trinta e dois

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tentei me segurar até bater os vinte comentários no outro, mas a escritora aqui é ansiosa 

*meta de comentários pro próximo capítulo: 20 comentários*

Ele sempre soube aonde eu estava, provavelmente foi tudo pensando, minha mãe fugir, eu vir correndo pra encontrar a Dandara.....ele sempre pensa em tudo

Ele entrou no quarto e não pensou nem duas vezes antes de vir na minha direção

Medeiro: filha da puta x9- ele me puxa pelo cabelo e me joga no chão- tu merece morrer- ele chuta a minha barriga com força né fazendo tossir sangue

Vanessa: não bate nela- escuto o barulho do chinelo batendo nele e se fosse em outra situação eu daria umas boas risadas

Medeiro: vai se fuder- escuto o barulho de um soco e eu abro os olhos, encontrando a tia no chão- tá vendo o que você tá fazendo, Líviazinha?- ele volta a me olhar e mede o meu corpo todo- tu vai ficar um bom tempo comigo lá

Lívia: nojento do caralho

Medeiro: você vai amar me sentir todos os dias- sinto o meu estômago revirar e os meus olhos encherem de lágrimas- que isso filhinha?

Lívia: você é um filho de uma puta nojento, não sei como que a minha mãe se interessou por você

Medeiro: você vai descobrir gatinha- uns homens entram no quarto fazendo o mesmo olhar pra trás- vocês dois podem acabar com aquela alí- ele fala apontando pra tia- e me ajudem com essa

Lívia: não, por favor- falo olhando pra um loiro que estava vindo na minha direção, ele não expressou nenhuma reação e ajudou o medeiro a amarrar os meus pés e as minhas mãos

Eles amarraram um pano na minha boca e começaram a me levar pra fora da casa, enquanto saímos eu escutava a mistura do barulho de tiros e da tia pedindo ajuda, as lágrimas já estava pingando no chão e o meu coração mais acelerado do que tudo

Passamos pela porta e por um momento eu pensei ter visto o Felipinho em um dos becos, senti uma parte do meu corpo se abaixando e logo em seguida a minha cabeça batendo no chão

Olhei em volta vendo o loiro que me carregava com um tiro na cabeça, Medeiro se abaixou do lado do carro e começou a me arrastar pra perto do mesmo

Os tiros passavam de raspão do meu lado fazendo cada vez mais eu ter certeza que de qualquer forma eu iria morrer ali mesmo

Quando ele finalmente me colocou dentro do carro eu entrei em estado de choque, ele realmente tá conseguindo me levar pra longe daqui

Eu não acredito que ele tá conseguindo, por favor quem estiver me escutando, não deixe ele fazer isso comigo

Que Deus me proteja dele

Medeiro: acelera esse caralho- ele fala batendo no banco do motorista, o carro começou a ser metralhado e eu só fechei os olhos, torcendo pra uma das balas me acertarem

Prefiro morrer aqui do que nas mãos dele

Barão narrando

Quando eu recebi a notícia que o filho de uma puta tirou a Lívia do morro a minha vontade foi de ir atrás na hora, tô ligado no que ele pode fazer com ela, não é coisa boa

Os filhos da puta ainda estavam no morro e eu já tava pronto pra matar, só fui passando pelos becos e atirando, tô me sentindo cego pelo ódio

Lívia diferente da Alésia tá sempre na paciência pra me ajudar quando se trata da Dandara, peguei um carinho especial pra caralho pela mina, Medeiro não tá nem maluco de machucar a menor

Vou atrás dele até no inferno

......

Entrei na boca e já fui subindo pra laje, que merda

Esse bagulho saiu do nosso controle sem a gente perceber, tá errado isso porra, o meu é nosso e os caras que comandaram a trocação

Felipinho: ae meu mano- ele fala chamando a minha atenção, olho pra trás e vejo ele subindo as escadas- a tua sogra tá no hospital, bateram pra caralho nela

Engoli em seco e passei as mãos na cabeça encostando no murinho

Barão: Dandara já tá sabendo?- ele mexe a cabeça confirmando

Felipinho: ela saiu no meio do tiroteio pô, jacaré que viu e foi atrás dela, sua mina que encontrou ela

Barão: tô indo pra lá, tu fica de olho aqui?

Felipinho: fico pô, pode ir tranquilo- desci colocando a minha pistola na cintura e entrei no carro, fui pro UPA acelerando

Minha cabeça tá a milhão, muita informação pra um dia só

Parei na frente do UPA e entrei, tinha uns caras machucados lá já, passei o olho pelo lugar encontrando o cabelo dela loiro andando de um lado pro outro

Fui andando até ela e vi o jacaré indo entregar um copo de água pra mesma, ela bebeu e se encostou na parede

Quando ela se virou eu consegui ver o rosto dela vermelho e os olhos inchados, senti o meu peito apertar só de imaginar a dor que ela tá sentindo, quando Dandara me viu ela veio andando na minha direção enquanto o seu rosto molhava ainda mais

Dandara: Renan- ela fala me abraçando- eu tô com medo

Abraço a mesma que praticamente desabou nos meus braços, olhei pro jacaré que pelo jeito também tava abalado com isso

Fiquei um tempo ali abraçando ela, não tava nem ligando se a minha camisa tava molhando, queria tranferir tudo que ela tava sentindo pra mim

Minha loira tava passando por um bagulho que não era pra passar, se elas não estivessem no meio da nossa guerra esse momento não estaria acontecendo

......

As meninas chegaram e ficaram um pouco com a Dandara lá dentro, peguei um cigarro do bolso e fui pra parte fora, encontrando o jacaré fumando

Parei do lado do mesmo e acendi o meu

Jacaré: tu tá como?- ele pergunta cortando o silêncio

Barão: puto pra caralho, quero ir atrás daquele filho da puta hoje mesmo- puxo a fumaça e olho pra ele- e você?

Jacaré: essa dor dela é a mesma que eu senti quando os nossos pais morreram- ele funga o nariz mas continua sério- tá me lembrando aquele dia

Fico quieto e solto a fumaça pra cima, só de lembrar daquela dia a emoção bate forte, até hoje dói

Aquele bagulho que só o tempo cura é a maior mentira

Barão: ele levou a amiga dela também

Jacaré: joga a bomba mais tarde, agora tem muita coisa passando na cabeça da mina

Minha cura {M}Where stories live. Discover now