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Felipinho narrando
Papo de de quase uma hora e esse caralho tá pior que formigueiro, subir eles não vão conseguir mas essa porra já tá tirando a minha paciência
Mata três aparece cinco
Chega ser brincadeira, tô quase pedindo um tempo descanso já, passei mó tempão naquele galpão sem nem comer e quando eu chego no meu morro ainda tenho que trocar tiro? é de cair o cu da bunda
Papo reto, tiração com a cara do bandido
Dei cobertura pro TH e nós fomos descendo até encontrar mais, o plano é fazer eles recuarem logo, matar todos não vamos conseguir já que é gente pra caralho então vamos fazer eles irem embora
Uns vão ficar de exemplo, não vai ter como
Barão: metralha porra, tão com dó?- ele fala na rádio- já entraram até em casa de morador caralho, acordem pô
Maluco tá putão e com razão, geral tá morgado nessa invasão
Felipinho: bora porra, se eu não descansar por preguiça de vocês eu vou dar tiro em cada um- falo e alguns caras dão risada na rádio
.....
Quando finalmente não tinha mais nenhum deles no morro eu mesmo quase soltei os fogos, cansaço tá me corroendo
Só me despedi dos moleque e subi pra mina goma
Cheguei procurando a minha ruiva e nada da filha da mãe, rodei todos os cômodos e parei no nosso quarto, mandei mensagem pra mesma e fui tomar banho
Saí procurando alguma resposta e nada, tem coisa errada aí pô
Alésia narrando
Assim que me ligaram avisando aonde a minha prima estava eu larguei tudo em casa e corri pro médico
O tiroteio tá rolando mais lá pra baixo, então foi tranquilo passar pelos becos, fiquei com um pouco de medo? Sim, porém tenho que ir ver a minha danda
Depois que a minha tia morreu, eu desenvolvi um puta medo de perder mais alguma pessoa importante pra mim, percebi que não tem como superar a partida de ninguém e isso me desespera
Quando eu finalmente cheguei no hospital, quase corri até às meninas
Alésia: e ela?- pergunto ofegante chamando a atenção delas
Mayara: não sabemos ainda
Talita: ela chegou desmaiada aqui, pegaram ela e sumiram lá pra dentro- a mesma fala em meio aos soluços
Respirei fundo tentando me acalmar e olhei em volta procurando o sapo da Dandara
Alésia: cadê o barão?
Mayara: deve estar no meio do tiroteio, a gente tentou ligar mas ele não atendeu- nego mexendo com a cabeça
Vejo um médico passando pelas portas brancas e vindo na nossa direção enquanto olha a prancheta, tentei ser otimista mas pela expressão dele parece que as coisas não estão boas
Doutor: família da Dandara, certo?- mexemos a cabeça confirmando e o mesmo respira fundo- a paciente não está em um momento muito bom, ela perdeu sangue demais causando um choque hipovolêmico
Alésia: moço e isso é o que? Pelo amor de Deus
Doutor: ela perdeu tanto sangue que virou uma situação de emergência, estamos tentando achar um motivo pelo sangramento e um jeito de fazer ele parar, mas infelizmente não estamos conseguindo conter
Mayara: e vocês vão deixar ela morrer assim?- ela pergunta se alterando- vocês não podem fazer isso
Doutor: moça por favor, se contenha, os resultados dos exames vão sair e assim poderemos ter uma noção do que fazer
Alésia: e se ela não aguentar até lá? Se ela tá com pouco sangue falta quanto tempo pro coração começar a falhar?
Doutor: coisa de uma hora e meia até duas horas- olhei pra Talita que já estava acabada, passei as mãos nos cabelos jogando a cabeça pra trás- sinto muito meninas, os equipamentos que nós temos aqui não ajudam muito...não podemos fazer muita coisa
Talita: nós sabemos, obrigado- o mesmo dá as costas e sai, sento em uma das cadeiras e me inclino pra frente, apoio os meus braços nas minhas pernas e choro o que eu estava segurando
Meu Deus, ela não por favor
Barão narrando
Mandei uma parte dos meninos rodarem o morro pra verem se não tem mais nenhum dos cu azul por aqui e o resto foram tirar os corpos das ruas e dos becos
Passei o rádio pro Negueba ficar na ativa enquanto eu marco um dez na minha loira, preciso dormir nem que seja uns vinte minutos
Fui andando até a casa dela e assim que eu entrei encontrei o Titã todo sujo andando no corredor, franzi o cenho e acendi a luz, cristal tava deitada em cima de uma poça de sangue
Barão: Dandara- gritei e corri até a mesma, peguei ela no colo e comecei a procurar algum ferimento na mesma e nada
Fui pro quarto com ela no colo e o lugar estava vazio, rodei a casa e nada da minha maluca
Peguei o celular do bolso encontrando várias ligações da Talita e da Mayara
Retornei uma da Mayara
Ligação
Barão: qual foi?
Mayara: tá aonde cara?- percebo a voz de choro e o meu coração já aperta
Barão: o que tá rolando? Minha sala tá cheia de sangue e a minha mulher não tá em casa
Mayara: Dandara tá aqui no hospital
Barão: quem passou mal
Mayara: ela tá quase morrendo Renan, vem pra cá
Ligação
Perdi até o ar na hora, me sentei no sofá e larguei a cristal no chão
Que caralho, isso não pode tá acontecendo
Senti a minha respiração acelerar e o meu rosto começar a ficar molhado
Minha mulher não pode morrer
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Minha cura {M}
FanfictionInício: 12/01/2023 Término: 04/05/2023 *EM REVISÃO* O que que aconteceu? Tudo mudou quando ela apareceu Tentei escapar, mas a paixão pegou Nossa vibe, nosso beijo combinou Amor E ela me chama de vida Amor da minha vida E quando a fome bate: x-tudo e...