escolheu e em frente ao espelho fico me perguntando o que a madre superior diria se me visse agora, com certeza começaria a rezar dizendo que o espírito ruim em mim se materializou, acabo dando uma risadinha com esse pensamento.

Saio do closet e me deito de bruços na cama com um livro de romance, mas logo meus olhos pesam e começo a me entregar ao cochilo, porém a porta é aberta. Dou apenas uma olhada sem sair da posição que estou, mas quando vejo que é o Lorenzo me sento na cama me perguntando se está tudo bem, pois ele saiu para resolver o problema familiar que seu primo tinha dito.

__ Tá tudo bem ?

__ Sim, e você já almoçou?- ele me pergunta indo para o closet tirando os sapatos.

__ Já, eu ia ler mas me deu sono...- perco a fala quando ele sai do closet apenas de cueca e vem na minha direção me encarando e chega bem perto indo direto para a minha boca e como ainda estou no meio da cama ele me deita e intensifica o beijo, se deitando em cima de mim.

Porém esse beijo é diferente dos que ele me deu na noite anterior, quando fizemos sexo pela primeira vez, esse beijo é só beijo mesmo, pois ele apenas acaricia meu rosto com uma das mãos enquanto me beija, não está quase me devorando como fez ontem, não que eu não tenha gostado.

__ Você tá bem?- pergunta carinhosamente parando lentamente o beijo.

__ Sim, estou...- digo e ele desce a mão pelo meu vestido e coloca a mão na minha intimidade por cima da calcinha.

__ E aqui?- pergunta acariciando levemente minha intimidade, o que me faz corar de vergonha, mas tento disfarçar.

__ Sim...

__ Humm, isso é um bom sinal.

Ele volta a me beijar suavemente, sem deixar de me acariciar. O beijo, junto com seus dedos me massageando, fazem aquelas sensações de ontem voltarem com tudo, como se quisesse mais, sempre mais...

Quando menos espero sinto seus dedos em mim e isso é muito bom, e acabo de perceber que eu queria fazer isso novamente, meu corpo quer mais do que tivemos ontem a noite e enquanto meu corpo anseia por isso, ele simplesmente continua...

Em meio ao beijo sua mão acariciando meu rosto, apertando meu pescoço e descendo para meu seio, ele vai me preenchendo devagar, colocando bem aos poucos, até estar totalmente dentro de mim...

Ele se movimenta lentamente, com a cabeça enfiada no meu pescoço e não consigo conter o desejo de acariciá-lo, sentir sua pele ao meu toque, deslizo as pontas dos meus dedos pela sua pele macia, aperto seus braços fortes, sentindo seus músculos enrijecidos, sua pele suada, desço mais por entre suas costas, deslizando minhas mãos pela sua bunda avantajada e toda essa exploração é tão excitante quanto o ato sexual em si que compartilhamos nesse momento.

(...)

Deitada em seu peito, fazendo círculos com meus dedos em seus pelos peitorais, consigo sentir as batidas calmas do seu coração, enquanto compartilhamos de uma calmaria gigantesca que me traz uma sensação de paz absoluta.

__ Me fala mais de você... - pergunto quebrando o silêncio.

__ Especificamente?

__ Ah não sei...Só quero saber mais.- digo e dou uma levantada me deitando em cima do seu corpo, o encarando, recebendo um sorriso sorrateiro.

__ Vejamos, sou lindo, charmoso...

__ Entendi a parte do vaidoso!

__ Vaidoso? Quem usa essa expressão hoje em dia, eu diria mais convencido!- ele diz se divertindo.

__ É, isso é o que acontece quando se cresce num convento!- digo lamentando divertidamente.

__ Como foi crescer num lugar assim?- me pergunta enfiando os dedos no meu couro cabeludo, colocando meus cabelos de lado.

__ Bom, como eu só conheço essa forma de viver não sei exatamente, mas o que posso afirmar é que não é nada feliz, não desejo para criança alguma, qualquer outra coisa deve ser melhor, ou talvez seja só o meu modo de pensar.

__ Foi você que quis fazer isso?- diz e leva os dedos para a minha cicatriz na nuca e apenas nego com a cabeça.

__ Quem fez?

Por mais que nós estejamos nos encarando face a face e seus olhos estejam em mim não consigo entender o porquê de saber mais, toda vez que alguém descobria e me perguntava eu via horror, ou compaixão em seus olhos, mas não vejo nada nele, é como se fosse apenas uma simples pergunta é isso é tão novo para mim, que não sinto aquele bolo tão familiar na garganta quando decido contar.

__ Foi a madre superior- digo baixo, esperando um olhar de pena, mas não ele não demonstra isso e na verdade nenhum outro sentimento.

__ Por que?- pergunta me encarando com mais intensidade, porém não me sinto intimidada.

__ Porque ela dizia que eu era a personificação do pecado, sua idolatria e religiosidade a cegaram, só isso!

__ Quando começou?

__ Desde que me lembro... Eu tinha uns 3 anos talvez.

__ Desgraçada!- diz e eu acabo rindo

__ Ninguém nunca ousou usar tais palavras para se referir assim à madre superior!- digo ainda rindo e ele acaba deixando um leve ar de divertimento sair de seus lábios.

__ Um dia vamos fazer uma visita a ela!- ele diz fazendo meu sorriso desaparecer.

__ Ela não pode mais te fazer mal- diz como se me reconfortasse.

__ Eu não quero vê-la, não tem nada que eu queira naquele lugar, eu só tive sofrimento lá, não pretendo voltar, não me obrigue a isso, por favor- digo e tento me levantar, mas ele me impede.

__ Você é livre agora, ninguém pode te obrigar a nada que você não queira e principalmente, ninguém pode te fazer mal algum, eu não admitiria!- diz e sela nossos lábios.

Ele rapidamente intensifica o beijo e como estou em cima do seu corpo ele me puxa um pouco mais para cima, me incentivando a me sentar em cima dele e assim eu faço, deixando-o me preencher dessa maneira.


Confesso que lá no fundo sinto um pouco de vergonha, pois estou muito exposta, porém suas mãos pressionando meu quadril, me incentivando a me movimentar, junto com a sensação de ser preenchida até o estômago me fazem querer ir além.

Com a sua ajuda eu me entrego ao momento, fechando os olhos, me concentrando no meu corpo, sentindo a dor no meu útero, porém percebendo que o prazer o consome e quando menos espero estou indo mais e mais rápido o que o leva a fechar os olhos e morder os lábios e não preciso ter experiência nenhuma para saber que ele está gostando tanto quanto eu.

Nesse momento me sinto com um certo poder sexual pois estou no comando da situação e com uma ousadia até então desconhecida por mim, decido me soltar, e como no livro que li, onde um homem do século passado dizia que seu prazer aumentava descontroladamente quando a mulher deixava os gemidos saírem de sua boca, decido também deixar os que eu tanto segurei saírem, deixando-o ciente do prazer que eu sinto, me entregando a liberdade de expressar.

E assim que os deixo sair da minha boca, ele abre os olhos e posso ver luxúria e desejo misturado com uma satisfação arrebatadora e quando meus olhos percebem o efeito que causei nele, meu corpo reage se entregando ainda mais.

(...)

Me levanto da cama com dificuldade, foi difícil sair dos braços fortes do homem esparramado na cama, que até suspira enquanto dorme. Colocando um robe, não consigo deixar de admirar seu corpo nu, me lembrando das coisas absurdamente maravilhosas que fizemos horas atrás e isso faz com que eu me sinta bem, principalmente quando me lembro de todos os meus medos e receios com esse casamento!

Saio do quarto e vou para a cozinha, não estou acostumada a tanto exercício e percebo que realmente o sexo é algo cansativo que suga todas as minhas energias.

Faço um suco e preparo um lanche e também uma tigela com frutas e cereais, e depois de comer, decido levar algo para o Lorenzo pois se eu estou assim, ele também deve estar com fome e não quero que ele fique doente ou algo do tipo.

Entro no quarto e ele está deitado mexendo no celular, porém assim que me vê com a bandeja na mão me encara com as sobrancelhas erguidas.

__ O que foi, ninguém nunca te trouxe comida na cama?- pergunto colocando a bandeja na cama.

__ Não seria eu, quem deveria te trazer isso?- pergunta pegando o copo de suco.

__ Deveria, mas você estava até roncando, então tive que ir eu mesma!- digo e vou para o banheiro tomar um banho.

Quando estou embaixo do chuveiro sem pressa alguma de sair vejo ele vindo, abraçando meu corpo, deixando leves mordidas no meu ombro.

Amor&Sexo 🔥


Dinastia Messina ( Livro 3 Trilogia Os Messina)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant